Vivemos momentos de angústia pela redução da atividade econômica, e consequente falta de geração de empregos, coisa que já era uma tragédia anunciada, pela absoluta incompetência da gestão pública, agravada enormemente por um irresponsável projeto de reeleição, onde a mentira prevaleceu, o que sinaliza nossa baixa politização,e, poderíamos acrescentar “nunca antes na história deste país” se roubou tanto. Somos o país campeão mundial em carga tributária, taxa de juros e estes títulos nem a Alemanha nos tira.
Se temos a maior carga tributária e somos a sétima maior economia mundial, por que não conseguimos manter as contas equilibradas? Certamente é por falta de gestão e incompetência. Sabemos que o poder público não gera um único centavo de riqueza, apenas enfia sua mão grande no bolso do setor produtivo, para satisfazer suas necessidades de recursos, usando-os de maneira totalmente ineficiente .
A constituição federal garante a todo cidadão, direito a saúde, educação e segurança, justamente o que tem se tornado mais precário a cada dia. Cada brasileiro trabalha cinco meses do ano apenas para pagar a carga tributária. A cada dificuldade, o governo vem a público dizer que é necessário aumentar a carga tributária, agora vergonhosamente querendo ressuscitar a CPMF, com a alegação de que os recursos são necessários para manter o equilíbrio da previdência social. Sabemos que esta contribuição é injusta, pois tem um efeito cascata sobre toda atividade econômica e a previdência social não terá equilíbrio apenas com uma contribuição provisória, mas sim com ações estruturantes, que tragam resultados a médio e longo prazo.
Assusta ver o ministro da fazenda um ex-bancário que sabe muito bem fazer contas, dizer que o aumento da carga tributária será ínfimo, quase imperceptível, quando o próprio governo projeta uma arrecadação adicional de R$ 32 bilhões. Parece que a classe política não entendeu absolutamente nada a respeito das manifestações populares que levaram milhões de brasileiros as ruas. O Brasil fica a cada dia com um ambiente menos saudável para a atividade econômica. Com o tal ajuste fiscal, que é meramente uma elevação da carga tributária, certamente teremos uma maior deterioração da atividade econômica, tornando ainda mais difícil a retomada do crescimento econômico e seus reflexos positivos para a sociedade.
Temos no Congresso Nacional, 513 deputados e 81 senadores, além de todas as Assembleias Legislativas e os Legislativos Municipais. Não estou propondo o fim de tais entidades, mas a pergunta é: Precisamos de tudo isto? Alguém é capaz de mensurar o custo disso para o país? Qual a real contribuição?
Entendo que o único caminho para reverter tal situação seja através da mobilização da sociedade civil, cobrando seus direitos e exigindo respeito com o dinheiro pago em impostos. Vergonhosamente o Governo também propõe mudanças no sistema “S”, além de toda incompetência ainda tem o despudor de querer mexer no que funciona.
Osmar Mühlbauer
Presidente da Associação Empresarial de São Bento do Sul