03/05/15 Dom: At 9,26-31 – Sl 21 – 1Jo 3,18-24 – Jo 15,1-8

Neste 5º Domingo do Tempo da Páscoa, o Evangelho de João 15,1-8, diz que Jesus faz a comparação dele como a videira. Jesus vai insistir na vital comunicação que existe entre o tronco e os ramos, reforçada pelo uso do verbo ‘permanecer’. Ao mesmo tempo Jesus apresenta a exigência de que os ramos deem frutos. Jesus utiliza uma imagem simples, muito conhecida para os ouvintes da sua época. “Eu sou a Videira Verdadeira” é a última das sete afirmações em que Jesus se identifica utilizando o verbo ‘ser’ com complemento: “Eu sou o Pão da Vida; Eu sou a Luz do mundo; Eu sou a Porta; Eu sou o Bom Pastor; Eu sou a Ressurreição e a Vida; Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; Eu sou a Videira. Por sete vezes, número perfeito, Jesus diz quem e o que Ele é! A imagem da videira é muito utilizada na Bíblia. É uma das árvores que simboliza a casa de Israel, da qual o Senhor, como bom agricultor, tomou para cuidar. Porém a vinha não deu os frutos que se esperava, como se pode ver na parábola dos sinóticos: Marcos, Lucas e Mateus. Mas há a ideia da vinha como tronco. A escolha da vinha como simbolismo deve-se em função da sua vitalidade, dos cuidados exigentes que requer e dos bons frutos que produz. Todo ano, depois de uma morte aparente, após a colheita dos frutos, ela renasce com novas folhagens e dá uma nova e abundante produção. Jesus se identifica com a videira que com sua seiva alimenta os ramos e estes dão frutos. Esta seiva indica a sua vida, o amor que ele recebe do Pai e comunica aos discípulos missionários. O tronco e os ramos são parte da mesma videira. A vinha por si mesma não produz frutos, exige o cuidado. Uma vinha sem dono é como o rebanho das ovelhas sem o pastor. Jesus é a vinha, mas o agricultor é o Pai. Os ramos são os discípulos missionários. Na videira nem todo ramo produz frutos. Há os ramos selvagens que só roubam a seiva. O vinhateiro sabe que estes precisam ser podados, do contrário, só sugam e acabam matando a videira. A videira precisa ser podada para que os ramos bons possam dar frutos. Do contrário, os ramos selvagens sugam a melhor seiva e ela não pode nutrir os bons ramos. Os discípulos missionários estão limpos, foram purificados pela palavra de Jesus. Pode ser uma referência ao lava-pés. O verbo ‘permanecer’ aparece sete vezes neste breve texto. É o ‘permanecer’ que ajuda a fazer a ligação vital entre os ramos e o tronco, sem isto não há vida. Sem permanecer unidos a Jesus não há o verdadeiro amor. O amor do Pai pelo Filho, o amor do Filho pelo Pai e o amor dos fiéis por Cristo são o mesmo amor. Os ramos, por mais que sejam bons, não podem dar frutos se não permanecerem unidos ao tronco. Da mesma forma os discípulos missionários nada podem fazer se não estiverem unidos a Jesus. Os versículos 5 e 6 mostram o rigor das exigências de Deus. Assim como o joio precisa separado e queimado, o convidado sem a veste nupcial é jogado fora. O ramo mau deve ser cortado: não serve para nada a não ser para ser queimado. Judas Iscariotes representa este discípulo missionário que não ama, que não produz frutos, cujo exemplo os demais não devem imitar. O ensinamento é semelhante àquele de Jo 14,13. Se os discípulos missionários estiverem unidos a Jesus poderão pedir, sua oração será ouvida. Eles precisam pedir ao Pai esta seiva que nutre e alimenta o amor entre irmãos. Quando os discípulos missionários viverem o verdadeiro amor, serão as verdadeiras testemunhas de Jesus. O mundo verá seu testemunho. “Vejam como eles se amam”.

04/05/15 – Seg: At 14,5-18 – Sl 113b – Jo 14,21-26

05/05/15 – Ter: At 14,19-28 – Sl 144 – Jo 14,27-31a

06/05/15 – Qua: At 15,1-6 – Sl 121 – Jo 15,1-8

07/05/15 – Qui: At 15,7-21 – Sl 95 – Jo 15,9-11

08/05/15 – Sex: At 15,22-31 – Sl 56 – Jo 15,12-17

09/05/15 – Sáb: At 16,1-10 – Sl 99 – Jo 15,18-21

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