Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
O evento aconteceu no auditório da faculdade Cesusc e debateu estratégias e tendências para o setor industrial catarinenseem meio à crise econômica no Brasil.
O primeiro a discursar foi José Carlos Portella Nunes, diretor-presidente daSulcatarinense, empreiteira que trabalha principalmente com contratos públicos. Nunes lembrou que a empresa passa por um processo de recuperação judicial desde junho de 2015, principalmente por atrasos nos pagamentos do governo federal nos anos de 2014 e 2015. Apesar do cenário negativo, com uma redução de quase 80% no quadro de funcionários, ele disse que vê esperança no futuro:
— Voltamos a ter lucro em 2016. Nossas estratégias agora são: atravessar bem a recuperação judicial e diversificar nossa atividade para depender menos das obras públicas — disse.
A segunda palestrante abordou inovação e sustentabilidade. Taise Beduschi, do Grupo Malwee, relembrou atividades pioneiras da marca e disse que o futuro agraciará as empresas que apresentarem as melhores soluções para seus clientes sem esquecer do ambiente. Para isso, ela citou alguns produtos desenvolvidos pela gigante têxtil:
— Hoje já temos a malha PET (feita a partir de garrafas plásticas) e um processo de tingimento que reduz em 98% o consumo de água — disse.
Representando a Construtora Fontana, do Sul do Estado, Érico Bez Fontana ressaltou a importância de estar preparado para conjunturas econômicas difíceis. Como exemplo, citou uma leitura do mercado feita pela empresa ainda antes da crise que possibilitou fortalecer o caixa para atravessar o período de turbulências.
— Antevimos a situação e pudemos nos preparar. Além disso, nosso foco está em oferecer para o cliente aquilo que ele nem sabe que precisa ainda — disse.
Último a falar foi o diretor institucional e industrial da Fiesc, Carlos Henrique Ramos Fonseca, que destacou que mesmo na crise Santa Catarina ainda tem vantagens competitivas, como uma maior diversificação do parque industrial e menor taxa de desemprego. Além disso, citou a melhora nos índices de confiança, que indicam retomada do crescimento.
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