As fraudes investigadas ocorreram em 2010, segundo a Polícia Civil. Como mostrou o RBS Notícias, em troca de propina os servidores fraudavam licitações para compra de equipamentos de telecomunicação que seriam usadas na estatal. Segundo a polícia, era um esquema de cartas marcadas,
Segundo as investigações da chamada Operação Black Out, os donos das empresas pagavam propina de 5% a 10% do valor do contrato aos servidores para que elas fossem escolhidas como vencedoras das licitações. Juntos, os contratos somam R$ 645 mil, segundo a Polícia Civil. Documentos e orçamentos falsos eram usados para manipular o pregão.
"O servidor da Celesc escolhia quem iria prestar o serviço mediante o pagamento de propina", disse o delegado Walter Watanabe, da Deic.

Além da fraude em licitação, a investigação apura também uso de documento falso, peculato e associação criminosa.
Denúncia partiu da Celesc
O G1 entrou em contato com a Celesc. Em nota enviada à tarde, a empresa informou que ainda não havia tomado conhecimento formal do processo de investigação e que, por isso, não vai se manifestar por enquanto.
De acordo com o RBS Notícias, porém, a empresa informou por telefone que a denúncia partiu da própria Celesc e que segue acompanhando o caso e está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.
Empresas do Sul
A polícia não divulgou nomes dos presos ou das empresas. Mas afirmou que estão envolvidas três companhias do Sul do estado pertencentes à mesma família.
Nesta sexta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Pescaria Brava e Laguna, ambas no Sul catarinense.
De acordo com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), na tarde desta sexta o delegado responsável pelo caso, Walter Watanabe, ouvia testemunhas sobre as suspeitas.
A investigação teve a participaçao das divisões de Crimes Contra o Patrimônio Público (DCCPP), Defraudações (DD) e Lavagem de Dinheiro (LAB/LD).