19/07/15 Dom: Jr 23,1-6 – Sl 22 – Ef 2,13-18 – Mc 6,30-34

Neste 16º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mc 6,30-34, mostra que quando os Apóstolos retornaram da Missão, Jesus os reúne num lugar deserto para que repouse um pouco. Depois da semeadura, ele os conduz ao lugar em que lhes dará o pão. Marcos têm a intenção de preparar o leitou para o acontecimento da multiplicação dos pães. Na sinagoga, palavra que quer dizer ‘reunião’, no centro, está a palavra, aqui está a Palavra em pessoa, que os enviou e os convida para escutarem a sua palavra e degustarem o seu pão. A comunidade dos discípulos missionários é formada pelo movimento de reunir-se ‘diante’ de Jesus, o que é mais do que simplesmente se reunir ‘com’ Jesus. Ele é o ponto de referencia de todos e de cada um. A missão parte dele e retorna a ele, ele é o seu coração, o seu centro a sua meta, trazendo outros a ele. Na reunião há um ‘confronto’ daquilo que os discípulos missionários fizeram e disseram com aquilo que Jesus fez e disse. Ele, por ser referencia de tudo, é critério e medida. Nós discípulos missionários, só emprestamos a voz à Palavra, não a substituímos. Ela está sempre acima de nós, mesmo que, na Igreja, todos a ensinemos a todos e alguns sejam mestres dos demais. No diálogo com a Palavra, experimentamos o convite ao deserto, que não é oásis de delicias, mas êxodo, caminho duro em que se luta pela vida e pela liberdade. Só ai, na intimidade com Jesus, que a solidão do deserto propicia, podemos encontrar o verdadeiro repouso. É impossível não lembrar Santo Agostinho, depois de anos e anos de trabalhoso êxodo: “Fizeste-no para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti”, explica o grande africano em sua autobiografia ‘Confissões’. Jesus é aquele que convoca para o êxodo e convida ao deserto. A sua palavra e o seu pão constituem a nova lei e o novo maná. Os discípulos missionários chamados para estarem com ele e serem por ele enviados, vão se tornando uma comunidade que faz dele o centro do agir, do pensar e do falar!  Marcos descreve em cada detalhe a situação. Jesus está indo de barco com seus discípulos missionários para um lugar tranquilo e retirado. Quer escutá-los com calma, pois voltaram cansados de sua correria evangelizadora e desejam compartilhar sua experiência com o Profeta que os enviou. O projeto de Jesus fica frustrado. O povo descobriu sua intensão e chega antes dele, correndo pelas margens. Quando chegam ao lugar, encontram-se com uma multidão vinda de todas as aldeias da redondeza. Como Jesus vai Reagir? Marcos descreve graficamente sua atuação: os discípulos missionários têm que aprender como devem tratar o povo; nas comunidades cristãs vai-se recordar como era Jesus com essas pessoas perdidas no anonimato, com as quais ninguém se preocupa. “Ao desembarcar, Jesus via a multidão, comoveu-se por que eram como ovelhas sem pastor, e se pôs a ensiná-las com calma”. A primeira coisa que o evangelista destaca é o olhar de Jesus. Não se irrita porque interromperam seus planos. Olha-as detidamente e se comove. O povo nunca o atrapalha. Seu coração intui a desorientação e o abandono em que se encontram os camponeses daquelas aldeias. Na Igreja, temos que aprender a olhar o povo como olhava Jesus: captando o sofrimento, a solidão, o desconserto, o abandono que sofrem muitos. A compaixão não brota da atenção às normas, à repetição de nossas obrigações. Ela desperta em nós quando olhamos atentamente os que sofrem. A partir desse olhar, Jesus descobre a necessidade mais profunda daquelas pessoas: “Estão como ovelhas sem pastor”. 

20/07/15 – Seg: Ex 14,5-18 – (Ex 15) – Mt 12,38-42

21/07/15 – Ter: Ex 14,21-15,1 – (Ex 15,8-9.10.12.17) – Mt 12,46-50

22/07/15 – Qua: Ct 3,1-4a ou 2Cor 5,14-17 – Sl 62 – Jo 20,1-2.11-18

23/07/15 – Qui: Ex 19,1-2.9-11.16-20b – (Dn 3,52-56) – Mt 13,10-17

24/07/15 – Sex: Ex 20,10-17 – Sl 18 – Mt 13,18-23

25/07/15 – Sáb: 2Cor 4,7-15 – Sl 125 – Mt 20,20-28

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