Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Padre Antônio Taliari

padretaliarigmail.com

Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


Veja mais colunas de Padre Antônio Taliari

Dom 6 de agosto de 2017 Transfiguração do Senhor

Domingo, 06 de agosto de 2017

  

Clique para ampliar
 

MENSAGEM DO EVANGELHO

Neste, 18º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus 17,1-9, é da Celebração Litúrgica da Transfiguração do Senhor. O relato da Transfiguração está presente nos três Evangelhos sinóticos: Marcos, Lucas e Mateus. Diferente dos anúncios da Paixão, a Transfiguração mostra Jesus cheio de glória. O Messias que ira a Jerusalém e lá será ‘desfigurado’, quando sofretá a Paixão e Morte, aqui a ‘transfiguração’ já antecipa a sua vitória e indica a sua ressurreição, pois ela triunfará sobre a morte. Ele é o Messias transfigurado, glorioso e vitorioso. As montanhas, na tradição bíblica, representam o lugar do encontro com Deus. Os lugares altos estavam mais próximos do céu, onde se acreditava que Deus ‘morava’.

Pode ser que Mateus aqui resgate a alta montanha da qual se fala na tentação de Jesus, mas agora não como o lugar de honra humana oferecido pelo diabo. Aqui, o monte é o lugar da grande manifestação de Deus. Jesus não seguiu o plano diabólico do demônio no mundo. Manteve-se fiel ao projeto de salvação do Pai e obediência à Sagrada Escritura. No caminho do Evangelho, a missão de Jesus é descrita à luz da paixão eminente, só depois do anúncio da paixão vem a transfiguração. Não há espalho para os triunfalismos da fé. Jesus aparece com os traços do ressuscitado, antecipando o que será de sua missão salvífica. O anjo no relato da ressurreição estava vestido de branco. A grande manifestação de Cristo é acompanhada por duas testemunhas autorizadas, celestiais, os grandes vocacionados por Deus no Antigo Testamento. Moisés que carrega consigo uma série de papéis: intercessor, profeta, líder, amigo de Deus, o legislador.

Elias, o grande profeta, enviado por Deus para enfrentar o culto a Baal, que não havia experimentado a morte, mas levado para o céu. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas, Jesus dialoga com todo o Antigo Testamento. Pedro quer ficar no monte. Dissociar-se da sua responsabilidade terrena para seguir experimentando a grandeza da manifestação de Deus. Da mesma forma que a presença de Deus habitava em Jerusalém e no Monte Sinai, Pedro quer reter os personagens celestiais ali e seguir na experiência de Deus. Frequentemente, a nuvem aparece no Antigo Testamento como um elemento que une céus e terra: uma de suas faces está voltada para cima, a outra, para baixo. A nuvem revela a glória do Senhor que comunicava com os homens. Acompanha a grande teofania do Monte Sinai. Além de acompanhar a caminhada no deserto e ser sinal de Deus, indicando caminhar ou acampar, entra no Santuário do Templo, como mostra de que Deus se apropria da sua habitação.

No Evangelho de Mateus, o Pai só fala duas vezes e diz a mesma coisa: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”. A primeira no Batismo; A segunda, na Transfiguração. Na segunda vez que Deus mostra o seu amor por Jesus, o texto aparece depois da predição de sua morte e ressurreição. A Transfiguração é a confirmação do caminho tomado por Jesus no Batismo recebido de João Batista. Lá ele começou a vida pública; aqui, a caminhada rumo a Jerusalém. O Pai confirma o que Jesus terminara de dizer: reconhece aquele que acaba de ser reconhecido por Pedro como o Messias e o Filho de Deus; aquele que tomou a forma de servo sofredor, que Pedro não aceita; aquele que chama os discípulos missionários a segui o Seu caminho; aquele que se declara juiz de mundo. Diante de três homens do presente, Pedro, Tiago e João, e de dois personagens do passado, Moisés e Eleas, o Filho do Homem é proclamado, pelo Pai, Filho de Deus. A última palavra é do Pai, aquele que, desde sempre, pronuncia a Palavra! Encerra-se o debate sobre a identidade de Jesus; inicia-se o drama da negação desta identidade. O Pai tem uma só Palavra. O Pai tem a Palavra, o Filho que o revela plenamente. Esta Palavra é o Filho, que o revela em seus gestos e palavras. O Pai pede que  escutemos esta Palavra. Nós nos tornamos aquilo que escutamos. Escutando o Filho, nos tornamos como ele, filhos e irmãos. Cair com o rosto por terra é uma atitude típica do Antigo Testamento diante de uma grande revelação de Deus.

Muitas vocações na Bíblia são seguidas pelas palavras de conforto de Deus: “não tenhais medo!”. Jesus, ao tocar os discípulos missionários e acalmá-los, empurra-os novamente para a realidade e confirma sua vocação. São chamados não a ficar no monte vivendo das realidades celestes, mas a descer da montanha com Jesus e transformar a experiência em missão. A Transfiguração do Filho não é só uma antecipação da sua ressurreição, mas da nossa. A semente da nossa vida divina é lançada quando decidimos, para valer, “escutar” Jesus e “fazer” a sua palavra. É assim que nossa vida é transformada, tornando-se como a dele e, à medida da nossa generosidade, na sua medida plena. Todo aquele que experimenta a realização da Palavra em seu coração, vive a grandeza do céu aqui na terra e, descendo da montanha, luta para colocar em prática o que sentiu junto com o Mestre, que o acompanha no caminho. 

Seja fiel, ofereça o dízimo!



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA