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Vilmar Bueno Lima - Espeto

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Região ressentida

Terça, 19 de maio de 2015

No Planalto Norte e principalmente em Rio Negrinho e São Bento do Sul, território político de Mauro Mariani, que juntamente com Luiz Henrique da Silveira, muitos foram os correligionários que sentiram a morte do grande líder peemedebista. O prefeito de Rio Negrinho Alcides Grohskopf, disse que será difícil aparecer outro político de sua estirpe. Também foi em Rio Negrinho o último compromisso de LHS, durante a inauguração da SC-112. Já Fernando Tureck se diz triste com a perda do líder, pois o senador somente nos dois primeiros anos de mandato trouxe R$ 600 mil para a saúde, e tinha vários projetos que defendia para o município junto ao governo federal. O presidente do partido em São Bento do Sul, Daniel Lutz, no discurso visivelmente emocionado durante a abertura da Móvel Brasil, também falou da figura de LHS. “Luiz Henrique foi um político revolucionário e “que vai ser difícil alguém chegar ao seu patamar, e o seu espaço político vai ficar vago”. “Jovem, eu, como prefeito, me inspirei muito em Luiz Henrique. Foi uma referência para mim. Ele teve coragem de inovar, um homem à frente do seu tempo. Quando ninguém sabia para onde ir ele indicava o caminho”, revelou Mariani. Lideranças de outros partidos também fizeram emocionados depoimentos enaltecendo a carreira política de LHS.

 

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Fechou-se uma era...

Claro que esse não é o momento para considerações e questionamentos políticos, o momento é de condolências e conforto à família do senador Luiz Henrique da Silveira. Mas já começaram as conjecturas sobre o futuro do PMDB. Ainda não existe nesse momento uma indicação de quem será o herdeiro de LHS, e que absorva toda a sua bagagem de vida política. São conhecidas as divergências representativas e que fogem das características do senador. Mas não tem como negar que a partir de agora se abre um espaço para que Dário Berger e Mauro Mariani executem sem um obstáculo de respeito suas manobras partidárias. Lembrando que LHS sempre deixou claro que Mariani seria o seu herdeiro político. Do outro lado Eduardo Moreira, em desconforto com o governo, e Valdir Cobalchini buscando manter as rédeas do que poderá se tornar incontrolável. Além de Casildo Maldaner e Paulo Afonso como históricos e líderes.

 

E agora!

Agora caberá ao governador Raimundo Colombo, que tinha garantias e certas proteções com o senador Luiz Henrique, monitorar esse novo quadro que se forma na política catarinense com a despedida de um líder visionário. Fecha-se uma era e é aberta uma nova etapa política em Santa Catarina, com o reconhecimento de tudo que foi construído pelo senador Luiz Henrique...

 

Começar do zero...

Mas a saída de Luiz Henrique começa a provocar uma série de avaliações sobre o futuro do PMDB e da política catarinense. Tanto que o ex-senador Casildo Maldaner se antecipou pedindo uma espécie de “quarentena.” Quer acalmar os ânimos e avaliar o quadro onde muitos apostam que o governador Colombo, nas circunstâncias do momento, não irá ao Senado em 2018 para não deixar o governo com Pinho Moreira e o PMDB. Não é a hora mais adequada para lançar olhos para o futuro, mas a lacuna deixada por Luiz Henrique inevitavelmente empurra para uma série de indagações. Até porque não há herdeiros e o jogo zerou.

 

Tudo muda...

Amigos ligados a intimidade do senador LHS garantiram que a chapa 2018 Luiz Henrique e Merisio estava fechada ou pelo menos muito bem alinhavada. Agora, certamente, tudo voltará, à estaca zero.

 

É agora...

Políticos ligados ao deputado federal Mauro Mariani, já defendem que ele deve assumir a presidência do partido, pois com isso se impõe e começa a ocupar os espaços deixados pela morte de Luiz Henrique da Silveira. E também para quem almeja disputar o governo do estado em 2018, não pode fugir dos embates e das adversidades que se apresentam.

 

Ti-ti-ti

No final de semana foram duas horas de conversa olho no olho com o vice-governador Pinho Moreira e depois mais uma hora pelo telefone com o governador Colombo. O senador Luiz Henrique exercitou sua principal característica de articulador em nome da governabilidade, depois do bombardeio produzido por Moreira direto de Nova Iorque. A dúvida é se as orientações que deu, também visando o partido, serão realmente seguidas...

 

Movimentos...

Será que realmente o PMDB assumirá a presidência da AL depois dos dois anos de Gelson Merísio? Até então estava encaminhada a posse de Aldo Schneider? O gato subiu no telhado...não será novidade dividir esses dois anos em um para o PP ( Silvio Dreveck) e um para o PSDB ( Leonel Pavan).

 

De olho em 2018

Os principais líderes do PSD passam a contar com mais liberdade e horizonte maior com o falecimento de Luiz Henrique. Entre os mais citados para a sucessão de Colombo despontam o presidente da Assembleia, Gelson Merísio, o secretário da Saúde, João Paulo Kleinubing, o secretário Antônio Gavazzoni e o deputado João Rodrigues. Já do lado do PMDB o vazio deixado por Luiz Henrique, deve acirrar uma disputa interna entre o grupo do vice-governador Pinho Moreira e do deputado federal Mauro Mariani, que tem no senador Dário Berger seu principal aliado.

 

Homenagem

Como jornalista político também deixo aqui minhas homenagens ao grande líder de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira. Que os espíritos de luz o recebam no plano espiritual...



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