Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste 27º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus, mostra que a palavra mais importante desta ‘parábola’ está no versículo 42: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”. Jesus mostra assim qual é o seu poder e de onde ele vem: é o poder da ‘pedra descartada’, que se tornou a ‘pedra angular’, quer dizer, é o poder do Filho crucificado e ressuscitado. Ou, como anuncia Paulo aos Coríntios, é loucura e fraqueza para os sábios e poderosos, mas sabedoria e poder de Deus, que salva o homem, destruindo os seus delírios de prepotência! Temos aqui uma alegoria, já iniciada na parábola anterior, da história de Israel. Mostra como Deus vê a nossa realidade, revelando “coisas escondidas desde o início do mundo”. Do ponto de vista de Deus, o que está na origem do mundo é o seu amor de Pai para com seus filhos no Filho, no qual, pelo qual e para o qual tudo foi feito. Do nosso ponto de vista, que, em nossa miopia, tudo deformamos, o que está na origem de tudo é o nosso egoísmo, que nos mata como filhos e como irmãos, até fisicamente. Duas coisas estão escondidas desde o início do mundo: o corpo do Filho e o cadáver do irmão. Das duas Deus faz uma só: o irmão, do qual tiramos a vida, é o Filho que dá a vida por nós. O sonho de Deus sempre foi um mundo belo, reflexo de sua glória. Mas nós fizemos dele um mundo feio, cheio de violência, contra a irmã terra, a irmã água, a irmã planta; contra os irmãos homens, as irmãs mulheres, contra o onipotente grande Senhor, com se posicionou São Francisco de Assis. Ao Senhor, que respeita nossa liberdade, não sobrou outra alternativa senão se tornar irmão sobre o qual descarregamos a nossa violência para ele nos restituir, no seu amor, na sua misericórdia!, a nossa verdade de filhos. Solução inegavelmente divina! A história é uma progressiva manifestação de um amor que vence o mal, carregando-o sobre si e transformando o nosso pior crime em salvação para todos. Na morte do Filho, cumpre-se tudo, a nossa perversidade e a bondade de Deus. O nosso mal esgota a sua carga negativa, tirando a vida do autor da vida; e Deus revela todo o seu amor, dando a sua vida a nós que a roubamos. A parábola começa mostrando o cuidado que tem Deus por sua ‘vinha’, que é Israel, que será a Igreja, que somos nós. Mostra seu amor com fatos, para compreendermos e produzirmos os frutos que nos tornem semelhantes a Ele. À medida que Deus multiplica seus gestos de bondade, multiplicamos os nossos de maldade: pegamos, espancamos e matamos os profetas que nos exortam a produzir os frutos desejados. Por último, o Pai manda ‘o’ Filho. É quando vem à tona a nossa intenção secreta: matá-lo para ficar com a herança. E é quando, paradoxalmente, obtemos a sua herança: temos em nossas mãos o fruto que nos torna semelhantes a Deus! A morte do Filho na cruz revela o poder destruidor do nosso egoísmo e a força do amor de Deus. Essa é a obra maravilhosa de Deus: a nossa miséria provoca a sua misericórdia! Jesus se encontra no recinto do Templo, rodeado por um grupo de altos dirigentes religiosos. Nunca estivemos tão perto. Por isso, com uma audácia incrível, vai pronunciar uma parábola dirigida diretamente a eles. Sem dúvida, a mais dura que saiu de seus lábios. Quando Jesus começa falar-lhes de um senhor que plantou uma vinha e a cultivou com solicitude e carinho especial, cria-se um clima de expectativa. A ‘vinha’ é o povo de Israel. Todos conhecem o canto do Profeta Isaías que fala do amor de Deus por seu povo com essa bela imagem. Eles são responsáveis por esta ‘vinha’ tão querida por Deus.
06/10/14 – Seg: Gl 1,6-12 – Sl 110 – Lc 10,25-37
07/10/14 – Ter: At 1,12-14 – (Lc 1) – Lc 1,26-38
08/10/14 – Qua: Gl 2,1-2.7-14 – Sl 116 – Lc 11,1-4
09/10/14 – Qui: Gl 3,1-5 – (Lc1) – Lc 11,5-13
10/10/14 – Sex: Gl 3,7-14 – Sl 110 – Lc 11,15-26
11/10/14 – Sáb: Gl 3,22-29– Sl 104 – Lc 11,27-28
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