Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, o Evangelho de Lucas 21,25-28.34-36, está dividido em duas partes: a primeira refere-se ao fim, momento objetivo: o que vai acontecer; a segunda diz respeito às atitudes que devemos cultivar em função do fim, momento subjetivo: nossa preparação. SINAIS: Lucas escreve depois que os acontecimentos desastrosos haviam acontecido. Jerusalém e o Templo já haviam sido destruídos. Agora a mensagem aponta para um final distante, o fim dos tempos. Antes que isso aconteça surgirão sinais no céu e na terra. As pessoas devem saber distinguir os sinais para não serem confundidas. Quem não entende o sinal, não entende a mensagem que ele quer transmitir. As imagens fazem parte do cenário apocalíptico do juízo final. OS HOMENS: Diferente de Marcos e Mateus, que relatam catástrofes cósmicos, Lucas mostra que este será um drama humano; os homens terão reações estranhas de medos e desmaios. Há o chamado para que participem dos eventos que vão acontecer. A ação divina espera a reação humana. O FILHO DO HOMEM: Título preferido que Jesus utiliza para falar de si. Este misterioso título de “Filho do Homem” é a figura um tanto enigmática que aparece no livro do profeta Daniel, onde Deus deixa claro que é alguém que reina sobre o povo assumindo traços humanos. É com esta imagem que Jesus anuncia sua vinda nos tempos escatológicos, mas o objetivo é salvar e reinar em torno de si o povo de Deus perseguido. QUANDO ISSO ACONTECER: Embora os acontecimentos tenham um caráter catastrófico e os sinais precursores sejam terríveis, as pessoas são convidadas a levantar-se. A posição ‘de pé’ indica prontidão, disposição e desejo de aceitar o que é oferecido. Os sinais anunciam a vitória de Cristo e a libertação total. TOMAI CUIDADO: O chamado é direcionado para uma continua e cuidadosa vigilância. A prioridade deve ser a vigília e a espera para vinda do Filho do Homem. Devem ser evitadas as distrações cotidianas, como comilanças, bebedeiras e preocupações com problemas corriqueiros da vida. O foco deve ser outro e único: a expectativa da libertação definitiva que está para vir. UMA ARMADILHA: O pássaro cai na arapuca, pois sua busca é unicamente saciar-se, não presta atenção nos perigos que o alimento, a isca, que se apresenta fácil demais pode representar. O profeta Isaías já advertia o povo clamando: “O pavor, a cova e a armadilha te ameaçam, ó habitante da terra!”. As pessoas que ficam focadas nas coisas elementares da vida são surpreendidas diante das novidades e das surpresas. O chamado é para olhar mais longe para as questões fundamentais. FICAI ATENTOS: A armadilha não é armada apenas para quem não é vigilante. O convite é para que as pessoas fiquem atentas. A oração é o alimento que fortalece o estado de ânimo e permite ao fiel poder manter-se vigilante. Assim poderá suportar as provas que surgem e apresentar-se confiante diante do juízo do Filho do Homem. A linguagem deste Evangelho é apocalíptica, o que não significa ‘desastre’, mas ‘revelação’ de uma realidade desconhecida. As palavras de Jesus revelam não algo estranho e inacessível, mas o sentido profundo da nossa realidade presente. Não se trata de prever o fim do mundo, mas mostrar a palavra definitiva de Deus a respeito do mundo. Os termos ‘definitivo’, ‘final’, ‘último’ em grego tem o sentido de ‘escatológico’: aquilo que diz a palavra última e definitiva. Em meio a um mundo de sofrimentos, perseguições e crises, o chamado de Jesus é para que estejamos atentos, vigilantes e preparados, afinal não sabemos nem a hora da nossa morte, nosso ‘fim do mundo’. O advento é este tempo de chamado a mudarmos de vida. Jesus continua nascendo e vindo ao mundo!
30/11/15 – Seg: Rm 10,9-18 – Sl 18 – Mt 4,18-22
01/12/15 – Ter: Is 11,1-10 – Sl 71 – Lc 1,21-24
02/12/15 – Qua: Is 25,6-10a – Sl 22 – Mt 15,29-37
03/12/15 – Qui: Is 26,1-6 – Sl 117 – Mt 7,21.24-27
04/12/15 – Sex: Is 29,17-24 – Sl 26 – Mt 9,27-31
05/12/15 – Sáb: Is 30,19-21.23-26 – Sl 146 – Mt 9,35-10-1.6-8
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