Se analisadas com parâmetros de outros 7 estados brasileiros, qualidade da água já pode ser considerada razoável, sendo boa somente em comparação com São Paulo, um dos estados mais poluídos do Brasil
Uma pesquisa realizada pelo Freitag Laboratórios em parceria com a UNIASSELVI nas lagoas do Parque Nacional da serra do Itajaí, em Santa Catarina, entre maio e agosto de 2018, revelou que o controle da qualidade da água precisa ser redobrado, caso contrário haverá problemas com a recuperação.
De acordo com o relatório, de um modo geral, as lagoas que ficam em uma área de 56.918,11 hectares de Mata Atlântica, foram caracterizadas como boa. No entanto, houve um ponto amostral que apresentou uma classificação regular. Nas amostras coletadas nesses quatro meses foram analisados nove parâmetros: coliformes termotolerantes, DBO, fósforo, nitrogênio, oxigênio dissolvido, pH, sólidos totais, temperatura e turbidez, sendo por fim, calculado o Índice de Qualidade da Água (IQA).
Guilherme Freitag, gestor Técnico do Freitag Laboratórios, explica que atualmente o Estado de Santa Catarina não possui critérios para essa classificação, por isso são adotados os mesmos usados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Seguindo os parâmetros de São Paulo, um dos estados mais poluídos do Brasil, a qualidade da água é boa. Porém, “se fôssemos utilizar as tabelas de classificação de outros estados como: AL, MG, MT, PR, RJ, RN, RS, teríamos ao todo 10 de um total de 12 pontos amostrados como qualidade de água razoável. Podemos dizer que se não houver um controle nestas lagoas, há uma grande probabilidade de a qualidade diminuir até chegar a um ponto que a recuperação se torne inviável ou muito dispendiosa”, alerta o especialista.
Freitag ainda ressalta que a baixa na qualidade da água pode trazer reflexos para a sociedade. “Caso a qualidade da água vier a diminuir consideravelmente, consequentemente haverá proliferação de cianobactérias, e com a mortalidade normal dessas algas, serão liberadas toxinas que, consequentemente, levará a morte de toda fauna silvestre local e restringirá o uso desta água, pois uma vez ultrapassando 50 mil células de cianobactérias, esta água não poderá ser usada para abastecimento público e dessedentação de animais”.
O Parque Nacional da Serra do Itajaí é a segunda maior unidade de conservação do Sul do Brasil, representando 0,05 % da área total original do bioma Mata Atlântica do país e 0,55 % da área remanescente de Mata Atlântica, além de ser um dos três grandes fragmentos florestais ainda existentes em Santa Catarina. Segundo o Freitag Laboratórios, conhecer o grau de degradação ou não das lagoas do Parque Nacional da Serra do Itajaí é essencial para a preservação das mesmas. Com esse estudo, é possível propor ações para preservar um patrimônio ambiental.
Sobre o Freitag Laboratórios
Fruto da fusão entre o Laboratório Weingärtner (fundado em 1956) e Laboratório Freitag (fundado em 1978), a partir de agosto de 2002, surge o Laboratório Freitag & Weingärtner, focado em análises clínicas humano. A fusão dos dois conceituados laboratórios permitiu a expansão da empresa, possuindo hoje uma abrangência regional e estadual. O laboratório focou-se no atendimento corporativo, o que o impulsionou a criar novos serviços e divisões para atender às empresas.
Em 2006 nasce a Divisão Ambiental e de Alimentos, e em 2008 a Divisão Veterinária. Em 2009 a Divisão Ambiental e Alimentos ganha autonomia e passa a chamar-se Freitag Laboratórios, ganhando um novo espaço para suas atividades. O Freitag Laboratórios atua hoje em todo o Brasil, visando ser uma referência nacional e possui o maior escopo de ensaios acreditados de Santa Catarina. Mais informações: www.freitag.com.br.