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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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18/10/15 Dom: Is 53,10-11 – Sl 32 – Hb 4,14-16 – Mc 10,35-45

Domingo, 18 de outubro de 2015

Neste 29º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos 10,35-45, traz a pergunta de Jesus: “O que vocês querem que eu faça por vocês?”. A pergunta que Jesus faz para João e Tiago, o Evangelho a faz a nós, seus leitores. Somos muito parecidos com João e Tiago. Somos cegos e não sabemos o que pedir. Pedimos o contrário do que Jesus quer nos dar. Diálogo entre Jesus e os discípulos missionários, que somos nós, é todo um jogo de equívocos. Um diálogo entre surdos! Jesus não é o messias dos nossos desejos, mas da promessa de Deus. Os discípulos missionários amam, mas a seu modo, como o conhecem. Para os discípulos missionários, Jesus é como o ‘x’ da matemática, que recebe cada vez um valor diferente, de acordo com as circunstâncias. É instintivo para o ser humano fazer dos próprios desejos o próprio absoluto. O nome desse absoluto varia. No mundo antigo, podia tomar a forma de ‘Júpiter’, ‘JHWH’, ‘Jesus’ ou ‘Alá’! No embate das modernas ideologias, podia ser ‘Stálin’, ‘Hitler’ ou ‘Mussolini’. Hoje, tem nomes mais apetecíveis: ‘prazer’, ‘bem-estar’, ‘high-tech’, ‘rendimento’ etc. O ser humano substitui Deus por qualquer nome que lhe prometa conseguir os seus desejos. Nomes são nomes e precisam sempre se deixar medir pelas realidades que representam. Este Evangelho nos ensina que critério divino de salvação é a ‘carne’, a humanidade concreta, única, insubstituível de Jesus. A pequenez de Jesus, que se mostra frágil e desnuda na manjedoura e na cruz, decepciona toda expectativa do ser humano, seja ele religioso ou não, e lhe abre novos horizontes. A reação dos discípulos missionários diante da terceira predição da Paixão é pior que as anteriores. Depois da primeira, Jesus corrige Pedro, que pensa segundo os homens e não segundo Deus. Depois da segunda, vieram a incompreensão e o mutismo de todos, interessados apenas em saber quem seria o maior. Agora, os dois prediletos, ao invés de identificar-se com a vontade de Jesus, querem que esse faça a sua. Estamos na contramão da fé. Em vez de fazer sua vontade na terra, querem que ele faça a deles no céu! É preciso olhar para Abraão, o primeiro a não trocar a fé pelas próprias seguranças, a verdade pelas próprias certezas. A verdade é que o ser humano é desejo. Freud dizia que a criança é um perverso polimorfo, e sempre lhe falta algo, nada o sacia, sempre busca e, quando não encontra, pede. O trabalho de Jesus não é fácil: educar o desejo do discípulo missionário, ineliminável, para que procurem e peçam o que Deus pode dar. Assiste-se o embate decisivo entre o desejo de Deus para o homem e o desejo do homem em relação a Deus. A essência de Deus está em jogo. A identidade do homem está em jogo. Para Jesus, a essência de Deus e a identidade do homem é o amor que se faz servo, escravo e último de todos. Para os seres humanos, não importa a raça, a cultura, a religião, ela consiste no poder mundano, embrulhado ou não no papel colorido das boas intenções! Os discípulos missionários sofrem do mesmo pecado do mundo. Isso não é grave, pois todo pecador pode ser salvo. Grave é não reconhecer e não poder ser salvo. Enquanto vão subindo para Jerusalém, Jesus vai anunciando a seus discípulos missionários o destino doloroso que o espera na capital. Os discípulos missionários não o entendem. Brigam pelos primeiros lugares. João e Tiago, discípulos missionários de primeira hora, aproximam-se dele para pedir-lhe diretamente para sentarem-se, um dia, “um à sua direita e outro à sua esquerda”. Jesus fica decepcionado: “Não sabeis o que pedis”. Ninguém no grupo parece entender que seguir a Jesus de perto colaborando com seu projeto sempre será um caminho, não de poder e grandeza, mas de sacrifício e cruz.  

 

19/10/15 – Seg: Rm 4,20-25 – (Lc 1,69-70.71-72.73-75) – Lc 12,13-21

20/10/15 – Ter: Rm 5,12.15b.17-19.20b-21 – Sl 39 – Lc 12,35-38

21/10/15 – Qua: Rm 6,12-18 – Sl 123 – Lc 12,39-48

22/10/15 – Qui: Rm 6,19-23 – Sl 1 – Lc 12,49-53

23/10/15 – Sex: Rm 7,12-25a – Sl 118 – Lc 12,54-59

24/10/15 – Sáb: Rm 8,1-11– Sl 23 – Lc 13,1-9

 

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