Nossas casas e apartamentos tornaram-se cada vez menores com o passar dos anos. Primeiro vivemos a época da redução do número de cômodos dentro das casas: antigamente tínhamos a sala de estar, usada apenas para receber visitas e a sala íntima, de uso exclusivo da família. E vimos estas salas se transformar em uma só. Havia também a sala de jantar, feita para receber amigos e familiares para as refeições; e a copa, utilizada nas refeições diárias das famílias. E também vimos estes dois ambientes se transformar em um. E o que aconteceu depois desta fase foi uma redução do tamanho dos cômodos nas casas, muitas vezes retirando preciosos centímetros dos ambientes.
A média de tamanho dos apartamentos diminuiu consideravelmente ao longo dos anos: pesquisas mostram que na cidade de São Paulo, em 2007, os lançamentos imobiliários apresentavam em média 102,00m2 de área útil. Já em 2012, esta área caiu para 73,00 m2. Uma diminuição de quase 30%. E isto continua acontecendo, e as grandes incorporadoras propagam os diminutos imóveis como “compactos”. Em bom português, poderíamos dizer: “apertados”! Mas como viver em imóveis “compactos” sem perder o conforto e a beleza? Podemos lançar mão de alguns truques para otimizar o espaço destes imóveis.
Em primeiro lugar, para quem está construindo ou reformando, a ideia é diminuir o número de paredes, ou seja, integrar os ambientes, mantendo espaços maiores e mais agradáveis. Divisões em excesso geram espaços ainda menores, sem contar que a retirada de paredes acrescenta valiosos centímetros aos cômodos. Outra dica é abrir mão dos forros de gesso, pois eles diminuem a altura das paredes dos ambientes, e baixas alturas pioram a sensação de aperto. Ambientes abertos e com pé-direito mais elevado passam a impressão de serem maiores do que realmente são. Mas não esqueça que, ao abrir mão do forro de gesso, é necessário também abrir mão das luminárias embutidas – e então será necessário um bom planejamento para que o ambiente não se torne escuro.
E aqui temos outro truque: ambientes escuros parecem menores do que são! Além da boa iluminação, invista em cores claras e, de preferência, pinte tetos e paredes de uma única cor: a monocromia traz continuidade aos espaços e aumenta a sensação de amplitude. Para pequenos espaços, o uso da cor branca como fundo sempre vai bem – e permite variar a cor nos acessórios.
Uma dica antiga e bastante difundida é o uso de espelhos para “aumentar” os ambientes. Mas certamente é uma dica bastante valiosa, pois a presença destes aumenta a profundidade dos espaços, aumentando também a sensação de amplitude. De preferência, cubra superfícies inteiras com espelhos, fazendo com que eles desapareçam no ambiente. Para conseguir este efeito, fuja dos espelhos com formatos inusitados e daqueles com bordas ou bisotê. A ideia é que o espelho crie uma continuação do espaço e seja preciso olhar mais de uma vez para poder identificá-lo.
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