HOSPITAL FAZ TRATAMENTO INOVADOR NA ONCOLOGIA
Um tratamento inovador de implante de prótese fonatória,
totalmente custeado pelo SUS, passou a ser oferecido pelo Hospital
e Maternidade Sagrada Família e teve o primeiro paciente atendido
na última semana. Trata-se do procedimento mais moderno do
mundo para reabilitação da fala em pacientes submetidos à
laringectomia total, que faz a retirada da laringe e pregas vocais
devido a tumor avançado na área.
O primeiro paciente beneficiado, um homem de 52 anos,
apresentou sintomas de rouquidão em 2018 e, em agosto de 2019,
realizou a cirurgia de faringolaringoesofagectomia. Desde então,
não produzia mais o som da voz. Para poder realizar a cirurgia de
implante de prótese fonatória, o paciente deve ter realizado
laringectomia total e estar dentro de outros critérios estabelecidos
pela equipe multidisciplinar que analisa cada caso.
Na laringectomia total, a laringe, órgão localizado no pescoço
e que abriga as pregas vocais, é removida devido à presença de um
câncer em estágio avançado. Com essa cirurgia, a fala já não é
possível, pois afeta as pregas vocais, através das quais as pessoas
produzem o som. As próteses fonatórias entram como a opção mais
moderna para o paciente falar novamente em curto espaço de
tempo.
Segundo a fonoaudióloga do Hospital e Maternidade Sagrada
Família, o procedimento oferece a reabilitação da fala ao paciente.
“É uma solução que devolve a qualidade de vida e, principalmente,
a sua identidade, já que precisamos da comunicação para nos
expressar. Mais que isso, a pessoa pode novamente ser
reintegrada, trazendo ganho social e econômico à sociedade”,
ressalta Yasmin Quege, que acompanha os pacientes para
reabilitação e o uso adequado do dispositivo.
CÂNCER DE LARINGE
O cirurgião de cabeça e pescoço Aloysio Enck lembra da
necessidade de ficar atento a sinais de alerta para o câncer de
laringe, como ferida na língua, rouquidão e sangramento pela boca
ou nariz. “Quem precisa fazer uma laringectomia total é porque já
está em uma fase muito avançada. Dessa forma, quanto mais cedo
for o diagnóstico, melhor são as chances de tratamento”, informa. O
médico destaca ainda que o tabagismo e o consumo exagerado de
bebida alcoólica são os fatores principais de risco para o
desenvolvimento da doença.