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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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11 de dezembro de 2016 Domingo: Is 7,10-14 – Sl 23 – Mt 1,18-24 – Rm 1,1-7

Domingo, 18 de dezembro de 2016

M E N S A G E M

de Amor, Esperança e Fé

 

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Neste, 4º Domingo de Tempo do Advento, o Evangelho de Mateus 1,18-25, depois de apresentar a genealogia de Jesus, ligando-o com a história de Israel, desde os patriarcas, Mateus relata a concepção de Maria. Diferente de Lucas, que narra a anunciação a Maria, em Mateus, o anuncio é feito pelo anjo a José. Outra diferença importante é que em Lucas, o anjo dirige a palavra, enquanto que em Mateus, manifesta-se sempre em sonho. José aparece em quatro momentos: a situação de José; José recebe a mensagem do anjo; José recebe a notícia do que acontecerá; a obediência de José à vontade do Senhor. O início do relato quer mostrar como Jesus tem sua origem na história do seu povo e que é da estirpe de Davi sem ter sido gerado por um homem.

Esta origem poderia remeter a Gênesis 1 e 2. A história da origem de tudo, para mostrar uma nova criação em Jesus. Há um novo tempo irrompendo-se na história dos homens! Jesus é filho de Maria e a ela está intimamente ligado, em Mateus 2, cinco vezes se menciona “o menino e sua mãe”. Mateus quer deixa clara a relação que havia entre José e Maria antes da concepção. Eles não eram casados, mas havia sim a promessa de casamento, que durava em torno de um ano. O contrato de casamento a fidelidade e só seria consumado quando fossem viver juntos. Mateus quer relatar o caráter excepcional da gravidez de Maria, que concebeu sem participação humana, sendo obra de Deus, por meio do Espírito Santo. A iniciativa do projeto de salvação que se inicia não é dos homens e sim de Deus! O tema da justiça é central, seja nas primeiras palavras de Jesus, na busca fundamental.

Jesus devia nascer dentro de um ambiente de um homem justo. Cumprir a justiça é diferente de cumprir a Lei, que era o código normativo seguido em Israel. Se José fosse um legalista, teria levado Maria às autoridades para ser julgada de acordo com a Lei e ela seria apedrejada. José é um homem justo, sua justiça vai além da Lei, defende a vida e coloca a humanidade diante do juízo de Deus. Em Mateus, o anjo aparece sempre em sonho, ao passo que em Lucas a aparição é concreta, o anjo Gabriel fala. Falar em sonho é uma forma típica de manifestação de Deus aos homens na linguagem bíblica, como se vê na história de José do Egito e de Jacó. Agindo como pai, José é quem dará o nome ao menino e será o nome que Deus indicar por meio do anjo. José o reconhecerá como seu filho adotivo e o fará entrar na descendência de Davi.

Mateus é o único dos evangelistas que reporta o significado do nome Jesus. O nome vem da raiz hebraica ‘salvar’ e significa ‘o Senhor é Salvação’. Josué e outros judeus já tinham em seu nome ou parecidos, mas era simbólico. Jesus será o Salvador, com a autoridade de Deus e salvará o povo perdoando seus pecados. O termo “para se cumprir” aparecem 14 vezes que vê nos fatos salvíficos a realização das promessas de Deus. O que foi dito, está se realizando. O texto se refere à profecia de Isaías 7,14. Fala de uma jovem, ‘almah’ que Mateus reinterpreta como “virgem”, segundo tradição grega da LXX, que traduziu por ‘parthenos’. O texto se referia à filha do rei Acaz no decorrer da história, adquiriu um caráter messiânico. ‘Deus conosco’. Este ‘nós’ é um plural, é muito importante, traduz a idéia de aliança entre Deus e seu povo. Emanuel não será o que José dará ao menino na circuncisão, indica o caráter salvífico da missão de Jesus, como presença divina e salvadora de Deus no meio do seu povo. Mateus vê, através de Jesus, esta presença de Deus no meio de nós no início, no meio e no final do seu Evangelho.

José demostra sua docilidade à Palavra de Deus e aceita Maria como esposa, selando o casamento em definitivo. José demostra mais uma vez que é um justo e se insere na longa lista dos justos do Antigo Testamento, não só acolhendo Maria como esposa, mas acolhendo Jesus como Messias que vem de modo bem diverso de como normalmente esperava. O exemplo de José, que era justo, motiva-nos a sermos justos, mesmo vivendo em meio a um mundo de injustiças e violências. O justo é aquele que escuta e que faz a vontade de Deus. José não cumpre a Lei, cumpre a justiça; ele dá um passo adiante, defende a vida e se torna instrumento do projeto de salvação de Deus. Quando nós fazemos isso, estamos renovando a aliança com Deus. Ele é o Deus conosco, presença divina no meio de nós, nos fatos concretos da vida. Aceitar e reconhecer a ação de Deus em nossas vidas é fazer como José. Esta é a melhor maneira de nos prepararmos para o Natal e acolher o menino Jesus que continua no meio de nós!          

 

19/12/16 – Seg: Jz 13,2-7.24-25a – Sl 70 – Lc 1,5-25

20/12/16 – Ter: Is 7,10-14 – Sl 23 – Lc 1,26-38

21/12/16 – Qua: Ct 2,8-14 – Sl 32 – Lc 1,39-45

22/12/16 – Qui: 1Sm 1,24-28 – (1Sm 2) – Lc 1,46-56

23/12/16 – Sex: Ml 3,1-4.23-24 – Sl 24 – Lc 1,57-66

24/12/16 – Sáb: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a-16 – Sl 88 – Lc 1,67-79

Vigília do Natal 24/12/16 – Sáb: Is 62,1-5 – Sl 89 – Mt 1,1-25 – At 13,14-25

Noite do Natal 24/12/16 – Sáb: Is 9,1-6 – Sl 95 – Lc 2,1-14 – Tt 2,11-14

 

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