O corpo de Dealberto Jorge da Silva Júnior, empresário encontrado morto no México no dia 11, foi cremado no México e as cinzas devem chegar em Jaraguá do Sul no próximo fim de semana. O irmão dele, Fernando Luis da Silva, voltou para o Brasil na semana seguinte ao ocorrido.
De acordo com um primo dos irmãos Silva, o corpo foi cremado por questões sanitárias. Os restos mortais estão agora em Miami e devem ser trazidos ao Brasil em um voo para Curitiba na tarde da próxima sexta-feira quando um parente irá buscar a urna. A demora em fazer o translado ocorreu por questões burocráticas.
Já o velório do empresário catarinense está previsto para domingo, entre 10h e15h no crematório de Jaraguá do Sul. Às 14 horas ocorre uma celebração relegiosa.
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Em entrevista exclusiva ao programa Fantástico, na casa do advogado da família, na cidade catarinense, O irmão de Dealberto reafirmou o que contou em depoimento para a polícia mexicana. Bastante abatido, Fernando admitiu para a repórter Kíria Meurer, que usou drogas e álcool com o irmão durante um festival de música eletrônica.
Ele contou também que, após o consumo de entorpecentes, viveu momentos de horror e passou dias perdido, dormindo na rua, até que conseguiu entrar em contato com a família e pedir ajuda.
—Consumi alguma coisa que eu acreditava que seria ecstasy, mas na verdade não sei o que foi. Eu senti medo, eu senti pavor, eu senti que tudo que eu fazia as pessoas estavam me olhando, mas pessoas estavam batendo foto, as pessoas estavam tentando me ferir de alguma coisa.
Fernando disse ainda que ele e o irmão Dealberto não costumavam usar drogas e sofreram uma espécie de delírio de perseguição.
—Ele teve um pouco mais do que eu tive, porque ele estava muito apavorado, muito desesperado, eu lembro que ele só dizia pra mim "irmão foge, foge, vem comigo vamos sumir daqui, tem alguma coisa acontecendo".
O jaraguaense contou também que ele e o irmão consumiram drogas na companhia de uma russa. Mas que a história de perseguição, máfia e sequestro, que se alastrou após um áudio no qual Dealberto pedia socorro se espalhar pelo WhatsApp, não passou de alucinação.