A juíza da 1ª Vara Criminal de Jaraguá do Sul, Cândida Inês Zoellner, autorizou, no início da noite de sexta-feira, a exumação do corpo de Cláudia Francielen de Andrade Borba, 27 anos, morta no dia 13 de maio com uma parada cardiorrespiratória e febre desconhecida.
O delegado responsável por investigar as causas da morte, Marco Aurélio Marcucci, da delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Jaraguá do Sul, irá marcar a data de exumação nesta segunda-feira.
Cláudia foi jogada em uma vala de esgoto, em frente a boate Chopp Club, em Jaraguá, no dia 30 de abril. Ao sair da boate, ela pediu carona à quatro rapazes. Como ela negou fazer sexo com o grupo, em troca do favor, Cláudia foi empurrada e caiu na vala que possuía cerca de cinco metros de altura. A Polícia Militar foi chamada e prendeu dois suspeitos. Na delegacia de Polícia Civil, a dupla foi liberada por falta de provas.
Na semana seguinte, a vítima começou a reclamar de dores e foi levada pela mãe, Francisca Salete de Andrade, 48, ao Pronto-Atendimento de Corupá, cidade onde a família morava. Cláudia voltou quatro vezes à unidade de saúde, reclamando também de febre. Os médicos receitavam medicamentos para diminuir os sintomas. No dia 13 de maio, duas semanas após a agressão, ela morreu.
A mãe da vítima registrou um novo boletim de ocorrência na delegacia da Mulher de Jaraguá, para apurar as causas reais da morte da filha. Ainda na sexta-feira, o delegado ouviu os dois jovens suspeitos em participar da violência em frente a boate. Marcucci pediu a prisão preventiva do suspeito de 18 anos, que seria o responsável por empurrar Cláudia na vala. Porém, a Justiça negou o pedido.
— Vamos continuar investigando a participação destes rapazes. Quando tiver mais informações, irei pedir a prisão preventiva mais uma vez —, avisou o delegado.
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