O proprietário da Spinelli Produções e Eventos, José Clemir Spinelli, se pronunciou sobre um texto publicado no site do jornal O Povo, de Canoinhas, que cita a indisponibilidade de seus bens por causa de uma festa promovida pela empresa em 2011 em Rio Negrinho. Clemir lembra que a indisponibilidade dos bens ocorreu em 2015, mas o texto do site, que não o procurou para que ele se defendesse, trata a questão como se fosse atual.
Clemir admite a indisponibilidade, mas se diz mais vítima do que réu. Ele explica que em 2011 venceu processo licitatório para organizar o Festival Aconchego da Serra 2011, em Rio Negrinho. O evento seria patrocinado com recursos do Ministério do Turismo. Ocorre que depois de realizada a festa, o Ministério não liberou o dinheiro, alegando problemas na licitação.
Clemir recebeu R$ 30 mil pelos shows da Banda Guto Brazz e da dupla Eric e Mateus, mas deixou de receber o valor do show de Zezé di Camargo e Luciano. Por causa disso, entrou com processo contra a Prefeitura de Rio Negrinho para reaver o dinheiro pago à dupla.
Nesse meio tempo, o Ministério Público (MP) de Santa Catarina ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça e a juíza Monike Silva Povoas deferiu o pedido do MP para que os bens do prefeito de Rio Negrinho à época, Osni José Schroeder, da Spinelli e dos sócios, fossem bloqueados no valor equivalente a R$ 243 mil. “Prestei o serviço, não recebi e ainda tive meus bens indisponibilizados”, afirma Clemir.
O motivo da denúncia seria o direcionamento da contratação em favor da Spinelli Produções e Eventos, que segundo o MP, recebeu informações privilegiadas antes do certame em 9 de março de 2011. Segundo o MP, o responsável pela empresa já tinha as cartas de exclusividade. Clemir se defende afirmando que qualquer empresa pode ter essas cartas de exclusividade e que isso não fere a Lei das Licitações.
FESMATE
Sobre a Fesmate, Clemir lembra que a festa ocorrida em 2017, organizada pela Spinelli, transcorreu sem nenhum incidente, desde o processo licitatório. O mesmo, segundo ele, ocorreu neste ano, quando a empresa também ganhou o processo licitatório gerando uma economia de quase R$ 100 mil ao Município. A proposta inicial era de R$ 180 mil, mas ele aceitou fazer a festa com subsídio de R$ 93 mil do Município. “Graças a Deus ressuscitamos uma festa maravilhosa que é a Fesmate porque o povo canoinhense merece uma festa dessa magnitude”, conclui.
Fonte http://jmais.com.br/promotor-da-fesmate-diz-que-foi-vitima-em-processo-envolvendo-festa-em-rio-negrinho/