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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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06/09/15 Dom: Is 35,4-7a – Sl 145 – Tg 2,1-5 – Mc 7,31-37

Domingo, 06 de setembro de 2015

Neste, 23º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos 7,31-37, mostra que a palavra distingue o ser humano dos animais. O homem nem sempre é o que fala, mas sempre ser torna aquilo que ouve. O homem é a palavra à qual dá atenção e presta ouvidos. O ser humano é, primeiro, ouvido, e, só depois, língua. Deus é palavra, comunicação, dom de si. À medida que o ser humano O ouve, torna-se capaz de responder-Lhe. Entra em diálogo com Ele e se torna seu parceiro. Unido a Ele, torna-se semelhante a Ele. A religião judaica e a religião cristã são religiões do Livro. Mas não são um fetichismo da letra. Amam o livro, mas não o adoram. São religiões da palavra e da escuta, da comunhão com Aquele que fala. Ser surdo-mudo é o pior dos males. “Falar alguma coisa” já é alguma coisa, mas é muito pouco para quem é definido como ‘palavra’, comunicação, diálogo. O milagre do surdo-mudo é o penúltimo da primeira parte de Marcos. O último será a cura de um cego, o de Betsaida. É preciso primeiro ouvir a palavra; só depois, vem a iluminação da fé. Quem continua surdo não pode ‘ver’; só o coração pode ‘ouvir a verdade’ daquilo que se vê. Este milagre mostra tudo o que o Senhor quer realizar em cada ouvinte da Palavra. Somos todos ouvintes seletivos da sua palavra. Como criaturas, damos só o que recebemos e dizemos só o que ouvimos. Jesus é o médico que nos devolve a capacidade de ouvi-lo e de dialogar com Ele. Na celebração do batismo, essa cura corresponde ao exorcismo que conclui a liturgia da palavra e precede a liturgia sacramental. Inclui uma oração, a possibilidade de o ministro soprar sobre o rosto do batizando e a unção do peito, acompanhada de uma imposição das mãos. O exorcismo exprime a difícil luta que a graça precisa enfrentar para nos libertar dos maus espíritos que habitam nosso coração. O milagre do surdo-mudo ilustra a nossa trajetória da fé: Jesus nos separa da multidão, a fé é um passo absolutamente pessoal; Jesus nos toca com suas mãos, para expressar sua solidariedade e transmitir-nos seus poderes e suas capacidades; Jesus toca os nossos ouvidos, pois somos aquilo que ouvimos, somos ouvintes de Jesus; Jesus toca a nossa língua com a saliva, a saliva é uma concreção do sopro, símbolo do Espírito; Jesus intercede ao Pai da Palavra, geme, grita, ordena, salvar ou curar é muito mais difícil que criar. Cada um é chamado a percorrer o caminho do povo de Israel, o caminho do surdo-mudo, para que Jesus possa passar por sua vida “como benfeitor”, fazendo “os surdos ouvir e os mudos falar”! A cura de um surdo-mudo na região pagã de Sidônia é narrada por Marcos com uma intenção claramente pedagógica. É um sofredor muito especial. Nem ouve nem fala. Vive fechado em si mesmo, sem se comunicar com ninguém. Não dá conta de que Jesus está passando perto dele. São outros que o levam até o Profeta. A atuação de Jesus é especial. Não impõe suas mãos sobre ele como lhe haviam pedido, mas o chama à parte e o leva a um lugar retirado da multidão. Ali trabalha intensamente, primeiro seus ouvidos e depois sua língua. Quer que o sofredor sinta seu contato curador. Só um encontro profundo com Jesus poderá curá-lo de uma surdez tão tenaz. Ao que parece, não é suficiente todo aquele esforço. A surdez resiste. Jesus recorre ao Pai, fonte de toda salvação: olhando para o céu, suspira e grita ao sofredor uma só palavra: “Effetá”, quer dizer, “Abre-te”. Essa é a única palavra que Jesus pronuncia em todo o relato. Não é dirigida aos ouvidos do surdo, mas ao seu coração. Sem dúvida, Marcos quer que esta palavra de Jesus ressoe com força nas comunidades cristãs.

 

07/09/15 – Seg: Cl 1,24-2,3 – Sl 61 – Lc 6,6-11

08/09/15 – Ter: Mq 5,1-4a ou Rm 8,28-30 – Sl 70 – Mt 1,1-16.18-23

09/09/15 – Qua: Cl 3,1-11 – Sl 144 – Lc 6,20-26

10/09/15 – Qui: Cl 3,12-17 – Sl 150 – Lc 6,27-38

11/09/15 – Sex: 1Tm 1,1-2.12-14 – Sl 15 – Lc 6,39-42

12/09/15 – Sáb: 1Tm 1,15-17– Sl 112 – Lc 6,43-49

 

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