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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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19/04/15 Dom: At 3,13-15.17-19 – Sl 4 – 1Jo 2,1-5a – Lc 24,35-48

Domingo, 19 de abril de 2015

Neste 3º Domingo do Tempo da Páscoa, o Evangelho de Lucas 24,35-48, liga o nosso reconhecimento do Senhor ressuscitado com a experiência dos Apóstolos, Pedro e os outros. A história acontece em Jerusalém, que é o cenário do início deste evangelista, que costura os arremates finais de seu texto, mostrando a semente das primeiras comunidades cristãs já reunidas, ainda que em clima de assombro e incredulidade. Trata-se de dois discípulos missionários que encontraram o Senhor a caminho de Emaús. Eles retornam a Jerusalém e testemunham diante dos Onze sua experiência. Lucas insiste na corporeidade do Ressuscitado. A evangelização em ambiente helenista o exigia, uma vez que os gregos acreditavam na imortalidade da alma, mas não na ressurreição dos corpos. A saudação de Jesus representa muito bem um dos efeitos da vida de Cristo segundo Lucas: a paz, necessária para o núcleo da comunidade cristã nascente. A aparição inesperada de Jesus foi diferente de alguém de carne e osso. É natural que a reação dos discípulos missionários seja de espanto, imaginando que seja um ser de natureza diferente. Jesus está presente de carne e osso e convida os Apóstolos a reconhecerem pelo tato aquilo que a visão não consegue assimilar. Mas é importante diferenciar: a ressurreição de Jesus não é uma simples reanimação de cadáver, uma volta à vida biológica anterior. Foram assim as ‘ressurreições’ da filha de Jairo, do filho da viúva de Nain, do amigo Lázaro. A ressurreição de Jesus é a participação do seu corpo na glória do Filho de Deus. É a glorificação de Jesus, a total transformação da realidade humana  de Jesus na realidade divina do Filho. A filha de Jairo, o jovem de Nain, o amigo Lázaro, mais cedo ou mais tarde, morrerão de novo. Jesus, não. Ele não só não morre mais, mas vive, vive para sempre, porque vive uma vida qualitativamente superior à vida que vivia antes. Como os discípulos missionários ainda se mantinham assombrados com a situação, Jesus ajuda sua falta de fé comendo com eles, uma representação bastante realista narrada por Lucas do Cristo Ressuscitado. Jesus retoma seus ensinamentos, dando sentido para todos acontecimentos que haviam vividos nos últimos dias. Mostra que Ele mesmo é a chave de leitura e síntese da Sagrada Escritura, que nos revela Deus como amor e misericórdia infinita. Mostra que nele se cumpre tudo o que havia sido predito no Antigo Testamento. Lucas apresenta uma nova interpretação do Messias, personificada em Jesus. Sua morte é a expressão humana do amor do Pai que vai até os extremos de dar seu Filho por nós. A ressurreição de Jesus é a expressão mais que humana do amor do mesmo Pai que devolve seu Filho à vida para que se torne fonte de vida para todos. A ressurreição não é um conteúdo secundário ou marginal da fé, mas seu coração. Com ela mantém-se de pé ou cai por terra tanto a promessa de Deus como a esperança última do homem. Se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é ilusória, e a nossa esperança vazia. Nesta passagem, Jesus mostra seu ‘testamento’ aos seus discípulos missionários no Evangelho de Lucas. A parte que cabe às comunidades cristãs é o testemunho, Jesus já terminou sua missão. Agora, Jerusalém, que era o início do tempo de Jesus, é o início do tempo da Igreja, que deve levar seu nome a todas as nações. Nós podemos continuar a tocar Jesus espiritualmente, por meio da Palavra, do amor fraterno, do memorial da ceia. E permanece em nós o chamado para testemunhar esta experiência de amor, no modelo que Jesus deixou: Ele tornou-se próximo de nós; devemos fazer-nos próximos dos irmãos e irmãs.

 

20/04/15 – Seg: At 6,8-15 – Sl 118 – Jo 6,22-29

21/04/15 – Ter: At 7,51-8,1a – Sl 30 – Jo 6,30-35

22/04/15 – Qua: At 8,1b-8 – Sl 65 – Jo 6,35-40

23/04/15 – Qui: At 8,26-40 – Sl 65 – Jo 6,44-51

24/04/15 – Sex: At 9,1-20 – Sl 116 – Jo 6,52-59

25/04/15 – Sáb: 1Pd 5,5b-14– Sl 88 – Mc 16,15-20

 

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