Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Diretor do Detru fala sobre a situação e soluções

Terça, 11 de agosto de 2015

Só nesta gestão ele já ocupou três cargos diferentes: Obras, Agricultura e atualmente Detru

 

Clique para ampliar
Arno Ottwin Heilmann, diretor de Detru (Fotos Divulgação)
 

São Bento –  Arno Ottwin Heilmann, diretor de Detru e Autoridade de Trânsito desde março de 2013. Na atual administração iniciou como Diretor de Obras durante quatro meses e por um desentendimento com o secretário que estava na pasta e por determinação do prefeito foi relocado na secretaria da Agricultura onde permaneceu por outros cinco meses. Arno diz que com problemas que surgiram no Detru – Departamento de Trânsito, onde no primeiro ano já haviam passado três diretores, foi convidado pelo prefeito e aceitou o novo desafio. “Conseguimos colocar ordem na casa e fazer com que este departamento passasse a funcionar e trazer resultados para a comunidade”. Antes destes cargos trabalhou durante três anos na SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional) de Mafra na área do desenvolvimento econômico, agricultura e meio-ambiente, onde diz ter adquirido uma experiência ímpar. “Não estou aqui para defender as SDRs, nem as suas estruturas, sei que existem problemas, mas existem trabalhos extremamente bons também. Isso depende muito do querer da pessoa. Em conjunto com a Epagri, Cidasc, consegui fazer um trabalho extremamente gratificante. Hoje ainda quando encontro o pessoal da Epagri da região, eles sempre comentam quanto era bom o resultado que se construiu naqueles anos. Na gestão do prefeito Fernando Mallon, fizemos um trabalho como coordenador de setor, depois chefe  de Divisão na área de turismo. Conseguimos criar a feira na praça, que sempre deu bom resultado turisticamente e para o nosso pessoal do interior que vinha expor seus produtos. A reforma da Praça. Criamos a Associação de Turismo Dona Francisca. No Rio Natal uma associação que depois o resto do pessoal abandonou e acabou sobrevivendo o Ruda.  Uma Associação de Turismo Rural na Ponte dos Vieiras. Mas é aquela história, se o poder público não estender o braço e não acompanhar este pessoal, dificilmente as coisas terão continuidade. Mas foi um trabalho gratificante”.

 

Coringa, tem recebido críticas mas enfrentado os problemas

Arno diz que as críticas a sua atuação são salutares e provam que está fazendo alguma coisa. “Toda mudança gera reações positivas e negativas. Nunca iremos agradar a todos. Temos que ter a coragem para mexer naquilo que aparentemente está gerando problemas e pode ter melhores soluções. O trânsito como um dos maiores problemas enfrentados na cidade até pela situação geográfica e topográfica, falta de planejamento é o calcanhar de Aquiles da atual administração. Arno diz que se for para atender as vontades individuais, jamais se conseguirá algum resultado. Com as mudanças implantadas na sua gestão ele mesmo afirma que não é que elas tenham resolvido os problemas em definitivo nem mesmo temporariamente. “Estas medidas devem aliviar, são apenas um bálsamo. O crescimento da frota em apenas um ano de mais de 2 mil veículos, o que foi feito deve amenizar os problemas talvez no máximo por cinco anos. As ruas são as mesmas. Nem o falado contorno Norte irá resolver. São necessários investimentos. Se não for aberta a rua Gustavo Eichendorf que sai do trevo do Mato Preto e venha para o centro desembocando na Móveis James. Nem ela só, irá resolver porque irá desaguar lá em baixo na Capitão Ernesto Nunes, lá no Kakos. Se não resolver o problema da saída e entrada lá nada ficará solucionado. Só estaremos transferindo o problema. São necessárias medidas extremamente corajosas, mexer na área central, enquanto isto não for feito será o chamado tapa-buraco. Fecha hoje, abre amanhã e assim irá continuar. É preciso criar e eu estou batendo nesta tecla, um Plano Diretor de Desenvolvimento de Trânsito, custe o que custar, doa em quem doer. Se não projetarmos a cidade para daqui a 20 anos ou mais para a frente, quanto mais construções forem feitas, mais espaços forem ocupados, menos probabilidade teremos de fazer alguma coisa”.

