Em qualquer um dos cenários avaliados como mais prováveis para o caso envolvendo a BR Foods (BRFS3) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a recomendação para as ações da empresa continuará em venda, alerta o Citi em relatório. O preço-alvo é de R$ 24,00, o que indica um potencial teórico de desvalorização de 6,51% sobre a cotação do último fechamento.
“Nós entendemos que os membros do Cade só estariam dispostos a fazer um acordo com a BR Foods se ele incluísse a venda da Sadia ou da Perdigão junto com o desinvestimento em algumas fábricas”, escreveu o analista do Citi, Carlos Albano, em relatório.
A outra saída mais provável, na visão do analista, é a de que as partes não cheguem a um acordo e, portanto, a operação seja rejeitada por parte do Cade, o que levaria a disputa aos tribunais. No entanto, a companhia evita este processo "a qualquer custo", pelo fato de que o julgamento poderia demorar vários anos até uma decisão final, escreve Albano.
Em qualquer caso, valuation não muda
“De um ponto de vista econômico e de valuation, ambas as opiniões parecem similares, o que significa que quando essa novela acabar, a companhia resultante que seria negociada sob o ticker BRFS3 teria escala e margens muito próximas ao que nós temos em nosso atual valuation para o papel”, destaca.
Carlos Albano também revela que o Citi conversou com diversas pessoas da indústria, e estes indicaram que, devido ao tom dos comentários do relator do caso, Carlos Ragazzo, o qual votou pela reprovação da fusão, parece razoável imaginar que o restante dos membros do órgão sigam o voto do membro.
Fonte: InfoMoney