A mesa-tenista são-bentense Danielle Rauen é uma das esperanças de medalha brasileira no Parapan de Toronto, no Canadá. Uma das favoritas ao ouro na categoria 9, Dani também deseja o primeiro lugar para garantir vaga nas Paralimpíadas de 2016. Atualmente ela ocupa a sétima posição no ranking mundial de sua categoria.
A abertura dos jogos ocorre na noite de sexta-feira e Dani compete no sábado e domingo. “Ela está muito confiante porque sabe que se esforçou ao máximo nos treinos. Pela posição dela no ranking ela já tem boas chances de estar nos jogos paralímpicos do ano que vem, mas uma medalha de ouro, agora, daria a ela essa certeza”, conta a mãe da atleta, Dora Rauen.
Somente no ano passado Dani participou de competições em nove países diferentes e sempre subiu ao pódio. Ainda este ano, ela vai à China.
Portadora de artrite reumatoide, doença crônica e progressiva que afeta principalmente as articulações, Daniele encontrou na prática do tênis de mesa a maneira de retardar os efeitos da doença. Ela desenvolveu sua habilidade esportiva na escolinha da FMD (Fundação Municipal de Desportos) e logo passou a integrar as equipes de competição nas principais disputas do estado e do país. “A Dani sempre foi uma atleta disciplinada e com foco nos seus objetivos”, comenta Luiz Neri, o “Magrão”, diretor técnico da FMD. “Estamos torcendo muito por uma medalha de ouro, pois a Dani merece”, completa.
No início de 2014, Danielle passou a residir em Piracicaba-SP onde fica o Centro de Treinamento. “Foi difícil, no começo, ficar sem a Dani em casa, mas lá ela convive com os melhores jogadores do país, além de encontrar condições ideais para desenvolver todo seu potencial”, comenta a mãe.
Segundo Luiz Neri, o sucesso obtido por Danielle serve de exemplo e motivação para outros paradesportistas do município. A FMD mantém parceria com a Apae em modalidades como natação, judô, atletismo e bocha. Além disso, o município conta com o Centro Paralímpico de Levantamento de Peso. “Em vez de a doença atrapalhar a Dani, ela é quem atrapalhou a doença, portanto é um belo exemplo para todos nós”, afirma Magrão.
A delegação brasileira tem 272 atletas no Parapan. É o maior grupo da competição. Dani encerra sua participação no domingo, mas fica no Canadá até o dia 16, quando a delegação retorna ao Brasil.