 

Clique para ampliar
Números comprovam resultado positivo das mudanças no trânsito
  

É preciso planejar e desafogar o centro

Arno afirma que se olharmos a Vila Centenário, lá está sendo instalado um polo universitário IPFETEP. Udesc, Instituto Federal. “A estrutura viária que lá existe não vai comportar toda a demanda que será gerada. Temos fazer agora e com  urgência. Em conversa com  o pessoal da Udesc falamos que se fez a construção mas não se preparou o caminho para chegar até lá. As ruas da Vila Centenário infelizmente são estreitas. A Wunderwald, mesmo que vai ser recapeada, aquela saída da  Transgrilo necessita de uma rotatória em determinados momentos fica tudo trancado. Precisamos melhorar o trânsito de São Bento. Temos que pensar como gente grande. Fazer um plano estratégico. A cidade precisa procurar alternativas. Até agora como já disse são medidas paliativas”.

 

Alternativas e mudanças

Precisamos pensar num novo acesso para a Serra Alta. O tráfego pesado a única via é a estrada da Neves. Se um dia der um acidente e ficar obstruída não terá outro caminho. Também ligações da Wunderwald com a SC-418. A Alberto Malschitzky será asfaltada, só que no final no loteamento Itália fizeram um cotovelo que estrangula tudo. Não se projetou uma rua reta. O problema em muitos loteamentos, cada um pensou só no seu espaço e o Poder Público foi ausente. Nossas ruas são um verdadeiro zig-zag tremendo em tudo que é lugar. Aqui o que não é morro, é subida ou descida, tem ainda a questão ambiental. Precisamos realmente  de um Plano para por em prática. Do jeito que está não pode mais ficar. Precisamos melhorar o trânsito de São Bento. Acabar com  o estacionamento na Barão do Rio Branco e criar nova faixa de rolamento para escoar o trânsito com maior facilidade. Isto até beneficia o comércio pois o cidadão caminhando pelo centro ao menos olha as vitrines, o que não faz quando está dirigindo. Temos que pensar como gente grande. Fazer um plano estratégico. A cidade precisa procurar alternativas. Até agora como já disse são medidas paliativas. Temos que acabar com o preconceito que andar de ônibus é coisa de pobre. Precisa acabar com o exibicionismo que tenho que desfilar com a minha camionete nova e todo mundo tem que ver. Infelizmente é uma questão cultural. Deixar o ego para trás e pensar na coletividade, no bem comum. Se queremos uma cidade mais humana somos nós que devemos construir. Sempre digo. Gosto de política, gosto de trabalhar e não me importo em sujar as mãos, saio com o pessoal pelas ruas, passo a mão na enxada, capino e não tenho medo de trabalhar. O trabalho não mata ninguém. Eu se hoje fosse prefeito, coisa que não aspiro, mas tomo como exemplo a cidade de Maringá onde funciona um Conselho de Administração. Se as grandes empresas do mundo dão certo é porque existe um Conselho de Administração. Não é um cidadão que decide, que faz. É a sociedade organizada que diz onde iremos chegar, como queremos crescer, para onde queremos crescer e se é que é interessante crescer. Será que queremos ser uma Joinville com problemas de 400 a 500 mil habitantes, ou pretendemos melhorar nossa qualidade de vida? Somos a cidade da música mas quem chega aqui pergunta onde está a música? Precisamos resgatar nossa história. Hoje a cultura alemã que o alemão gosta de flores, jardins, aqui temos mal e mal um pedacinho de grama. A cultura polonesa está mais estruturada que a germânica. Os próprios italianos. Não época em que fomos diretor de turismo se trabalhou muito na questão de turismo rural. Quantas cidades que sobrevivem e melhoram a renda de sua população com o turismo rural. Aí você fala com as pessoas e elas alegam, mas eu vou ter que trabalhar sábado e domingo? Então fica difícil. A cidade precisa querer se modificar e são as pessoas que fazem isto acontecer. Estamos trabalhando muito na questão da educação, da orientação nas escolas, mostrando para as crianças a importância de se obedecer as regras de trânsito. Os nossos motoristas são muito mal educados. Aqui nós temos muitos tratoristas e poucos motoristas”.

