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SC faz testes de balneabilidade, mas carece em ações de limpeza


Apesar de Santa Catarina ter monitoramento sobre a condição da água do mar, a falta de saneamento básico prejudica a balneabilidade no estado. Testes são feitos regularmente e muitos pontos sempre são constatados como impróprio para o banho, como mostrou o Jornal do Almoço desta sexta-feira (1º).

Testes
O estado investe todos os anos para informar as pessoas sobre as condições das praias. Cada coleta custa em torno de R$ 100 e é feita mensalmente. No verão, é semanal. Só na última temporada, de novembro de 2015 a março de 2016, o gasto total foi de R$ 600 mil.

Nos quase 600 quilômetros de extensão do litoral catarinense, 199 pontos em 123 praias são monitorados pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O serviço é prestado à população desde a década de 1970.

Pontos em Florianópolis, como o Matadouro, no Estreito, a Beira-Mar Norte e o Rio Sangradouro, na Armação do Pântano do Sul, sempre apresentam o mesmo resultado: água imprópria para o banho.

"Esse trabalho, além de informar os banhistas, serve para nortear a tomada de decisão pelos gestores públicos municipais", afirmou o responsável técnico da Fatma Marlon Daniel da Silva. "Existindo grande situações que coloquem em risco a população usuária, a Fatma entrará em ação", completou.

Rio do Brás passou por inspeção judicial nesta quarta (20) em Canasvieiras (Foto: Larissa Vier/RBS TV)Poluição no Rio do Brás, em Canasvieiras, chamou a atenção na última temporada em Florianópolis
(Foto: Larissa Vier/RBS TV)

Saneamento
A falta de saneamento básico é uma das principais razões para a poluição na água. O serviço é de responsabilidade dos municípios. Pelo número de praias que tem, Florianópolis é a cidade que mais ganha com os testes. A capital tem 75 pontos analisados pela Fatma.

"A Casan [Companhia Catarinense de Águas e Saneamento] investiu muito em água historicamente. De uns 20 anos para cá, investiu em esgoto, mas ainda falta muito de cobertura para chegar no ideal", afirmou o secretário de Habitação e Saneamento Ambiental de Florianópolis, Leodegar Tiscoski.

A balneabilidade não é de responsabilidade da Casan. Contudo, a Companhia presta um serviço que está ligado ao assunto: a coleta e tratamento de esgoto.

Irregularidades
Dos 216.808 clientes que a Casan tem atualmente, 119.153 têm rede coletora de esgoto à disposição. Isso representa 57% de cobertura, mas não o volume que é tratado. Muita gente paga pelo serviço e não usa.

Um exemplo disso é Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina, que neste verão manchou a própria imagem com a poluição do Rio do Brás. Segundo a Casan, na região a rede de esgoto está pronta para atender todas as unidades, mas 51% não estão ligadas ou tem alguma irregularidade. Um problema que se repete em outras partes da Ilha.

 

"Nós estamos cobrando da Casan um cadastro dos usuários do esgoto para saber, inclusive, quem é que está irregular", afirmou o secretário Tiscoski.

A obrigação de se ligar na rede de esgoto é do cidadão e está prevista no código de saneamento de Florianópolis, a lei 239/2006. Até dois meses depois da implantação da rede, a Casan é obrigada a informar e orientar os moradores sobre o serviço de coleta. Porém, depois disso, a Companhia não tem mais o controle de quem está usando o serviço.

'Se liga na rede'
O programa "Se liga na rede" intensificou a fiscalização. "Foi estabelecida uma meta para a gente fiscalizar todas as residências com rede de esgoto em cinco anos. Em tese, no final de 2018, a gente teria esse mapeamento", afirmou o superintendente regional de Negócios da Região Metropolitana de Florianópolis da Casan, Lucas Arruda.

A situação mais crítica atualmente está no Sul da Ilha. Lá, não tem estação de tratamento e ainda precisa construir boa parte da rede coletora. Até 2018, a Casan tem como meta definida junto à prefeitura aumentar a cobertura de coleta de esgoto para 70% em toda a Ilha. Um investimento de R$ 300 milhões com recursos já garantidos.

"É um trabalho que vai levar alguns anos para que a gente consiga ter alguma melhora significativa nos índices", afirmou Fábio Krieger, engenheiro da Casan.

 

G1



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