Ex-presidiário de Guantánamo e foragido do Uruguai há duas semanas, onde foi acolhido como refugiado, o terrorista sírio Jihad Ahmad Deyab pode ter fugido para o Brasil, segundo comunicado de alerta emitido pela companhia aérea Avianca.
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Ao EXTRA, a Avianca confirma a veracidade do comunicado. Segundo a empresa, trata-se de um procedimento “habitual” e que explicita a disponibilidade da companhia em colaborar com as autoridades.

O alerta informa que, caso seja detectado o paradeiro de Jihad em solo brasileiro, a Polícia Federal deve ser notificada urgentemente. A Avianca informa que o comunicado é baseado em informações transmitidas pela divisão de antiterrorismo da PF.
Aos 45 anos, o terrorista estaria utilizando documentação falsa, provavelmente de origem marroquina jordaniana ou síria. Seu passaporte oficial teria origem de expedição uruguaia. Ele também teria dificuldade de locomoção, utilizando muletas e sem conseguir se comunicar em português.
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O passado de Jihad
Membro da organização criminosa Al Qaeda, Jihad serviu em operações terroristas na África e foi recrutador na Europa. Após a prisão em Guantánamo, foi levado ao Uruguai com outros seis detentos, em 2014, onde todos foram acolhidos como refugiados.
Sua mulher, Usra al-Hussein, foi presa na Síria em julho de 2008. Segundo informações da Anistia Internacional, ela foi solta em 22 de julho de 2009. A entidade relata que ela foi detida por tentar entrar em contato com grupos de Direitos Humanos fazendo lobby para a liberação de Deyab de Guantánamo. Seu paradeiro atual, no entanto, é oficialmente desconhecido.