Apesar de a legislação garantir cotas para os deficientes no mercado de trabalho, encontrar um emprego pode ser ainda mais complicado para trabalhadores com necessidades especiais. A Grande Florianópolis, no entanto, registrou um crescimento de 15,5%, no número de deficientes nos últimos seis meses, como mostrou o RBS Notícias.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), em junho de 2015, eram 2648 trabalhadores com deficiência empregados na Grande Florianópolis. Em janeiro de 2016, esse número saltou para 3.059, o que representa um aumento de 15,5%.
“Representa uma vitória bastante considerável, tendo em vista os números de desemprego crescente”, avaliou a procuradora do trabalho Quézia Gonzales.
Um exemplo disso é o auxiliar de estoque Marco Antônio Belizário, que, mesmo sem uma das mãos, carrega caixas para todos os lados. “Já perdi a conta de quantos ‘nãos’ ouvi na vida. É difícil, as empresas realmente cortam a gente, pelo fato de ser deficiente, ser diferente”, contou.
Inserção garantida por lei
As empresas que têm mais de 100 funcionários são obrigadas a reservar vagas para pessoas com deficiência. O número varia de acordo com o tamanho da empresa e é determinado por lei. Quem não cumprir, pode até pagar multa. A empresa onde Marco Antônio trabalha tem, entre os mil empregados, 57 com deficiência.
“A gente não percebe diferença, muito pelo contrário. Muitas vezes, a gente consegue perceber um empenho e desempenho até maior das pessoas que têm deficiência do que as que não têm”, disse a gerente de recursos humanos Ionara Kuntz.