Alegorias de borboletas, vagalumes, esquilos, pavões e pássaros, comandados pelo casal de mestre salas Hélio e Nazilda e a bateria da natureza no ritmo da cachoeira dão o tom da magia que encanta corações
Campo Alegre – Assim foi nosso carnaval. Às vezes procuramos muito longe o que está bastante próximo. Também calculamos a saudades pela distância em quilômetros. Tão bom quando estamos bem mais próximos e podemos como se diz na gíria “matá-la” a qualquer momento.
Eu já havia escrito sobre o Refúgio Monte Olimpo (Evolução edição 1396 - www.jornalevolução.com.br), mas ainda não havia sentido o prazer de ser um refugiado. Gostaria de ter a verve de um Caetano, Gil, Vinicius e outros para poder cantá-la em versos, mas me atrevo a descrever um pouco do que eu e você que vai conhecer, com certeza sentirá.
As palavras serão poucas para dizer tudo que sentimos, mas as imagens e as lembranças ficarão para sempre em nossas mentes. Até os telhados são verdes para não quebrar a harmonia com a natureza. Ali esperam por nós o casal de investidores, arrojados e que não foram egoístas sabendo dar os retoques para bem receber e repartir dádivas que a natureza mãe pôs em seus caminhos, sabendo-os protetores. Eles não são recepcionistas, são hospedeiros, parceiros, companheiros e família que acolhe, sem interferir nas nossas privacidades. Eles convivem, repartem, solidarizam-se e nos colocam na mesma mesa com seus demais familiares para desfrutar das delícias preparadas com carinho no fogão de lenha e no aconchego do Rancho da família.
Quando você ler a palavra rancho não fique imaginando coisas, mas pense no requinte com rusticidade, no bom gosto de uma decoração, na limpeza e higiene dos estabelecimentos 5 estrelas que talvez você já percorreu milhas aéreas para encontrá-los e desfrutar.
O Refúgio está bem mais perto do que imaginamos, apenas alguns minutos do centro de Campo Alegre. Você está de braços com a natureza e não se cansa de agradecer pela graça de poder desfrutá-la e com uma paisagem de tirar o fôlego, de um esplendor e preservado. Do encontro com os esquilos lépidos e até atrevidos, dos pavões que enfeitam os galhos das araucárias, dos esquadrões de vagalumes que fazem você se sentir sobrevoando a noite uma grande metrópole.
Da receptividade da Nike, Pepita e Pipo e que sabem também repartir o espaço com o Frajola, a Mitzka e o Figaro. Se você tiver sorte como nós, encontrará por lá também nos finais de semana com o encanto do pequeno Heitor e os pais Simone e Felipe. O pequeno urbano que sabe procurar um sapo e chamar o vovô para removê-lo. E, o Nelson, figura das mais cativantes (pai da Nazilda)), cuidando dos jardins e das mudas, sempre procurando um lugar estratégico para plantá-las.
Dormir ao som da cachoeira, 24 horas no ar sem agredir nossos ouvidos, um verdadeiro bálsamo. Admirá-la e aos seus pés sentir o orvalho que produz com a queda de suas águas, borrifando nossos rostos, como o lança perfumes nos antigos carnavais. Para os mais atrevidos e ousados um banho gelado, deve realmente remover a preguiça e renovar as energias. Conhecer gente e o prazer de rever outros que nem se imaginava encontrar. Partilhar do café da manhã e da tarde com doces e salgados, também em ambiente requintado mas com o sabor daquele que saboreávamos na casa da vovó. Tudo isto muito bem supervisionado e acompanhado pelo casal Hélio e Nazilda. Não pense que eles são aqueles enxeridos que quebram a sua privacidade. Eles encantam de uma forma, que somos nós que queremos sempre as suas companhias e na hora da despedida já fica a saudade. A equipe de funcionários é tão discreta que você nem nota as suas presenças, mas são de uma presteza irretocável. Teria muito mais para escrever, mas quero que você ao se hospedar no Refúgio, forme sua opinião, desfrute e descubra mais alguma coisa e depois partilhe com os demais, assim como tivemos este privilégio. Também que eu possa encontrar você, pois prometo voltar. Ouso dar um apelido para o Refúgio: ‘EMBAIXADA DO SOSSEGO E CONSULADO DO ÓCIO”.
Um pouco mais do Refúgio
Atualmente o Refúgio conta com 12 suítes e dois quartos. Os dois quartos são do casarão que é a residência do casal de proprietários, mas que servem como uma reserva técnica. Os preços das diárias estão publicados no saite (www.refugiomonteolimpo.com.br) para as duas categorias de quartos: Descanso dos Deuses (ar condicionado) e o Descanso dos Heróis (com ventilador de teto). Algumas unidades do Descanso dos Deuses possuem hidromassagem. Hélio, o proprietário salienta que para conclusão dos investimentos estão previstos 34 unidades para abrigar hóspedes, dos quais dois já em construção para atender hóspedes com necessidades especiais. Isso permitirá que possamos eu e Nazilda continuar dando um atendimento pessoal aos nossos hóspedes.
A ideia continua sendo que quando o cliente vier para cá, sinta-se como se estivesse chegando em sua casa de campo. Não pretendemos colocar cavalos para cavalgadas, charretes, nada disso. A nossa proposta é que aqui continue sendo um local para descanso, fugir do estresse, sentir-se em contato com a natureza mas sem enfrentar radicalismos e aventuras, a não ser caminhar por nossas trilhas, muito bem mantidas e seguras.
