Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
10/07/11 Dom: Is 55,10-11 - Sl 64 - Rm 8,18-23
EVANGELHO: Naquele dias, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas: "O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!" (Mt 13,1-23).
A parábola do semeador tem três partes: a) a parábola propriamente dita (Mt 13,1-9); b) os critérios para sua leitura (Mt 13,10-17) e a leitura da parábola na própria vida (Mt 13,18-23). A parábola do semeador é das mais belas e conhecidas do Evangelho. Jesus, quando se comunica com os pequenos, usa uma linguagem à sua altura, concreta, simples, humana. Ele próprio, Palavra eterna de Deus, se fez carne, exatamente por isso e para isso. Jesus, na verdade, é a parábola de Deus. As parábolas iluminam o enigma da sua história e da nossa história, envoltas em duplo escândalo. 1º O mal parece bem e sai bem, enquanto o bem parece mal e sai mal. Pior ainda: o mal vence, e o bem perde. 2º O bem nunca está sozinho; vem sempre misturado ao mal. Será o bem 'misturado' fadado a falir? As parábolas de Jesus pretendem nos ajudar a olhar mais fundo. A crise, que ele acabou de passar (Mateus capítulos 11 e 12), e que nós experimentamos também, é relida, aqui, de outro modo, um modo divino. O bem é vitorioso em sua própria derrota. Mais: no próprio perdurar do mal! Neste sentido, a parábola do semeador e as outras três do capitulo 13 de Mateus, são parábolas de discernimento. Revelam o modo como Deus lê a realidade. Com isso, lançam uma luz nova sobre o que acontece neste mundo e neste tempo forrado de contradição. O Reino já está entre nós, mas longe de estar plenamente. É tempo de semear, não de colher; de trabalhar, não de descançar. O contraste é resolvido de uma maneira inesperada e surpreendente. O Reino, com efeito, não tem um desenvolvimento homogênio e triunfal. Entra no mundo como o mundo é, encontra-se e confronta-se com o mal e suas malícias e, só assim, o mundo entra escondido no reino, que dá a impressão de falir. O êxito, porém, é certo: esta, a surpresa. Só Deus é Deus e, no fim, vence, e vence de modo divino. O messianismo trazido por Jesus é diferente do esperado pelo povo. Preferimos um bem, limpo, claro, visível e eficiente. Ao contrário, porém, ele vem misturado ao mal e é combatido por este; vem escondido e parece insignificante, dando até a impressão de fracasso. A parábola do semeador mostra o contraste entre a dureza da semeadura e a surpresa da colheita inesperada. Um resultado surpreendente, indevido, imprevisto e imprevisível.
11/07/11 - Seg: Ex 1,8-14.22 - Sl 123 - Mt 10,34-11,1
12/07/11 - Ter: Ex 2,1-15a - Sl 68 - Mt 11,20-24
13/07/11 - Qua: Ex 3,1-6.9-12 - Sl 102 - Mt 11,25-27
14/07/11 - Qui: Ex 3,13-20 - Sl 104 - Mt 11,28-30
15/07/11 - Sex: Ex 11,10-12,14 - Sl 115 - Mt 12,1-8
16/07/11 - Sáb: Zc 2,14-17 - (Lc 1,46-47) - Mt 12,46-50
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