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6 são presos em SC por suspeitas de fraudes em licitações da Celesc

Sexta, 08 de julho de 2016

Segundo a Polícia Civil, empresas pagavam propina para vencer processos.
Contratos sob suspeita somam R$ 645 mil, de acordo com a investigação.

 

Do G1 SC 

Seis pessoas foram presas nesta sexta-feira (8) em uma operação da Polícia Civil sobre suspeitas de fraudes em licitações das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Entre eles estão dois funcionários da Celesc e duas pessoas ligadas a empresas envolvidas no esquema, conforme a Polícia Civil. As outras duas pessoas, detidas temporariariamente, já foram liberadas, segundo informações da RBS TV.

As fraudes investigadas ocorreram em 2010, segundo a Polícia Civil. Como mostrou o RBS Notícias, em troca de propina os servidores fraudavam licitações para compra de equipamentos de telecomunicação que seriam usadas na estatal. Segundo a polícia, era um esquema de cartas marcadas,

Segundo as investigações da chamada Operação Black Out, os donos das empresas pagavam propina de 5% a 10% do valor do contrato aos servidores para que elas fossem escolhidas como vencedoras das licitações. Juntos, os contratos somam R$ 645 mil, segundo a Polícia Civil. Documentos e orçamentos falsos eram usados para manipular o pregão.

"O servidor da Celesc escolhia quem iria prestar o serviço mediante o pagamento de propina", disse o delegado Walter Watanabe, da Deic.

Esquema de fraudes em licitações envolvia funcionários da Celesc, segundo a polícia (Foto: Reprodução/RBSTV)Esquema de fraudes em licitações envolvia funcionários da Celesc, segundo a polícia (Foto: Reprodução/RBSTV)

Além da fraude em licitação, a investigação apura também uso de documento falso, peculato e associação criminosa.

Denúncia partiu da Celesc
G1 entrou em contato com a Celesc. Em nota enviada à tarde, a empresa informou que ainda não havia tomado conhecimento formal do processo de investigação e que, por isso, não vai se manifestar por enquanto.

De acordo com o RBS Notícias, porém, a empresa informou por telefone que a denúncia partiu da própria Celesc e que segue acompanhando o caso e está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.

Empresas do Sul
A polícia não divulgou nomes dos presos ou das empresas. Mas afirmou que estão envolvidas três companhias do Sul do estado pertencentes à mesma família.

Nesta sexta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Pescaria Brava e Laguna, ambas no Sul catarinense.

De acordo com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), na tarde desta sexta o delegado responsável pelo caso, Walter Watanabe, ouvia testemunhas sobre as suspeitas.

A investigação teve a participaçao das divisões de Crimes Contra o Patrimônio Público (DCCPP), Defraudações (DD) e Lavagem de Dinheiro (LAB/LD).



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