Decidimos também abdicar da piscina e colocar Jacuzzis para 8 pessoas com hidromassagem, para curtir, e degustar alguns drinques com muita tranquilidade e conforto. Queremos continuar integrando os hóspedes, como fazemos no café da manhã, tarde e os que optam compartilhar da nossa alimentação, dividir mesa no jantar.
O Rancho ou Engenho não faz parte do hotel, é o salão de festas da família, mas que fazemos questão de repartir com nossos hóspedes. Teremos ainda sauna com duchas, sala de jogos, e uma sala de ginástica. Não temos anzol, não deixamos caçar e nem tirar nada daqui a não ser fotografias, também nada se leva a não ser saudades e boas lembranças. Não aceitamos o day use para não quebrar a privacidade dos hóspedes. Visitas também só com marcação prévia.
Pacotes de reservas
Nós temos pacotes que se as pessoas entrarem no saite e fizerem as contas não existem diferenciais. Na primeira diária ele paga a tarifa da tabela. Na segunda ganha 20% de desconto. Na terceira 30%. Na quarta 40% e a partir da quinta paga meia diária. Na baixa temporada que começa agora em março, a nossa maior diária na melhor suíte é de R$ 360,00, no final de semana. Então a partir da quinta o hóspede para apenas Rid="mce_marker"80,00, com café da manhã e café da tarde. A outra categoria fica em R$ 270,00 seguindo a mesma escala de descontos.
Integração
Hélio procura com seu investimento e suas ideias provocar na nova geração do pessoal que trabalha com turismo, introduzir uma nova visão e vender que o turismo não se faz com apenas uma pessoa. É uma cidade inteira , é uma comunidade que se beneficia desta atividade.
“Inclusive estou muito contente pois recentemente tivemos a notícia que a secretária de Educação atendeu nosso pedido e a escolas passarão a ensinar turismo e isto será muito bom para o segmento.
Os novos empreendimentos entenderam a necessidade de um indicar o outro, de falar bem do outro, se ajudar. Isto também é fundamental que seja feito regionalmente e abrangendo os municípios vizinhos de São Bento do Sul e Rio Negrinho”, afirma.
O desenvolvimento do turismo não passa exclusivamente pelo meu hotel, mas para que tenhamos clientes que frequentem restaurantes e estabelecimentos comerciais da vizinhança. Estamos a 100 quilômetros de Curitiba, 70 de Joinville, 60 de Jaraguá do Sul, 150 de Blumenau e estes são pólos emissores de turistas, que não buscam apenas a hospedagem, mas também o comércio e restaurantes, do mais simples ao mais sofisticado. Temos que estar preparados para trabalhar nos finais de semana, o que está sendo muito difícil, não está fácil encontrar pessoas com esta disposição.
Vemos estabelecimentos fechados nos finais de semana por falta exclusiva de mão de obra. O empregado que quiser crescer, profissionaliza-se e abrir novos horizontes e ganhar dinheiro, vai ter que trabalhar nos finais de semana. Só que vai ganhar muito mais também.
Temos que ter consciência que precisamos atender bem, estar preparados e oferecer conforto. Ninguém sai de casa para pagar e ficar pior acomodado. Não pode ser apenas um pedaço de pau com um pelego em cima. Temos que ter boas camas, higiene, ar condicionado e os restaurantes e lanchonetes também. Existe o turista que se contenta com uma pizza, um lanche, mas tem aquele que quer algo mais requintado. Um bom prato, uma boa bebida. Temos que ter muito cuidado. Assim são também com os eventos e outros atrativos.
Comentei em uma reunião sobre a Festa da Ovelha, e muitos não digeriram bem. É legal comer em baixo de uma lona, prato de papelão e cheiro de fumaça, mas não custa ter um ambiente mais requintado com prato de louça, toalha e outros adereços, embora a comida seja a mesma. É uma questão de opção inclusive para quem gosta e não se importa de pagar mais caro pelo conforto. Tem cliente para isto. São culturas que tem que mudar. Hélio ressaltou ainda que recentes estudos do SEBRAE mostram que cada quarto de hotel representa a geração de um novo emprego.
A opinião de quem se refugiou
Luiz Otávio Schiavon, empresário de Curitiba, pela primeira vez no Refúgio. “Maravilhoso, atendimento maravilhoso, família maravilhosa. Não tenho nada que reclamar. Absolutamente nada. Só quero trazer meus amigos. Adoramos Campo Alegre, São Bento do Sul, aqui essa região é fantástica. Adorei. Vou fazer propaganda. Carinho e atenção são comoventes em todos os lugares que estivemos”.
Renato Schneider – empresário Joinville – No Refúgio pela segunda vez. “Na primeira vez, conta ele, foi final de agosto de 2015, aniversário da Margareth, minha mulher. Minha sogra, minha filha e meu genro e o filho. Nós fomos tratados aqui melhor que na casa de nossos pais. Fiquei encantado. Toda oportunidade que temos falamos do Refúgio. A última vez recomendamos para o Dr. Otávio advogado nosso e que ficou com muita vontade de vir conhecer. Queremos é um bom quarto, um bom chuveiro e aqui nos sentimos em casa. Passamos juntos com o casal a fazer parte da família e isto é fantástico. Recomendo com toda certeza. Acho fundamental o esforço do Hélio para desenvolver o turismo na região e fazer com que outros estabelecimentos também se engajem neste projeto. Alguma coisa ainda a desejar, principalmente no tocante a mão de obra nos finais de semana e feriados. Tudo muito perto e maravilhoso”, concluiu.