Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Dom 21 de maio de 2017
MENSAGEM DO EVANGELHO
Neste, 6º Domingo do Tempo da Páscoa, o Evangelho de João 14,15-21, lembrando que, na primeira parte do capítulo 14 do Evangelho de João, Jesus ensinou sobre a fé que os discípulos missionários deve ter nele e em Deus.
Na segunda parte o ensinamento é sobre o amor. É nesta segunda parte este texto, onde Jesus promete o envio do Consolador, o Espírito Santo, que acompanhará e dará assistência aos discípulos missionários quando Jesus não mais estiver fisicamente com eles. O critério da pertença ao grupo de Jesus muda. Não basta ter sido chamado. Judas Iscariotes o foi, mas traiu. Para ser discípulo missionário é preciso amar, este é o modo de ser reconhecido: “Nisto reconhecerão todos que são meus discípulos missionários se tivermos amor uns pelos outros”. Amar a Jesus, amar a Deus, amar os irmãos. O verbo “amar” aparece sete vezes neste pequeno texto. Quem não ama, não observa as palavras de Jesus, não pode ser seu discípulo missionário.
Embora a expressão esteja no plural, há um só novo mandamento: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros”. A Nova Lei de Jesus substitui todos os 613 manda mentos que escribas haviam elencado na Torá, o Pentateuco. Jesus prometeu que não deixaria seus discípulos missionários órfãos. O Pai enviará em nome de Jesus, o Paráclito, que as Bíblias traduzem por Defensor, Consolador, advogado etc. A comunidade que ama, observa o mandamento do amor, é lugar onde o Espírito Santo virá e permanecerá. A função do Espírito Santo será ensinar tudo, orientar os discípulos missionários na caminhada. O mundo que rejeita Jesus, os líderes judeus e o império romano, rejeitará o Espírito Santo.
A Igreja, guiada pelo Espírito Santo, sofrerá as mesmas perseguições que Jesus sofreu. A afirmação de Jesus é carregada de ternura. Os discípulos missionários não estarão sozinhos como os filhos que perderam os pais. Haverá uma ausência física somente passageira. Jesus garante a sua presença entre eles de outra maneira e ainda dá a certeza de que o Espírito Santo continuará a missão que ele iniciou. Aos olhos do mundo Jesus estará morto para sempre. Os seus discípulos missionários terão o privilégio de vê-lo vivo e ressuscitado, não somente nas aparições, mas na sua ação constante na vida da Igreja. Jesus será a água viva, o pão da vida, a Vida presente na fração do pão. Jesus continuará vivo e dará vida aos seus discípulos missionários e à sua Igreja.
Quem ama observa os mandamentos de Jesus e a estes Jesus se manifestará, revelará o amor do Pai. E a condição para amar a Jesus é amar os irmãos. É nesta comunidade onde reina o amor fraterno que Jesus se manifestará e estará sempre presente. O coração de tudo é o amor. É como a sua urdidura. É a relação do discípulo missionário com o Pai, com Jesus e com os outros discípulos missionários. A teologia ensina que a Trindade é modelo para as nossas relações. A Igreja é verdadeiramente a Igreja de Jesus quando vive, respira e transmite amor. O Papa Francisco Exorta: “Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!”. A comunidade que ama torna-se o local propício para que o Espírito Santo venha, faça morada, conduza, oriente. A vivência do amor é como uma pré-condição para que a Igreja seja verdadeiramente a Igreja da Trindade.
Seja fiel, ofereça o Dízimo!