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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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16/11/14 Dom: Pr 31,10-13.19-20.30-31 – Sl 127 – 1Ts 5,1-6 – Mt 25,14-30

Domingo, 16 de novembro de 2014

Neste 33º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mt 14,25-30, mostra que é preciso ter cuidado para não transformar essa parábola na parábola do capitalismo espontâneo ou elaborado. De acordo com a ética do capitalismo, cada um deve fazer frutificar os talentos recebidos, a abundância de bens materiais é sinal da bênção divina, e a indigência, sinal da maldição. Essa interpretação se esquece de que se trata de uma parábola, de uma comparação; consequentemente, ‘talento’ não é ‘talento’. Os ‘talentos’ não são qualidades ou bens a multiplicar. Representam, significam, simbolizam o mesmo ‘óleo’ do texto precedente, que não é senão o amor aos pobres do texto seguinte. O ‘talento’ é o amor que o Pai tem por mim que precisa multiplicar-se na minha resposta de amor aos irmãos. O amor que, em Deus, circula entre o Pai e o Filho é o Espírito Santo. O amor que, em nós, circula seja em relação a Deus seja em relação aos irmãos, é o mesmo Espírito Santo. O Senhor ‘partiu para longe’, primeiro, na cruz, depois, na glória. Conforme sua promessa, não nos deixou sós. Deixou-nos seu Espírito e espera ser sempre amado por nós, para que possamos, no Espírito, tornar-nos como ele, filhos e irmãos. A sua partida, ao invés de dissolver a nossa identidade, a possibilitou, graças ao dom do Espírito. Ele próprio continua sempre presente entre nós, não só nos ‘sinais’ do pão e do vinho, mas no seu ‘sinal’, os pobres. Como diz o poema dos Chassidim, ele ‘se esconde nos pobres’. Já que ele habita nos pobres, tudo o que fazemos aos pobres é a ele que o fazemos, tudo o que deixamos de fazer é a ele que deixamos de fazer. Devemos fazer com eles o que Ele fez conosco. Se o talento é o ‘dom’ do amor recebido, o nosso amor por Jesus é o talento que temos que ganhar. É assim que nos tornamos como ele e, com ele, podemos entrar na glória. Vigilância não é ócio, nem inércia, mas prontidão e ação. Não podemos nos enganar com a imagem do segurança de banco ou do vigia noturno. Parecem não fazer nada, mas estão atentos. Parecem inertes, mas observam todos os movimentos. Ao menor alarme, partem para a ação. A vigilância vira operação. Quem não investe no talento, perde; quem não ama, não vive. O fracasso muitas vezes depende da falsa imagem que fazemos do Senhor. Se achamos que ele é bravo, mau e exigente, nossa relação com ele vai depender dessa imagem. Ao invés de ser uma relação de amor, torna-se uma relação legalística, medrosa e infrutífera. O medo é péssimo conselheiro. Ao invés de conduzir-nos à glória, nos empurra para as trevas. Ao invés de dar-nos confiança para entrar no amor do Pai, nos faz correr para fora, para longe dele. A parábola não quer nos fixar nessa atitude, mas se estivermos nela, despertar-nos para, mudando nossa imagem do Pai, mudamos nossa relação com ele. A parábola dos talentos é bastante conhecida entre os cristãos. Segundo o relato, antes de sair em viagem, um senhor confia a gestão de seus bens a três empregados. A um deixa cinco talentos, a outro dois e a um terceiro um talento: “a cada um segundo a sua capacidade”. De todos espera uma resposta digna. Os dois primeiros ‘logo’ se põem a negociar com seus talentos. Trabalham com decisão, identificados com o projeto de seu senhor. Não tem medo de correr riscos. Quando chega o senhor, lhe entrega com orgulho os frutos: conseguiram duplicar os talentos recebidos. A reação do terceiro empregado é estranha. A única coisa que ele pensa é “esconder debaixo da terra” o talento recebido para conservá-lo seguro!   

17/11/14 – Seg: Ap 1,1-4; 2,5a – Sl 1 – Lc 18,35-43

18/11/14 – Ter: Ap 3,1-6.14-22 – Sl 14 – Lc 19,1-10

19/11/14 – Qua: At 4,1-11 – Sl 150 – Lc 19,11-28

20/11/14 – Qui: Ap 5,1-10 – Sl 149 – Lc 19,41-44

21/11/14 – Sex: Zc 2,14-17 – (Lc 1) – Mt 12,46-50

22/11/14 – Sáb: Ap 11,4-12 – Sl 143 – Lc 20,27-40

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