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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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08/11/15 Dom: 1Rs 17,10-16 – Sl 145 – Hb 9,24-28 – Mc 12,38-44

Domingo, 08 de novembro de 2015

Neste 32º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos, 12,38-44, é como um díptico: um conjunto formado por dois quadros, um referido ao outro. Os quadros são, de um lado, o comportamento dos fariseus; do outro, a atitude da viúva. A mensagem é clara: é preciso ter cuidado com os doutores da Lei, fariseus mestres que admiramos, porque, no fundo, os cultivamos dentro de nós. E imitar, mestra verdadeira da qual deveríamos olhar. Os doutores da Lei amam a si mesmos acima de todas as coisas e servem-se de tudo e de todos, inclusive de Deus, para ocupar os primeiros lugares. São idólatras de si mesmos. São o melhor exemplo do pecado fundamental que se apodera do coração humano: o protagonismo de si mesmo, que coloca o eu no lugar de Deus. A pobre viúva é exatamente a imagem contrária: pobre, humilde, sozinha, longe dos refletores. Ela não dá muito, como dizem os ricos, mas tudo. Ela dá toda a sua vida. É como Jesus, que se fez último e deu a vida para o bem de todos. Se os doutores da Lei são a imagem de Adão no paraíso, que queria ser como Deus, como ele O imaginava, a viúva é a imagem de Cristo na cruz! A viúva forma outro díptico: com a sogra de Pedro, curada na primeira semana de Jesus. A sogra de Pedro, curada, pôs-se a servir; a viúva pôs toda a sua vida no ‘gazofilácio’. Se o primeiro milagre de Jesus foi curar a sogra de Pedro, talvez viúva, a Sua última instrução é mostrar o exemplo desta viúva. Ela é a mestra da Lei. Jesus a coloca na cátedra, para que, quando ele partir, ela esteja no seu lugar de Mestre. Ela dá tudo para o Templo, mesmo sem ainda saber que o templo é Jesus. Mas Jesus vê no gesto da viúva a semelhança com seu gesto: caminho que salva, estrada que realiza o ser humano, doação que dá sentido à vida. A cena é comovente. Uma pobre viúva se aproxima caladamente de um dos doze cofres colocados no recinto do templo, não muito longe do pátio das mulheres. Muitos ricos estão depositando boas quantidades. Quase envergonhada, ela coloca suas duas moedinhas de cobre, as menores que circulavam em Jerusalém. Seu gesto não foi observado por ninguém. Em frente dos cofres, está Jesus observando tudo. Emocionado, ele chama os discípulos missionários. Quer ensinar-lhes algo que só se pode aprender da gente pobre e simples e demais ninguém. A viúva deu uma quantidade insignificante e miserável, como ela mesma. Seu sacrifício não será notado em nenhuma parte; não transformará a história. O gesto daquela mulher não vai servir praticamente para nada. Jesus vê de outra maneira: “Esta pobre viúva deu mais do que todos”. Sua generosidade é maior e mais autêntica: “Os outros deram do que lhes sobra”, mas esta mulher que passa necessidade “colocou ali tudo o que ela tem pra viver”. Esta viúva vive, provavelmente, mendigando na entrada do templo. Não tem marido. Não possui nada. Somente um coração grande e plena confiança em Deus. Se ela sabe dar tudo que tem, é porque ‘passa necessidade’ e pode compreender as necessidades dos outros pobres que são assistidos pelo templo. Na sociedade do bem-estar estamos esquecendo o que é ‘compaixão’. Não sabemos o que é ‘padecer com’ o que sofre. Cada um só se preocupa com as suas coisas. Os outros ficam fora do nosso horizonte. Quando um se instalou no seu confortável mundo do bem-estar, é difícil ‘sentir’ o sofrimento dos outros. Cada vez se entende menos os problemas dos demais. Como precisamos nutrir em nós a ilusão de que ainda somos humanos e temos coração, nós damos “do que nos sobra”. Não é por solidariedade. Simplesmente já não o necessitamos para continuar desfrutando do bem-estar. Só os pobres são capazes de fazer o que estamos esquecendo: dar algo mais do que as sobras.

 

09/11/15 – Seg: Ez 47,1-2.8-9.12 – Sl 45 – 1Cor 3,9c-11.16-17 – Jo,2,13-22

10/11/15 – Ter: Sb 2,23-3,9 – Sl 33 – Lc 17,7-10

11/11/15 – Qua: Sb 6,1-11 – Sl 81 – Lc 17,11-19

12/11/15 – Qui: Sb 7,22-8,1 – Sl 118 – Lc 17,20-25

13/11/15 – Sex: Sb 13,1-9 – Sl 18 – Lc 17,26-37

14/11/15 – Sáb: Sb 18,14-16; 19,6-9 – Sl 104 – Lc 18,1-8

 

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