Eles sempre foram parceiros e curtiram juntos um sonho
São Bento – Como narra a filha Cristiane Behr Wind sem esconder a emoção pela aventura vivida junto com seu pai Marcos Behr, foi a viagem dos sonhos principalmente por poder desfrutar do tempo e dos momentos em companhia do pai. Ela descreve com emoção o sonho que era de Marcos que já havia feito o percurso até Ushuaia (O Fim Mundo) sobre duas rodas, de seguir também até o Alaska. Cristiane conta que por ser a filha mais nova de três, sempre teve uma grande afinidade com o pai um aficionado por motos, inclusive possui uma revenda. Ela desde pequena lembra poucas vezes de ter rodado em uma garupa. Aprendi a pilotar bem cedo e sempre adorei a sensação de liberdade sobre duas rodas, diz. A gente cresce, se envolve com trabalho e parece não ter mais tempo para nada.
Quando meu pai me convidou para a aventura de seguirmos dos Estados Unidos até o Alaska de moto, foi realmente um momento mágico. Aceitei logo o desafio. Foi uma aventura emocionante, mais de 12 mil quilômetros rodados sem nenhum imprevisto e sequer um pneu furado, até pela experiência de meu pai e pela preocupação com as motos. Saímos dia 12 de julho de 2014 e retornamos em 13 de agosto. O pai já tinha tudo planejado e a motivação maior era comemorar seus 60 anos de idade neste percurso.
Com tudo organizado partimos e chegamos em Las Vegas de onde pretendíamos alugar as motos e iniciar a viagem. Como lá não foi possível conseguir as motos que pretendíamos, compramos as passagens antes de fechar o aluguel e no dia seguinte voamos para Long Beach na Califórnia. De lá partimos para a jornada enfrentando 12 mil quilômetros de estradas com paisagens maravilhosas que nunca vou esquecer. Nossa viagem no total durou 26 dias, mas até o Alaska foram em média 700 quilômetros por dia em cima das duas rodas. Iniciamos pela Costa da Califórnia, Oregon, Washington, entramos no Canadá por Vancouver, rodamos pelo interior até chegarmos no Alaska. Lá o que me impressionou foi o convívio das pessoas em harmonia com a natureza. Pequenos riachos no meio das vilas onde as pessoas inclusive pescam o salmão e a presença de animais selvagens cruzando as rodovias, vimos alces, bisôes, ursos, entre outros. No nosso trajeto tivemos um percurso de quatro dias em um ferry com veículos e outras pessoas.
Foi aí que usamos a nossa barraca montada no deck da embarcação, uma outra experiência inédita. Fora estas noites na barraca sempre nos hospedamos em hotéis e pousadas. No retorno rodamos até Portland onde devolvemos as motos. Para a arquiteta Cristiane a maior conquista desta aventura foi o tempo de permanência junto com seu pai e a emoção dos dois desfrutarem de momentos inesquecíveis, foi muito legal e espero poder repetir na comemoração dos 70 anos dele, afirmou Cristiane.