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Prefeitura investe no controle biológico do borrachudo

Secretaria de Desenvolvimento Rural, Fujama e proprietários rurais são parceiros nessa ação

Terça, 06 de agosto de 2019

 

 

A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) investiu R$ 39 mil reais na aquisição de 370 litros de BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), um larvicida biológico utilizado para o controle do borrachudo. Esta iniciativa tem como parceiros a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento – quem faz a distribuição do produto aos aplicadores e o controle da aplicação – e proprietários rurais, que têm a responsabilidade de aplicar esse biolarvicida. A remessa foi recebida em meados de julho e será utilizada até o fim desse ano.
Considerada um problema de saúde pública, a infestação do borrachudo tem sido combatida há décadas no município. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Daniel Peach, a iniciativa tem como objetivo minimizar o sofrimento dos agricultores jaraguaenses e também incentivar a atividade turística na área rural da cidade, reduzindo o “ataque” desses insetos aos turistas.
De acordo com o presidente da Fujama, Normando Zitta, esse biolarvicida é comprado com regularidade anualmente há dez anos, porém em pequenas quantidades. Além disso, não havia controle da sua aplicação, nem aplicadores capacitados. Desde o ano passado, quando foram adquiridos 350 litros, Fujama e Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento passaram a atuar em conjunto nessa tarefa.
Também foi em 2018, no mês de fevereiro, a realização de um curso para capacitar aplicadores do biolarviciada, lembra o secretário de Desenvolvimento Rural, Daniel Peach, acrescentando que atualmente 26 pessoas estão aptas a fazer essa tarefa. Ele salienta que, por ser orgânico, o BTI não requer uso de equipamento de proteção para seu manuseio. Sua aplicação é feita a cada 14 dias em centenas de pontos – rios, córregos e riachos – do município e acontece principalmente no verão, quando há mais incidência do inseto.
APLICADORES – O agricultor Renato Schuster não faz aplicação do larvicida, mas é em sua propriedade que a Secretaria de Desenvolvimento Rural entrega todo BTI utilizado na localidade do Ribeirão das Pedras. Sua residência funciona como uma espécie de centro de distribuição, onde 11 aplicadores buscam o produto, que é utilizado em mais de 100 pontos ao longo dos cerca de cinco quilômetros desse curso d’água e seus afluentes.
Um desses aplicadores é o agricultor Valmir Hanemann, que aplica o biolarvicida em 14 pontos do Ribeirão das Pedras. Ele explica que a orientação é utilizar 50ml do produto em cada ponto, com aplicações a cada 14 dias. Hanemann acrescenta que não há necessidade de aplicar o BTI quando chove, pois a correnteza já faz o trabalho de remover as larvas do borrachudo das pedras e levá-las embora rio abaixo.
Renato Schuster lembra que o combate ao borrachudo acontece na localidade do Ribeirão das Pedras há cerca de duas décadas, mas somente nos últimos anos de forma mais regular. De acordo com ele, o uso do BTI reduziu em 80% a infestação do borrachudo em sua propriedade. “O que sobra é por causa de agricultores de outras regiões que não aplicam”, avalia.
Outro aplicador de BTI no município é Gerson Luiz Martins, funcionário do Hotel Vale das Pedras, na localidade de Ribeirão Grande do Norte. Ele cobre 24 pontos em cinco córregos dentro da propriedade do hotel, onde o produto começou a ser aplicado em outubro do ano passado. Segundo o diretor desse empreendimento turístico, Alaor Palácio, já é possível perceber uma redução de 60% da incidência do mosquito, proporcionando mais conforto aos hóspedes e empregados, além de beneficiar também os moradores do entorno.
BIOLARVICIDA – O BTI é feito à base de grânulos de milho, sendo dispersível em água e o único apropriado para utilização em água potável. Já seu ingrediente ativo é composto de cristais proteicos e esporos que, aplicados na água, são filtrados e ingeridos pelas larvas. Os cristais interagem com a parede intestinal das larvas, rompendo-as rapidamente, o que cessa a atividade das mesmas, levando-as à morte nas primeiras 24 hora após a aplicação do produto.
PROPOSTA – Normando Zitta e Daniel Peach alertam, no entanto, que o problema com borrachudo não será resolvido se essa ação de controle for de apenas um ou dois municípios, pois os insetos se deslocam de uma cidade a outra. Nesse sentido, eles informam que a proposta de Jaraguá do Sul é ampliar a área de abrangência do combate ao borrachudo, fazendo uma parceria com os demais municípios da região, nos moldes do que já existe para o controle do maruim.
Eles explicam que a ideia é fazer essa parceria por meio do CIGAmvali (Consórcio Integrado de Gestão da Amvali). Para isso, estuda-se a contratação de uma empresa, que já está mapeando – com o apoio de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural – todos os pontos de aplicação para apresentar seu orçamento.
Fontes: Daniel Peach – secretário de Desenvolvimento Rural e Abastecimento (47 – 2106-8111); Normando Zitta – presidente da Fujama (47 – 3273-8008)



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