 

O Detru receitas e despesas

Enquanto muitos julgam que o Detru é uma fábrica de dinheiro e que as multas são sua principal receita, Arno explica: “As lombadas eletrônicas são extremamente caras e se tornaram um ônus para o Município. Quando foram implantadas na gestão Fernando Mallon, o contrato com a empresa Kopp previa uma comissão sobre as multas geradas. No início com o pessoal não acostumado a quantidade de multas era alta. Aí alguém da própria administração achou que a empresa estava ganhando demais e resolveram estipular um valor mensal mudando o contrato desde 2012. O que aconteceu? O equipamento eletrônico, ajuda, educa, é uma indústria de multas. Só que quando o motorista recebe a primeira notificação depois começa a se cuidar. O brasileiro como o são-bentense se educa pelo bolso. Aí o que no início era uma ascendência, deu uma equilibrada e depois começou a cair. Este contrato vai até 2017 e hoje custa mais de R$500 mil e não chega a produzir nem 50% em arrecadação. Estamos tentando encontrar caminhos para alterar isso. Mas enquanto existe um, contrato tem que ser respeitado. É uma discussão que deve levar tempo. Só que no interesse público não podemos manter uma “indústria” que de prejuízo. Acontece que 90%  das multas aplicadas pela eletrônicas, são multas médias de R$ 85,00. Se o motorista não tem multa durante o ano pode converter em advertência. Além do município não receber o valor, 50% das multas que são médias, são transformadas em advertências.  Só que o motorista recebe o documento em casa e por isso pagamos a correspondência enviada que custa R$9,00, 5% ao Ciasc/Detran para impressão do documento e mais 5%  ao Fundo de Formação (nacional). Quando o infrator paga a multa, dentro do prazo tem 20% de desconto, e os R$ 85,00 tornam-se R$ 60 e poucos. Aí você tem as despesas com o engenheiro responsável, eletricista, energia elétrica. Então praticamente hoje os equipamentos eletrônicos geram 25% do que custam. É dinheiro bom em cima de dinheiro ruim. Precisamos tirar dinheiro de outras coisas, pois não recebemos dinheiro da Prefeitura, não temos orçamento, sobrevivemos das multas e precisamos fazer verdadeiros milagres para manter as coisas funcionando. O dinheiro que investimos nisto poderia ser investido em outras benfeitorias. Uma travessia elevada, instalada, pintada custa R$ 6 mil. No lugar de uma lombada eletrônica teria o mesmo efeito. Ninguém quer arrebentar o próprio carro cujo reparo com certeza será maior que o valor de uma multa. Com R$ 300 mil ano poderíamos investir em lombadas, sinalização, travessias e nosso trânsito com certeza melhoraria. Além disso, do dinheiro que entra das multas, 18%, vai para a Polícia Civil e 18% para a Militar. Sobra muito pouco e não vai um centavo para a Prefeitura. Os recursos tem que ser reaplicados em benefício novamente do trânsito. Temos nos esforçado ao máximo. Os agentes de trânsito que eram 12 já estão reduzidos a 7 pelos motivos mais diversos”.

 

Próximos trabalhos

Uma mexida geral em Oxford em função do mercado Mig,  e a possibilidade da nova Rodoviária. A Artefama estuda a saída dos veículos que não deverão mais ser diretos na SC. Deverão sair em frente ao Celso Ramos, com 75% saindo pelo Posto Cruzeiro. Vamos mexer também na Alfredo Diener (Igreja Luterana) mão única, Jorge Diener. Saída da Tereza Conrad. Um trevo alemão em frente ao escritório contábil Sieves.  Na Padre Dantas (Igreja Católica) também terá mão única. Serão uma série de mudanças, além de pinturas, sinalização, travessia elevada. Algumas melhorias na área central. Deixar intermitente o semáforo da Condor. Já fizemos teste e fluiu bem. Iremos colocar três travessias elevadas para diminuir a velocidade. Na 25 (Posto Fox), uma travessia elevada, entre outras adaptações e nova pintura de sinalização em todo o centro. Aumentar o tempo de passagem no sinaleiro Wunderwald – trânsito procedente da Thomaz Vidal Teixeira. Tem muitas pendências e dentro das nossas possibilidades vamos atendendo a comunidade procurando a melhor solução, concluiu o diretor do Detru.



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA