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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Dom 2 de julho de 2017 - São Paulo e São Pedro

MENSAGEM DO EVANGELHO

Domingo, 02 de julho de 2017

  

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Neste, 13º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus 16,13-19, depois de manifestar a ignorância dos fariseus e dos saduceus, que pedem um sinal do céu para colocar Jesus à prova e de alertar os discípulos missionários para não seguirem o ensinamento desses dois grupos judaicos, Jesus vai revelar sua identidade para os seus. Mas o que está em jogo não é a sua identidade, mas a identidade deles.

Ele quer ser reconhecido: esse é o desejo fundamental do amor que se revela. A resposta dos discípulos missionários não vai constituir Jesus, mas vai, constituir o verdadeiro discípulo missionário de Jesus. O leitor do Evangelho de Mateus já viu esse termo nas palavras de Jesus, de maneira misteriosa, mas ligada à sua missão e de maneira aberta, designando a si. Os seus discípulos missionários, que estão próximos, sabem que Jesus é o Filho do Homem. Mas aqueles que estão fora, “os homens”, não conhecem a identidade de Jesus. Há algumas tradições religiosas populares que estão em jogo nesta resposta do povo.

O inescrupuloso Herodes Antipas, diante da fama de Jesus, havia dito aos seus oficiais: “Certamente, se trata de João Batista: ele foi ressuscitado dos mortos e é por isso que os poderes operam através dele!”. Quanto a Elias, havia uma profecia judaica que falava de sua chegada antes do grande Dia do Senhor, quando seria manifestada toda a justiça divina diante dos pecadores. Com relação a Jeremias havia uma grande tradição popular falando de seu retorno. Jesus pergunta aos discípulos missionários a opinião que o povo em geral tem sobre ele. Não são seus seguidores e não estão próximos.

A pergunta é dirigida aos discípulos missionários, sugerindo que a resposta de seu grupo mais íntimo não pode ser a mesma resposta dos homens. Sua resposta deve nascer da experiência pessoal com Jesus, fruto do caminho que faziam com o Mestre. É a única vez no texto de Mateus que Jesus chama Simão por seu nome composto: “Simão Pedro”. Parece que Mateus quer acentuar o papel deste discípulo missionário no grupo dos Doze. A resposta cheia de sentido que reconhece em Jesus o Messias já havia aparecido na boca dos discípulos missionários pouco antes desta passagem.

Na ocasião em que Jesus caminha sobre as águas, os que estavam no barco se prostram e dizem: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus”.  Pedro tem um papel proeminente: ele mostra que o verdadeiro discípulo missionário, íntimo de Jesus, é capaz de reconhecê-lo em sua intimidade. Manifestando sua capacidade de compreender a missão de Jesus, escutará do Mestre algo sobre sua missão. O ministério público de Jesus está num momento decisivo: Pedro e os discípulos missionários reconhecem Jesus como o Messias e o Filho de Deus. Eles poderão ser inseridos naquele conhecimento de Jesus que só quem ama pode receber.

Só amamos o que conhecemos, e só conhecemos o que amamos! Ainda falta um caminho grande para que os Doze compreendam a profundidade do título que Pedro confere a Jesus, mesmo depois da ressurreição, alguns parecem não ter entendido. Reconhecer como Messias e o Filho de Deus é o centro da fé. O papel de Pedro é o de “pedra” sobre a qual se levanta a comunidade dos discípulos missionários de Jesus.

Essa ‘pedrinha’ é a primeira pedra! Na Celebração de São Pedro e São Paulo, somos convidados a entrar na intimidade de Jesus. Pedro é modelo de discípulo missionário e nos leva ao centro da nossa fé: reconhecer Jesus como Cristo. Lembrando o papel que Pedro teve na comunidade primitiva. A Igreja precisou de alguns séculos para ligar estavelmente essa palavra de Jesus a Pedro como figura do Bispo de Roma.

Qualquer bom texto da história da eclesiologia ou dos ministérios mostra isso com objetividade e equilíbrio. Historicamente, o primado de Pedro, chamado a ser serviço da unidade na fé e na caridade, foi ocasião de muitas separações, no Oriente e no Ocidente. É difícil discernir em que medida isso se dava às modalidades inadequadas do servir ou a inevitabilidade do “escândalo” da verdade, que, por sua natureza, é sinal de contradição.

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