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Sequência de violência causa 12 mortes em Santa Catarina

Quarta, 06 de setembro de 2017

 

 

Sequência de violência causa 12 mortes em Santa Catarina Salmo Duarte/A Notícia

Foto: Salmo Duarte / A Notícia

O retrato da nova onda de atentados à segurança pública de Santa Catarina tem um triste reflexo: o aumento de mortes violentas. Seja no lado dos servidores ou no do crime, já são 12 pessoas que tombaram para dor e desamparo de familiares. Uma realidade que faz crescer as estatísticas da letalidade, inclui tensão, apreensão e um quadro de embate perigoso para todos.

O levantamento do DC inclui mortes desde agosto, mês considerado trágico para a segurança, embora o início de setembro não seja menos impactante. Até ontem, oito pessoas perderam a vida em confronto com a Polícia Militar.

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A última delas aconteceu na tarde de ontem em Itajaí, quando PMs abordaram suspeitos. Um jovem de 20 anos teria sido atingido ao apontar a arma na direção dos policiais.

As quantidades são consideráveis em ambos os lados. Em todo o ano passado, um policial militar perdeu a vida em serviço. Já este ano, em agosto, três policiais foram assassinados.

Os crimes foram em Florianópolis, durante um assalto, e em Joinville e Camboriú, estes dois com requintes de execução pelos criminosos. Ainda houve o homicídio de um agente penitenciário, em Joinville. No mesmo período, também aconteceram tentativas de homicídio contra servidores da segurança e vários deles tiveram a casa alvejada pelo crime organizado.

As mortes em confronto chamam a atenção pela quantidade em poucos dias. Na última semana, foram oito nas cidades de Joinville, Florianópolis, Balneário Piçarras, Itajaí e Brunópolis, o que representa um terço dos casos registrados de janeiro a agosto do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O presidente da Associação de Praças de SC (Aprasc), Edson Fortuna, admite um quadro de tensão e apreensão. A reportagem apurou que, em áreas críticas, PMs estão se deslocando para o atendimento apenas em duas viaturas em razão do alto risco.

– É o reflexo, há tensão, apreensão e elevado nível de estresse. O próprio aumento do contingente de policiais nas ruas aumentou a possibilidade de confrontos – explica Fortuna, defendendo medidas de investimentos sociais na segurança e fortalecimento de ações contra o tráfico de drogas e entrada de armas no país.

A SSP afirma que todas as mortes de policiais foram esclarecidas. 

"Legalidade" em debate entre as polícias

Paralelamente ao campo minado entre policiais e as facções criminosas, conflitos de competência entre as polícias Civil e Militar prejudicam a integração entre as forças em momento de crise.

A Associação dos Delegados de Polícia de SC emitiu nota ontem questionando a atribuição de cada corporação diante das apurações dos homicídios, ressaltando que cabe à Polícia Civil a investigação desses crimes e não à PM. O texto é uma resposta à ação de policiais militares em Brunópolis, onde dois homens morreram em confronto. Armas, celulares e dinheiro dos suspeitos foram levados ao quartel para investigação dos crimes, conforme a associação.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SC, Sandro Sell, o Estado continua com uma postura mais reativa do que preventiva aos ataques e, nessa lógica, é esperado que haja um número elevado de mortes.

– Parece que o único modo de fugirmos dessa lógica reativa é atacar as causas, que estão concentradas no caos do sistema prisional brasileiro. Há uma enorme preocupação em prender e pouca preocupação com os locais e formas de vida na prisão. 

O secretário-adjunto da SSP, Aldo Pinheiro D¿Ávila, defende que há um sentimento de impunidade, o que afeta o servidor que efetuou a prisão.

– Resolver esse tipo de crime é uma questão de honra. Não vamos parar até que esses crimes sejam totalmente esclarecidos – diz.

OS CASOS:

Suspeitos

Joinville
Um homem foi morto na noite de segunda-feira após ataque contra delegacia de Polícia Civil do Morro do Meio, na zona oeste de Joinville. 

Balneário Piçarras
Uma ação da PM de Navegantes na noite de segunda-feira terminou com a morte de um homem apontado como líder de uma facção criminosa na região.

Brunópolis
Dois mortos após confronto entre policiais e suspeitos de roubo a uma cooperativa na segunda-feira.

Itajaí
Dois homens morreram na noite de domingo em um confronto com policiais militares logo após dispararem contra a sede da 2ª Companhia do 1º Batalhão da PM, no bairro São Vicente.

Florianópolis
Um homem morreu em confronto com a PM na Vila União, comunidade do norte da Ilha, na madrugada de domingo. Outro foi baleado e sobreviveu.

Itajaí
Um suposto integrante de facção criminosa foi morto no bairro Espinheiros após operação da PM. Enquanto policiais faziam buscas em uma casa investigada, o rapaz teria apontado a arma contra os agentes.

Agentes da segurança pública

Florianópolis
O PM da reserva Celso Olivério da Costa morreu na noite de 11 de agosto quando fazia segurança para uma padaria no Estreito. A polícia afirma que foi um assalto seguido de morte (latrocínio) e que houve reação do policial.

Joinville
O agente penitenciário Elton de Oliveira Maximo, 33 anos, foi executado a tiros na zona sul em 18 de agosto.Em 28 de agosto, atiradores executaram o PM Joacir Roberto Vieira, 43 anos, quando ele estava de folga na rua Monsenhor Gercino.

Camboriú
O PM da reserva Edson Abílio Alves foi executado com tiros na cabeça por um homem na frente de uma padaria em 30 de agosto.



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