17/05/15 Dom: At 1,1-11 – Sl 46 – Ef 1,17-23 – Mc 16,15-20

Neste Domingo da Ascensão do Senhor, o Evangelho de Marcos 16,15-20, traz a terceira manifestação de Jesus, depois de duas manifestações falidas: uma a Maria Madalena, na qual os discípulos missionários não creram e a dois discípulos missionários em quem não creram. Agora a manifestação é aos Onze Apóstolos e finalmente o resultado é positivo. A partir do momento em que os Onze Apóstolos creram na ressurreição de Jesus já receberam a missão de ir pelo mundo e anunciar o Evangelho. É a Boa Notícia do Reino que precisa ser anunciada por aqueles que viram e ouviram a Boa Notícia, que foram testemunhas dos eventos salvíficos trazidos por Jesus. O anuncio não tem mais raça e nem fronteiras. E está em continuidade com Mc 15,39, onde um centurião romano já havia confessado: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!”. O novo requisito para a salvação é o ato da fé. É importante ver a semelhança com o início da Carta aos Romanos. Crer, aceitar a mensagem do Evangelho e ser batizado é a nova condição. Receber o batismo não é um ato mágico ou um rito, mas é a marca, o sinal de quem reconhece Jesus Cristo como o único Salvador. A incredulidade é negar a oferta de salvação oferecida. É colocar-se diante do juízo de Deus e da condenação. “Todos os que não Creem na verdade, mas consentiram na injustiça, serão condenados”. Quem crer e for anunciar a Palavra estará diante de um mundo hostil, mas onde não faltará a graça de Deus. O campo da missão é o lugar dos demônios, das serpentes, do veneno, das doenças. O Espírito Santo guiará os discípulos missionários e virá em seu socorro e farão os sinais que o próprio Jesus realizou. O título dado a Jesus é ‘Senhor’, título com significado pascal. A maneira como Jesus é levado ao céu é muito semelhante ao que aconteceu com o Profeta Elias. Jesus concluiu sua missão e é entronizado no templo celeste onde senta-se à direita de Deus Pai. Concluída a atividade terrena de Jesus, inicia-se a missão da Igreja. É a comunidade dos discípulos missionários que estão em saída missionaria, anunciando “por toda parte” o Evangelho. E é o próprio Senhor que os ajudará e confirmará com sua Palavra e com os sinais que serão realizados. Ascensão significa ‘subida’, elevação. Aquele que desceu e veio até nós, agora retorna, é elevado para o céu, de onde veio. O Filho que cumpriu fielmente a sua missão agora pode voltar ao Pai para viver a plenitude da comunhão Trinitária. Ele nos deixa em sua forma física, para estar presente de outra e deixar que o Espírito Santo realize a sua missão. O retorno de Jesus ao seio da Trindade não significa que ele nos deixou sozinhos; não é uma fuga, não é um abandono, mas é uma meta, um caminho. Cristo abre o caminho para que nós cheguemos até Deus. Depois de ressuscitado, Jesus vai para o seio do Pai. É lá o lugar definitivo, onde Ele viverá para sempre a vida em plenitude. E isso acontecerá conosco. Nós vamos ressuscitar como Jesus e, ressuscitados, não é mais para cá que voltaremos. Nosso destino é o caminho de Jesus, é para lá que está apontada a nossa esperança. Assim como Ele subiu ao céu, é para lá que caminhamos; é para onde Ele foi que nós iremos. É na glória do Pai, na comunhão Trinitária, que nós iremos viver para sempre! Os evangelistas descrevem com diferentes linguagens a missão que Jesus confia a seus seguidores. Marcos resume tudo, dizendo que têm que “proclamar a Boa Notícia a toda a criação”. Lucas, devem ser “testemunhas” do que viveram junto a Ele. Mateus, devem fazer “discípulos missionários” que aprendam a viver como Jesus lhe ensinou.

18/05/15 – Seg: At 19,1-8 – Sl 67 – Jo 16,29-33

19/05/15 – Ter: At 20,17-27 – Sl 67 – Jo 17,1-11a

20/05/15 – Qua: At 20,28-38 – Sl 67 – Jo 17,11b-19

21/05/15 – Qui: At 22,30; 23,6-11 – Sl 15 – Jo 17,20-26

22/05/15 – Sex: At 25,13b-21 – Sl 102 – Jo 21,15-19

23/05/15 – Sáb: At 28,16-20.30-31 – Sl 10 – Jo 21,20-35

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