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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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12/07/15 Dom: Am 7,12-15 – Sl 84 – Ef 1,3-14 Mc 6,7-13

Domingo, 12 de julho de 2015

Neste 15º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos 6,7-13, mostra que o itinerário dos Doze Apóstolos é progressivo: primeiro, foram chamados um a um; depois, foram constituídos comunitariamente para estarem com ele; aqui, são enviados dois a dois. Esses passos são três níveis de uma mesma vocação: da dispersão ao seguimento; do seguimento à comunhão com Jesus; da comunhão com Ele à missão para todos. Jesus não está mais só: é o primeiro de muitos irmãos, uma semente que se multiplicou em muitas. Estes sete versículos contém um ‘manual’ da missão, para que os enviados não se esqueçam de reproduzir e refletir o rosto, a ‘cara’ de quem os envia. É o retrato da missão de Jesus; é o documento de identidade da Igreja apostólica enviada. Como a de Jesus, a missão apostólica é feita na pobreza e experimentou fracasso, escondimento, impotência e pequenez. Ser mandado em missão é o maior dom do Pai, pois associa o discípulo missionário plenamente ao Filho, tornando-o participante do mistério que ele é, vive e anuncia. Jesus está mais preocupado com o que seus enviados devem ser do que com o que devem dizer! Santo Inácio de Antioquia dizia: “É melhor ser cristão sem dizê-lo do que proclamá-lo sem sê-lo”. A Palavra de Deus certamente é eficaz por si: não é meu testemunho que vai avalizá-la; o meu contra testemunho tem o poder de roubar-lhe a credibilidade. Lamentavelmente, temos mais poder no mal do que no bem: não somos capazes de criar uma flor, mas, para destruí-la, basta-nos segundos! Começa aqui a ‘seção dos pães’. Depois da catequese sobre a Palavra e o Batismo, vem a catequese sobre a Eucaristia, no final da qual Jesus será reconhecido. Ele se revela como Cristo e Senhor justamente enquanto amor que se faz pão da vida: pão partido para a vida do mundo! A pobreza voluntária de Jesus e dos seus enviados vem da alegria de quem descobriu o tesouro e conduz à vitória sobre o pecado do mundo, que consiste em entregar-se à tentação de ter, poder e aparecer, que o medo da morte coloca no lugar da aspiração a ser, servir e desaparecer, como a semente caída na terra. A pobreza de Jesus e dos seus enviados não é privação de um valor, mas a soma dos valores da sua vida, justamente por ser amor, é humilde e pobre, e o seu ser é ‘ser para o outro’, mais radicalmente, ‘ser do outro’. O Pai é do Filho e o Filho é do Pai no dom do Espírito que os distingue e une no Amor. A pobreza é condição para amar. Quem tem coisas pode dar coisas; quem não tem mais nada, só pode dar a si mesmo. Aquilo que temos nos divide dos outros, enquanto não nos tornarmos pobres, todo ato de dar pode ser gesto de poder. A pobreza é a verdade: não somos o que temos, mas o que damos; e só se não temos nada, podemos dar a nós mesmos e ser nós mesmos! A pobreza é necessidade de acolhida. Como o Filho, que é acolhido pelo Pai, aquele que é enviado, precisando de acolhida, dá aos que o acolhem em sua casa a oportunidade de exercerem em primeira pessoa a misericórdia do Pai. Pobreza, pequenez e impotência são os meios que Deus escolhe para vencer. Davi teve de desvinciliar-se da armadura que o impedia de caminhar para vencer Golias. Gedeão teve de reduzir seu exército de 30.000 homens para 300 para que Deus o fizesse vencer. Em sintonia com o Antigo Testamento e com a prática de Jesus, Pedro e João que, “no nome de Jesus”, curam o paralítico. Paulo escolheu o que é ignorante e fraco para confundir os sábios e fortes, as coisas que não são para reduzir a nada as que são.

 

13/07/15 – Seg: Ex 1,8-14.22 – Sl 123 – Mt 10,34-11,1

14/07/15 – Ter: Ex 2,1-15a – Sl 68 – Mt 11,20-24

15/07/15 – Qua: Ex 3,1-6.9-12 – Sl 102 – Mt 11,25-27

16/07/15 – Qui: Zc 2,14-17 – (Lc 1,46-55) – Mt 12,46-50

17/07/15 – Sex: Ex 11,10-12,14 – Sl 115 – Mt 12,1-8

18/07/15 – Sáb: Ex 12,37-42 – Sl 135 – Mt 12,14-21

 

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