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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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23 de outubro de 2016 Domingo: Eclo 35,15b-17.20-22a. – Sl 33 – 2Tm 4,6-8.16-18 – Lc 18,9-14

Domingo, 23 de outubro de 2016

 
 Neste, 30º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas 18,9-14, é um apelo à prática da humildade. Não informa quem são os destinatários desta parábola, mas é bem possível que sejam os fariseus que foram mencionados em Lucas 7,36-50; 15,2; 16,15.

A justiça baseada nas condições humanas se opõe à verdadeira justiça de Deus. O Apóstolo Paulo afirma isso em Rm 10,3; Gl 2,16. É hipocrisia achar-se justo diante de Deus por seus méritos e ainda mais desprezar e acusar os outros, como faziam os fariseus. Eles não se diferenciam pela posição social, nem pela fortuna que possuem. Sabemos que os fariseus amavam o dinheiro e que os cobradores de impostos enriqueciam à custa do seu trabalho, tantas vezes desonestamente; basta ver o caso de Levi e de Zaqueu. A princípio, o fariseu está mais próximo de Deus porque observa a Lei, enquanto que o cobrador de impostos trabalha para o império opressor. Sua diferença está no modo como se dirigem a Deus. O fariseu da parábola reza com franca gratidão por seu estado espiritual saudável. Não há sinal de que está tentando mentir. Os fariseus faziam um jejum severo duas vezes por semana, às segundas e quintas, para o bem de toda a nação. E não há razão para duvidar de que pagavam o dízimo. A tragédia é que o fariseu não entende a natureza imperfeita dessa oração. Ele está enganando a si. Não se considera servo de Deus, mas alguém que merece a graça de Deus por um trabalho bem feito.

Além desse orgulho, ele torna-se culpado porque despreza e julga o coletor de impostos. Fariseu significa ‘separado’ e é assim que age: separa-se dos demais. A sua oração divide, separa, julga; diferente é o que ensina Jesus: Ele quer reconciliar, reunir, resgatar. Bem diferente do fariseu é a atitude do cobrador de impostos que está consciente dos pecados. Ele sabe que não merece consideração por causa de nada que tenha feito. A oração que ele faz é com gestos de humildade: “Meus Deus, tem piedade de mim que sou pecador”. Reconhece seu desamparo e sua fragilidade e assim se torna dependente. É esta carência e humildade que abrem a pessoa para a graça de Deus. Jesus tira da parábola a chocante conclusão: o fariseu praticante vai, para casa, injustificado, o cobrador de impostos está justificado. O cobrador de impostos é justificado no tribunal de Deus. Ele reconheceu sua necessidade da misericórdia de Deus e demostrou tristeza por seus pecados. O fariseu não precisa do gratuito dom divino da justificação, pois ele justificou-se a si. Esta sentença de Jesus, usada por ele em outros momentos nos Evangelhos, condena a orgulhosa segurança dos fariseus e convida à humildade. Esta não é uma vingança de Deus, mas revela o modo de agir de Deus, retribuindo cada um segundo seu agir: quem se exalta está se iludindo; quem se humilha, dá-se conta de sua miséria e crê em Deus pode e quer exaltá-lo.

Não somos melhores nem piores do que os outros, somos iguais! Se, recebemos a graça de podermos seguir o chamado de Jesus, seguir os mandamentos de Deus, nem por isso devemos nos considerar melhores que os outros: “Somos servos inúteis, fizemos apenas o que deveríamos fazer” nos ensina Jesus, pois a quem muito foi dado, muito será pedido. Se, conhecemos a Palavra de Deus e vivemos de acordo com o que ela ensina, ainda assim não devemos nos orgulhar, pois dependemos sempre da graça de Deus. Nem devemos julgar nossos irmãos, mesmo que sejam pecadores. Devemos e podemos ajudá-los a se aproximar de Deus. O Papa Francisco nos ensina que: “A todos deve chegar a consolação e o estímulo do amor salvífico de Deus, que opera misteriosamente em cada pessoa, para além dos seus defeitos e das suas quedas”.         

 

24/10/16 – Seg: Ef 4,32-5,8 – Sl 1 – Lc 13,10-17

25/10/16 – Ter: Ef 5,21-33 – Sl 127 – Lc 13,18-21

26/10/16 – Qua: Ef 6,1-9 – Sl 144 – Lc 13,22-30

27/10/16 – Qui: Ef 6,10-20 – Sl 143 – Lc 13,31-35

28/10/16 – Sex: Ef 2,19-22 – Sl 18 – Lc 6,12-19

29/10/16 – Sáb: Fl 1,18b-26 – Sl 41– Lc 14,1.7-11

 

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