A Vigilância Epidemiológica e Sanitária de Jaraguá do Sul apura as causas de uma contaminação que levou cerca de 300 funcionários da indústria Weg ao hospital com sintomas de dor de cabeça, diarréia e vômito. Os trabalhadores da fábrica 2 do grupo começaram a passar mal ainda na sexta-feira.
— Foi um entra e sai de ambulância na empresa —, descreveu um dos operários que teve os sintomas, mas que preferiu não se identificar.
A maior parte dos pacientes foi encaminhada ao Hospital Jaraguá. Na segunda, técnicos da Vigilância estiveram na fábrica.
— Ainda não temos nada conclusivo. Os técnicos foram até empresa e amanhã (terça-feira) iremos nos reunir para analisar as amostras recolhidas. Só, então, iremos nos pronunciar sobre o caso —, disse o diretor da Vigilância Epidemológica, Walter Clavera, que prometeu para hoje uma posição mais concreta sobre o caso.
Os técnicos recolheram amostra dos alimentos – que são fornecidos pela empresa – e de água.
A empresa já solicitou ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaraguá do Sul (Samae) que exames fossem feitos na água fornecida à Weg. Segundo o Samae, o relatório já foi concluído e será encaminhado à empresa.
— Como foi a Weg que encomendou o exame, cabe a ela divulgar os resultados —, disse o assessor e gestor ambiental do Samae, Vinicius Schweighofer.
Segundo informações do hospital, ontem à tarde algumas pessoas ainda foram atendidas no ambulatório. Mas ninguém precisou ser internado. As pessoas eram medicadas e, quando necessário, ficavam em observação por algumas horas, mas todas foram liberadas no mesmo dia.
Água mineral para os funcionários
Caio Mandolesi, chefe de Comunicação Institucional do Grupo Weg, afirmou que todas as medidas necessárias para atender os colaboradores foram tomadas.
— Todos foram rapidamente atendidos e medicados. Até se descobrir o que ocorreu, o fornecimento interno de água está suspenso. A caixa d’água já foi inclusive esvaziada para limpeza —, disse Mandolesi.
Segundo ele, a empresa está disponibilizando água mineral para consumo interno.
Mandolesi disse ainda que foi feito um conserto de uma tubulação de água que se rompeu na semana passada.
— Estamos investigando se isto tem alguma relação com o que aconteceu —, destacou o representante da empresa.
Ele também disse que a empresa está empenhada em apurar as causas da intoxicação dos funcionários.
— Foi coletado material para exame para saber as causas do problema —. Além dos exames médicos e do feito pela Samae, a empresa encomendou mais dois levantamentos sobre a situação da água e os resultados devem ficar prontos em uma semana.
Segundo Mandolesi, a empresa descartou a possibilidade de a contaminação ter ocorrido por causa da comida. Mesmo assim, a Vigilância Sanitária vai analisar as amostras.
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