Nos artigos anteriores vimos alguns conceitos luminotécnicos, bem como os principais tipos de lâmpadas utilizadas para iluminação de interiores. Neste artigo, o último da série, veremos a utilização do LED e da fibra óptica.
A tradução da sigla LED já é bastante conhecida: Diiodo Emissor de Luz. Mas o que isso significa? O LED é constituído por uma série de camadas de material semicondutor. Um semicondutor é um sólido cristalino que apresenta condutividade elétrica. São capazes de transmitir uma corrente elétrica e, no caso dos diiodos, convertem a energia elétrica recebida diretamente em luz. A parte técnica funcional das lâmpadas de LED é bastante complexa de ser explicada em espaço tão curto, mas suas vantagens são inúmeras, e é por isso que o uso do LED cresce a cada dia - e não apenas nos sistemas de iluminação. As lâmpadas de LED apresentam maior vida útil: em torno de 50.000 horas. Apenas a título de comparação, uma lâmpada incandescente dura em média 1.000 horas e uma lâmpada fluorescente em torno de 8.000 horas. Por causa disto, apresenta baixos custos de manutenção. Sua eficiência é muito maior e, por operarem em baixa voltagem (menor que 33V), geram maior segurança ao usuário. Ao contrário de todas as outras lâmpadas existentes, não emitem ultravioleta e infravermelho, sendo ideais para iluminação de obras de arte, pois, por esta característica, não causam desbotamento de cores. Por seu princípio de operação, apresentam a possibilidade de obtenção de cores puras, sem utilização de filtros, conseguindo-se assim cores mais vivas e sem distorções. A linha de produtos de LEDs hoje é crescente, mas sua utilização ainda é restrita em função do custo inicial de instalação. O desenvolvimento de novas tecnologias está paulatinamente baixando este custo, tornando esta opção cada vez mais acessível a todos os consumidores.
Com relação à fibra óptica, inicialmente é necessário deixar claro que, ao contrário das lâmpadas já citadas, este sistema não é uma fonte de luz, nem tampouco uma luminária. A fibra óptica nada mais é do que um condutor de luz. Simplificando o conceito, podemos dizer em poucas palavras que a fibra óptica é como um "tubo" que capta a luz emitida por uma fonte numa extremidade e a leva até a outra extremidade através de sucessivas reflexões, como se passasse por diversos "espelhos". Uma de suas vantagens é a segurança do usuário, uma vez que não transmite energia elétrica, apenas luz. A fonte de luz em geral é colocada em local de acesso remoto ao usuário e, por este motivo, são largamente aplicadas em iluminações de piscinas, por exemplo. Também não transmite raios ultravioletas e infravermelhos, sendo indicada para iluminações de obras de arte. Pelo seu princípio básico de funcionamento, diversos cabos de fibra óptica são iluminados através de uma única fonte, o que promove uma alta eficiência energética - uma única lâmpada de 150W é capaz de iluminar uma piscina inteira. Encanta os usuários por permitir efeitos diversos e personalizados: é com o uso de fibras ópticas que se conseguem os efeitos de "céu estrelado", por exemplo. As fibras ópticas são também utilizadas na comunicação visual, com a possibilidade de montagem de letreiros e logos.
Por fim, terminando esta série de artigos sobre fontes de luz artificiais, observa-se que o assunto, nem de longe, se encerra nestas poucas palavras. O pequeno resumo feito serve apenas para introduzir o usuário ao maravilhoso mundo da iluminação.