Pesquisa do Clube do Malte revela que estado foi responsável por 4,9% dos pedidos de cervejas especiais no país em 2018, ocupando a sexta posição no ranking nacional;
De olho no potencial da região, empresa realiza evento para captação de investimentos em Florianópolis na próxima quarta-feira, dia 3 de abril
São Paulo, março de 2019 – Um estudo realizado pelo Clube do Malte, maior e-commerce de cervejas especiais do Brasil, revela que Santa Catarina está entre os estados que mais compram cervejas especiais no país. Em 2018, a região foi responsável por 4,9% dos pedidos, ocupando a sexta posição no ranking nacional. Os primeiros colocados foram São Paulo (34,7%), Paraná (15,6%), Rio de Janeiro (10,5%), Minas Gerais (9,8%) e Rio Grande do Sul (7,1%).
Os catarinenses têm preferência por cervejas fortes, sendo o estilo IPa o mais comprado na região. Em seguida vêm as cervejas estilo Pilsen, Weizen, English Pale Ale e Stout, nesta ordem. As marcas mais procuradas são as importadas, com 53% do número de pedidos. As nacionais somam 47%. O público consumidor de cervejas especiais em Santa Catarina é majoritariamente masculino. Os homens são responsáveis por 80% dos pedidos, enquanto as mulheres ficam com 20%.
“A cerveja é uma paixão nacional e o mercado de cervejas especiais vem crescendo ano após ano. Santa Catarina é muito importante para o nosso mercado e queremos aumentar a nossa presença na região, criando parcerias e atraindo entusiastas para construir a maior e mais engajada comunidade de apaixonados por cerveja do Brasil”, afirma o CEO e fundador do Clube do Malte, Douglas Salvador.
Captação de investimentos em Santa Catarina
Prestes a completar 10 anos de operação, o Clube do Malte está captando recursos para acelerar o crescimento da empresa. Com um formato diferente dos modelos tradicionais de captação, a empresa busca agregar, além do capital, outros ativos ao negócio. Por meio de uma campanha de equity crowdfunding, o objetivo é angariar R$ 2,150 milhões, o equivalente a 10% do valor da empresa.
No dia 3 de abril, o Clube do Malte promove uma sessão de apresentação do projeto, que acontece no Impact Hub, em Florianópolis. A ideia é reunir interessados em fazer parte do investimento, trazendo informações mais detalhadas.
O projeto de captação, com previsão de duração até maio, foi dividido em duas etapas. Nos primeiros 2 meses, janeiro e fevereiro, o Clube do Malte trabalhou especificamente sua base de clientes e parceiros, priorizando quem já está próximo ao ecossistema da empresa. E agora, a partir de março a empresa inicia um road show para trabalhar um perfil de investidores de tíquete médio maior, como anjos, pequenos fundos ou family offices.
A primeira etapa foi muito bem-sucedida, alcançando até agora 334 acionistas, que já reservaram R$ 739 mil, o que corresponde a 50% do valor mínimo para viabilizar a rodada. A segunda etapa, já em andamento, tem como foco interessados com maior poder de investimento financeiro. A captação está sendo realizada em conjunto com o Kria, uma das mais tradicionais plataformas de equity crowdfunding do País, e todo o processo de formalização acontece por meio da ferramenta.
“Essa divisão em etapas foi planejada ao observarmos que o comportamento dos investidores muda de acordo com o tamanho do aporte. Os que colaboram com valores menores são investidores que buscam diversificação de carteira ou mesmo entusiastas de cerveja que têm um prazer especial em fazer parte do Clube do Malte, fato que nos surpreendeu de forma positiva. Já quem colabora com cheques maiores tem um perfil mais participativo, quer estar mais perto do negócio, acompanhar e contribuir”, explica Salvador.
E percebendo esse comportamento, o projeto prevê ao final da campanha criar o Conselho de Apaixonados por Cerveja (CAC), um grupo de pensadores divididos entre os Conselhos Técnico e de Gestão, composto por acionistas a serem selecionados pelo board da empresa. “Esse grupo de executivos nos ajudará a dar insights para os projetos de crescimento que desenhamos para o Clube do Malte”, afirma Salvador.
A captação de investimentos visa consolidar a execução de quatro projetos que têm potencial para triplicar o faturamento do Clube do Malte, hoje próximo de R$ 13 milhões ao ano, chegando a R$ 40 milhões nos próximos cinco anos. “Decidimos acelerar o crescimento da empresa para o próximo biênio. Para atingir essa meta, reestruturamos o nosso cap table (tabela de captação), abrindo uma janela de 20% de cotas em tesouraria, que serão divididas em duas rodadas de investimento. São 10% agora e mais 10% em uma segunda captação no final de 2019 ou 2020”, revela Salvador.
Uma longa história no mercado das cervejas
Alexandre Miyaki e Douglas Salvador, sócios do Clube do Malte
A marca Clube do Malte surgiu em 2009, quando Douglas Salvador, aos 32 anos, teve o desejo de empreender. A cerveja já era uma paixão e o contato com amigos que trabalhavam no ramo o ajudou a seguir com essa ideia. O negócio começou a operar no ano seguinte, primeiro no formato de loja física. Em 2011 foi criado o site, que mais tarde disponibilizaria o serviço de assinatura.
Com 400 assinantes no início, o modelo passou por uma fase de forte expansão e desenvolvimento e atualmente possui mais de 7 mil cadastros ativos. O site funciona também como um e-commerce padrão, oferecendo compra avulsa para quem aprecia cervejas especiais e quer conhecer novos rótulos, mas não tem intenção de receber o kit (chamado de pack, com planos a partir de R$ 36,90) todo mês. O tíquete médio é de R$ 150.
Por mês, são despachadas cerca de 50 mil garrafas para todo o Brasil. São cerca de 1.000 rótulos trabalhados, entre cervejas nacionais e importadas, a maioria delas artesanais e uma pequena parte de criação própria. Além do CAC, a empresa tem no seu planejamento anual outros projetos que estão em fase final de desenvolvimento. Tudo isso gira em torno do público final, cuja comunidade reúne mais de 140 mil usuários que acompanham a marca pelo site, seja para beber ou conversar a respeito do tema.