Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Padre Antônio Taliari

padretaliarigmail.com

Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


Veja mais colunas de Padre Antônio Taliari

06/03/16 Dom: Js 5,9a.10-12 – Sl 33 – 2Cor 5,17-21 – Lc 15,1-3.11-32

Domingo, 06 de março de 2016

Neste 4º Domingo do Tempo da Quaresma, o Evangelho de Lucas 15,1-3.11-32, mostra que este capítulo é coração do Evangelho de Lucas e de todo o Evangelho. No seu centro reúne três parábolas. Elas ilustram o mesmo tema: participar da alegria de Deus, que, por meio de Jesus, acolhe e salva os pecadores. O amor e a bondade de Deus, visível em Jesus, libertam as pessoas de suas misérias, da solidão e do desespero. Lucas é considerado o evangelista dos grandes perdões, a parábola do ‘filho pródigo’ é sua obra prima. É a mais famosa das parábolas de Jesus. Além de ser um clássico de intuição espiritual, é uma joia literária. Jesus ilustra a importante aceitação viável no Reino de Deus. Fala do acolhimento prestado pelo Pai ao pecador. Podemos observar que junto com Jesus estavam os publicanos, que são os cobradores de impostos considerados impuros diante da lei. ‘Pecadores’ era uma expressão utilizada para designar pessoas que levavam vida imoral, tais como os adúlteros e falsificadores, se referia ainda a todos que exerciam profissão desonrosa como vendedores ambulantes, cobradores de impostos. Juntos com eles estavam mestres da lei e fariseus que, ao contrário dos demais, estavam ali para criticá-los e julgá-los, pois para eles Jesus se associava às pessoas de má fama. O cenário desta parábola é a casa paterna. Nela Jesus apresenta o pai de família e seus dois filhos. Um mais jovem e outro mais velho. Esta linguagem alude ao conhecimento dos ouvintes sobre as histórias de dois irmãos, como Esaú e Jacó, José e seus irmãos, nas quais o irmão mais novo trinfa sobre o mais velho. Nesta parábola Jesus inverte duplamente as expectativas: o ‘filho prodigo’ é uma paródia do bem sucedido irmão mais novo e o mais velho não é derrotado, mas convidado para a festa. O filho mais novo faz um pedido ao pai e este divide os seus bens entre os dois filhos. A lei judaica previa que o filho mais novo recebesse um terço dos bens do seu pai, ao passo que o filho mais velho recebia uma parte da herança em dobro. Em geral a divisão dos bens só acontecia depois da morte do pai e havia cláusulas na lei tradicional quando a parte era retirada antes da hora. Mesmo conhecendo esses dados, o pai consente no pedido. Em terra longínqua o filho mais novo perde tudo e fica na miséria. A única coisa que lhe resta é trabalhar num chiqueiro para cuidar de porcos. Para os judeus cuidar de porcos evoca a ideia de apostasia e a perda da sua identidade. O porco era o animal mais usado nos sacrifícios gregos e romanos. Do ponto de vista judaico, comer carne de porco era sinônimo de paganismo e apostasia do judaísmo. Era o cúmulo da degradação para um judeu, pois o porco era um animal impuro. O moço torna-se impuro, perde-se a sua dignidade. A sua situação é tão deplorável que ele está abaixo dos porcos, porque os porcos comem e ele não pode nem matar a fome com as bolotas que alimentam os porcos. Uma humilhação, pois os porcos gozam de melhor sorte que ele. Diante das privações e situação de miséria em que se encontra, o filho mais novo sente saudade da casa do pai e toma uma decisão. É melhor voltar para casa, mesmo se for na, condição de empregado do pai. Não dá para viver na solidão, com fome, no abandono, sem um lar para morar. A calamidade faz com que recobre o juízo. Voltará em sua casa como diarista. Ensaia com cuidado um discurso, esperando ser tratado com frieza e desconfiança. O pai, movido de compaixão ao ver o filho quando “ele estava longe”, corre ao seu encontro, abraça-o, cobre-o de beijos! Para mostrar a compaixão do Pai, Lucas utiliza nesta parábola uma palavra que revela o amor profundo de Deus pelos seus filhos. Sentimento de compaixão. ‘A misericórdia divina’.

 

07/03/16 – Seg: Is 65,17-21 – Sl 29 – Jo 4,43-54

08/03/16 – Ter: Ez 47,1-9.12 – Sl 45 – Jo 5,1-16

09/03/16 – Qua: Is 49,8-15 – Sl 144 – Jo 5,17-30

10/03/16 – Qui: Ex 32,7-14 – Sl 105 – Jo 5,31-47

11/03/16 – Sex: Sb 2,1a.12-22 – Sl 33 – Jo 7,1-2.10.25-30

12/03/16 – Sáb: Jr 11,18-20 – Sl 7 – Jo 7,40-53

 

Seja um participante fiel, na sua Igreja, ofereça o Dízimo!



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA