Coluna dedicada a retratar e exaltar a qualidade das mulheres de São Bento do Sul e Região e dar visibilidade à presença delas na nossa sociedade.
Bernadete Muntowski, natural de São Bento do Sul. Bacharel em Administração de Empresas pela antiga Furj (hoje Univille), Bacharel em Direito pela Univali, Especializações em Direito Processual Civil, Ciências Sociais e Gestão do Poder Judiciário. Servidora do Poder Judiciário de Santa Catarina desde 1988; entre os anos de 1998 e 2018 exerceu a função de Chefe de Cartório. Professora de Direito Processual Penal e Prática Processual Penal, lecionando na Univille – Campus São Bento do Sul, entre os anos de 2001 e 2005.
Quais seriam os principais capítulos da sua autobiografia?
Como servidora, tive a oportunidade de participar, entre os anos de 2005 e 2010, do Programa de Implantação de Serviços e Capacitação de Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina, atuando em diversas Comarcas do Estado como instrutora/implantadora de novas Varas. Esse trabalho foi extremamente gratificante, pela oportunidade de participar da criação de uma nova Unidade, tentando incutir no novo servidor um pouco do amor que tenho pela minha profissão.
Se você pudesse dominar uma habilidade que não tem agora, qual seria?
Queria muito aprender a nadar, embora tenha pavor de água. Quem sabe ainda perco o medo...
Quem é uma inspiração para você?
Meus pais, pela honestidade e honradez com que sempre conduziram suas vidas e criaram seus filhos.
Qual a coisa mais louca que você já fez?
Voar alto em um passeio de balão.
Se todos os trabalhos pagassem exatamente o mesmo salário com o que você gostaria de trabalhar?
Sinceramente, não me vejo trabalhando em outra área, que não seja a do Direito.
Qual seria a aventura mais incrível de viver?
Como adoro viajar, acho que sair de mochila para conhecer o mundo, sem data pra voltar...
O que mais toma o seu tempo?
Até um tempo atrás era o meu trabalho como Chefe de Cartório, 12 horas diárias. Agora, porém, depois que resolvi deixar a Chefia, tenho tido tempo para tudo o que gosto de fazer. Não há nada, no momento, que possa dizer que “toma meu tempo”, tudo é prazeroso.
O que você gostaria de mudar em você?
Depois de uma certa idade, creio que não queremos mudar mais nada em nós, e sim aprimorar o que já somos.
O que em você ainda se parece com você quando era criança?
Talvez a ingenuidade, “essa mania de acreditar em todo mundo...”
Qual a coisa que faz você ser mais grata pela sua vida?
A criação que tive.
Quem são seus melhores amigos?
Não são muitos. Não sou o tipo de pessoa que os possui em grande quantidade. Mas, mesmo assim, teria receio de nominá-los e, eventualmente, esquecer-me de alguém. Eles sabem quem são...
Para quem e o quê você daria nota 10?
Nestes tempos difíceis de pandemia pelos quais passamos, minha nota 10 vai para quem ainda se preocupa com seu próximo, com aquele mais necessitado, mesmo sem o conhecer. Quem pratica a verdadeira caridade.
Sobre qual tópico você poderia falar bastante sem preparação?
Sobre meu trabalho. Adoro o que faço. Tanto que ainda não consegui tomar a decisão de me aposentar.
Qual o seu conceito de uma vida boa?
Aquela na qual há paz de espírito.
Quais as características de personalidade que você mais admira e quais mais detesta?
Admiro a sinceridade e, em contrapartida, não suporto falsidade.
Qual o hábito mais chato das pessoas?
Falar demais... e falar do que não sabem.
0 que você mais valoriza numa amizade?
Sem dúvida a lealdade.
Se você tivesse que ficar numa ilha deserta com outra pessoa com quem seria?
Não me vejo em uma ilha deserta... assim, não consigo encaixar ninguém nela.
Qual a experiência mais incrível que você já teve na vida?
O trabalho realizado pelo CNJ, em vários estados do país. As diferenças culturais e sociais a que fui submetida, por longo tempo, quase dois meses em cada Estado, me fizeram rever vários conceitos, notadamente quanto à população carcerária do país.
O que você acha que todos deveriam fazer pelo menos uma vez na vida?
Conhecer novas culturas, viajar para lugares com costumes totalmente diferentes dos nossos.
Qual hobby você teria se tempo e dinheiro não fosse um problema?
Com certeza viajaria mais.
Como você vê a participação da mulher na política?
Essencial, embora mínima nas últimas eleições. Espero que esse quadro mude.
Qual o melhor livro que você já leu?
Gosto muito de livros baseados em fatos reais. Assim, gostei especialmente de “Depois de Auschwitz” de Eva Schloss, uma sobrevivente do holocausto. Uma lição de vida.
Quais animais de estimação você tem ou já teve?
Não tenho animal de estimação.
Quais músicas você já memorizou completamente?
Muitas, tantas que não daria para nominar. Embora não tenha o dom do canto, acho que a vida fica muito mais leve se tiver uma trilha sonora.
Qual a sua bebida favorita?
Água.
Qual o melhor e o pior conselho que você já recebeu?
“Dê tempo ao tempo”. Posso colocá-lo nas duas categorias, como melhor e pior. Na hora que se recebe é horrível, pela tendência imediatista que possuímos, mas, com o “tempo”, percebemos que deixar o tempo correr é a solução para todos os nossos problemas.
Como você gostaria de ser lembrada?
Como uma pessoa que passou pela vida, tentando melhorar a vida de alguém.
Qual a sua peça de roupa favorita?
Calça jeans.
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Não é propriamente uma mensagem, mas um lema que tento seguir: “Não faça aos outros o que não gostaria que lhe fizessem.” Acho que a humanidade seria melhor se todos procurassem vivenciar essa frase.