01/02/15 Dom: Dt 18,15-20 – Sl 94 – 1Cor 7,32-35 – Mc 1,21-28

Neste 4º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mc 1,21-28, na primeira semana ‘messiânica’ tem um valor programático. Marcos, depois de nos dizer quem é esse Jesus que nos convida a segui-lo, nos diz o que ele faz por nós: com a força da sua palavra, nos liberta do mal, para fazer o bem; a sua ação não será apagada, mas multiplicada pelas trevas que caem; aliás, na inatividade da noite, encontrará, na comunhão com o Pai, a força para prosseguir sua missão em outros lugares. O texto, situa num sábado, provavelmente ideal, quem encontra Jesus e o segue entra num sábado sem fim! Marcos nos oferece um quadro da atividade de Jesus, o seu programa messiânico. Em primeiro lugar, o seguimento de Jesus. A Palavra, princípio da criação: “e Deus disse”, é princípio da redenção. Isso valeu para os contemporâneos de Jesus e vale para nós, que o encontramos na palavra da narração evangélica, que é testemunhada, anunciada e celebrada. A palavra tem o poder de nos levar a segui-lo, como fez como os primeiros discípulos missionários. A palavra de Jesus, como tem o poder de chamar discípulos discípulos, “siga-me”, tem o poder de vencer o espírito mal, “cala-te”. O Evangelho registra isso varias vezes. Lendo o Evangelho, onde a Palavra continua a se fazer carne, nos aproxima de Jesus e apreendemos a conhecê-lo. De fato nós O encontramos por meio da palavra na narração evangélica. Ela tem o poder de nos seduzir para o seguimento. E o primeiro efeito que tem sobre quem a segue é libertá-lo do espírito do mal. Para tanto, precisamos sentir como ‘dirigida a nós’ a palavra do Evangelho. E perceber as reações dos nossos medos e as resistências do inimigo dentro de nós. Só assim podemos vencê-las. Em seguida, vem o exorcismo, mencionado as duas vezes em que se fala da autoridade de Jesus. A origem do mal está na mentira. A verdade tem o poder de desmenti-lo e de dissolvê-lo, como a luz que expulsa as trevas. Toda a atividade de Jesus tem a finalidade de libertar o ser humano do espírito do mal. O espírito do mal, em Israel, é chamado de ‘espirito imundo’: para o israelita, imundo é tudo o que tem a ver com a morte. É o oposto do Espírito de Deus, que ama a vida e cunica-a. A ação desagregadora do espírito do mal não é definitiva. Jesus veio desfantilizar a história e devolve-la as nossas mãos. ‘Não deixem para a serpente’ é o título de um livro de Harvey Cox, teólogo norte-americano famoso da década dos 70. Ele nos liberta com a palavra da verdade. A verdade é capaz de calar a mentira, responsável pela nossa escravidão, mostrando nossa realidade de filhos, e a realidade de Deus, que é Pai. Ele não é nosso rival, nem nosso carrasco, nem nosso estraga-prazeres. Eis porque os exorcismos, abundantes em Marcos, são o sinal da vinda do Reino, visibilizada no fim da escravidão do homem. Não reconhecer a presença do Reino é mentir diante da evidência. Jesus taxou essa realidade de pecado contra o Espírito Santo. De acordo com Marcos, a primeira atuação pública de Jesus foi a cura de um homem possuído por um espírito maligno na sinagoga de Cafarnaum. É uma cena surpreendente, narrada para que, desde o começo, os leitores descubram a força curadora e libertadora de Jesus. É sábado e o povo se encontra reunido na sinagoga para ouvir o comentário da Lei explicada pelos escribas. Pela primeira vez, Jesus vai proclamar a Boa Nova de Deus precisamente no lugar de onde se ensina oficialmente ao povo as tradições religiosas de Israel.

02/02/15 – Seg: Ml 3,1-4 ou Hb 2, 14-18 – Sl 23 – Lc 2,22-40

03/02/15 – Ter: Hb 12,1-4 – Sl 21 – Mc 5,21-43

04/02/15 – Qua: Hb 12,4-7.11-15 – Sl 102 – Mc 6,1-6

05/02/15 – Qui: Hb 12,18-19.21-24 – Sl 47 – Mc 6,7-13

06/02/15 – Sex: Ab 13,1-8 – Sl 26 – Mc 6,14-29

07/02/15 – Sáb: Hb 13,15-17.20-21 – Sl 22 – Mc 6,30-34

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