Para um ano em PIB desabou 3,8%, até que a elite empresarial da região Sul do Brasil conseguiu um desempenho honroso. Juntas, as 500 maiores do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul produziram em 2015 vendas de R$ 514,6 bilhões, 8,1 % a mais do que na edição anterior do ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL. Lançada nesta quarta-feira (9 de novembro) na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a edição 2016 do ranking da Revista AMANHÃ e da PwC mostra como as principais empresas da região conduziram seus negócios em um ano tão desafiador. Mais do que isso, o anuário revela como ficaram as posições de empresas e Estados no mapa corporativo da região Sul.
A lista das 500 Maiores mostra, outra vez, o avanço de Santa Catarina, que emplacou 131 companhias – cinco a mais que na edição anterior. O Estado com maior número de representantes segue sendo o Rio Grande do Sul, com 188, seguido pelo Paraná, com 181.
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Estados na balança
Como revela o quadro a seguir, as empresas gaúchas apresentam a maior soma de receitas e de patrimônios, os dois principais componentes do Valor Ponderado de Grandeza (VPG), critério exclusivo que AMANHÃ e PwC utilizam para determinar a classificação geral das empresas no ranking. Já as empresas paranaenses se destacam por apresentar a maior soma de lucros da região: R$ 16,9 bilhões. O segundo maior volume de lucros é das companhias catarinenses. Aliás, Santa Catarina registra, também, a menor soma de prejuízos, entre os três Estados, e a mais alta média de rentabilidade. Em geral, no ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL, Santa Catarina tende a ocupar posição mais modesta que a dos vizinhos do Sul em indicadores de tamanho, mas se recupera em indicadores de desempenho.
O Paraná, que em outros anos teve supremacia sobre o Rio Grande do Sul em indicadores como soma de patrimônio, de receita e de valor ponderado de grandeza, sofreu este ano uma baixa importante. A GVT, que na edição anterior figurou no ranking com receitas de R$ 5,4 bilhões, deixou o ranking porque foi incorporada pela Telefônica Vivo, que tem sede em São Paulo.
Indicadores |
PR |
SC |
RS |
Soma dos VPGs* (em R$ bi) |
122,36 |
94,25 |
131,89 |
Receita líquida (em R$ bi) |
178,70 |
143,11 |
192,87 |
Patrimônio (em R$ bi) |
99,43 |
72,16 |
109,14 |
Lucro líquido (em R$ bi) |
16,94 |
10,60 |
8,85 |
Prejuízo (em R$ bi) |
(5,3) |
(1,3) |
(7,2) |
Número de empresas |
181 |
131 |
188 |
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
As Top 10
A Gerdau se mantém, com folga, na condição de maior empresa da Região Sul. Com receitas de R$ 43,5 bilhões e patrimônio de R$ 31,9 bilhões, ela atinge um Valor Ponderado de Grandeza de quase R$ 33 bilhões. O segundo lugar pertence à Brasil Foods, que exibe um VPG de R$ 20,1 bilhões. Como revela o quadro abaixo, as Top 10 da Região Sul continuam praticamente as mesmas do ranking anterior, com uma única mudança protagonizada por empresas paranaenses. Turbinada por um lucro de R$ 7,9 bilhões, o triplo do resultado que havia alcançado em 2014, a Itaipu Binacional ingressou no grupo das dez maiores, e ocupou o nono lugar – posição que, até a edição passada do ranking, pertencia à Klabin. Santa Catarina tem quatro representantes entre as dez maiores companhias do Sul. Paraná e Rio Grande do Sul têm o mesmo número de empresas no Top 10: três.
Os dez maiores VPGs do Sul
Pos. 2015 |
Pos. 2014 |
Grupo/Empresa |
UF |
VPG* 2015 |
|
|
|
|
R$ Milhões |
1 |
1 |
Grupo Gerdau |
RS |
32.958,09 |
2 |
2 |
BRF Brasil Foods |
SC |
20.109,65 |
3 |
3 |
Bunge Alimentos |
SC |
18.287,78 |
4 |
4 |
Copel e Controladas |
PR |
13.310,05 |
5 |
5 |
HSBC Bank Brasil S/A |
PR |
13.236,35 |
6 |
6 |
Sicredi – Consolidado |
RS |
7.793,82 |
7 |
7 |
Banrisul – Banco do Estado do RS |
RS |
7.510,90 |
8 |
8 |
Grupo Weg |
SC |
7.098,74 |
9 |
14 |
Itaipu Binacional |
PR |
6.739,33 |
10 |
10 |
Engie Brasil Energia (Ex-Tractebel Energia) |
SC |
6.076,01 |
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
Líderes setoriaisAMANHÃ e PwC apresentam, ainda, as empresas que se destacam em 29 setores, de acordo com dois critérios: faturamento e rentabilidade. Desta forma, tem-se um quadro em que normalmente cada setor mostra dois líderes distintos: uma empresa é a maior e outra, de menor tamanho, desponta por sua capacidade de transformar vendas em lucro. Entre as maiores por setor, o Rio Grande do Sul tem 12, o Paraná tem 11 e Santa Catarina, seis. Entre as mais rentáveis, há 14 gaúchas, oito paranaenses e sete empresas de Santa Catarina. Em três setores, uma mesma empresa ocupa a condição de maior e mais rentável. São os casos de Todeschini, em Móveis; Videolar-Innova, em Petróleo e Petroquímica; e Hering, em Têxtil e Confecções.
500 EmergentesEntre as emergentes, aquelas empresas posicionadas entre a posição 501 e a milésima, a liderança coube à World Commerce Trading, de Campo Bom (RS), liderar. A trading calçadista tem um VPG de R$ 61,6 milhões. Entre as dez primeiras emergentes, há quatro gaúchas, quatro paranaenses e duas catarinenses.
MétodoPara apontar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de uma ponderação que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).
Premiação
A cerimônia de premiação das empresas vencedoras será realizada durante um coquetel no dia 17 de novembro às 19h, na Fiergs, em Porto Alegre. Serão agraciadas as 25 maiores companhias de cada Estado, além de 30 destaques no desempenho em diversos indicadores, entre eles: a maior empresa; a maior receita líquida; o maior lucro líquido; o maior patrimônio líquido; a maior capitalização; maior capital de giro próprio; e a maior liquidez.
http://www.amanha.com.br/posts/view/3082/quem-e-quem-na-elite-corporativa-do-sul