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Felipe Lovemberg: Missão Pedagógica no Parlamento


Felipe Ricardo Lovemberg, 23 anos, natural de Rio Negrinho, geógrafo, licenciado em Geografia e professor de História no Colégio Global. Felipe, juntamente com outros 59 educadores de todo o Brasil, ele o único classificado da região Sul, participou em Brasília – Distrito Federal da “Missão Pedagógica no Parlamento. Em nossa redação contou suas experiência, satisfação e do aproveitamento que pode obter.

 

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“Fui escolhido entre quarenta e dois projetos de todo o Brasil. Fomos em seis e eu o único da região Sul selecionado” (Foto Pedro Skiba/Evolução)
  

EVOLUÇÃO – Como se deu sua ida para Brasília e qual a motivação?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Assistindo ao programa da TV Câmara, me deparei com um rodapé com a notícia de um edital que estava aberto e que me chamou a atenção que era o último dia para inscrição dos professores interessados em criar um Plano de Aulas, um projeto para incentivar os alunos a entender a democracia, o legislativo. Preparei um plano de aula (três) e que demonstrava que meu projeto era bem aquilo  que eu não imaginava que seria o que foi abordado no curso. Meu projeto era estreitar a relação  dos políticos com os eleitores e futuros, usando as ferramentas sociais que já existe, um portal chamado e-democracia, junto a Câmara dos Deputados. Através dele você pode responder enquetes, mandar sugestões, inteirar-se de projetos, permitindo aos alunos conversarem com os deputados aqui da região, esse era o meu projeto. Fui escolhido entre quarenta e dois projetos de todo o Brasil. Fomos em seis e eu o único da região Sul selecionado. Trabalhar a democracia com o legislativo.  O outro edital previa a participação de 54 professores, sendo 2 professores de cada estado.

 

EVOLUÇÃO – Onde ocorreram os encontros?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Foi no CEFORC – Centro de Formação da Câmara dos Deputados, Lá tem até mestrado em Educação Legislativa. Tem cursos básicos para quem trabalha lá, tem on-line, cursos muito legais sobre ética, democracia, inteiramente gratuito e bancados pela Câmara e pelo Senado e lá passávamos o dia.

 

EVOLUÇÃO – Como foi a avaliação dos projetos e a participação dos escolhidos?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG –  Lá nós fizemos o curso Educação para a Democracia, que consiste em estreitar a democracia nas escolas, evidenciar isto que é muito falho no Brasil. Inclusive conceitualmente, o que eu achei muito bacana.  Conceitos que na pratica não se conhece. Por exemplo: como um deputado pode barrar  um projeto.

 

EVOLUÇÃO – Então vocês receberam instruções de como funciona o sistema?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Nós ficamos uma semana. Cada dia era um assunto específico. Desde a educação democrática nas escolas públicas, particulares e também passamos um dia todo dentro de uma sala de comissões onde aprendemos como funcionam os setores gerais, desde a mesa diretora, as comissões permanentes são 22, não pudemos conhecer todas, além de uma doutora em atividades parlamentares que passou uma manhã toda respondendo e esclarecendo. Em outro dia, até tem um vídeo muito ilustrativo, onde simulamos  uma comissão que teve tempos atrás sobre a Lei Rouanet. Foi discutido que o Sudeste ficava com 77% dos recursos. Eu inclusive fui o relator e consegui  que aprovassem  uma maior descentralização destes recursos. Obtive  a aprovação por 24 votos, quatro contrários e uma abstenção simuladamente é óbvio.

 

EVOLUÇÃO – Que outro ponto lhe chamou a atenção?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Eu tinha uma visão que o Plenário era algo de muita importância, mas sem perdê-la, onde acontecem os debates mais específicos, mais técnicos e aprofundados é nas Comissões. É ali realmente que as coisas acontecem. Onde o pessoal trabalha.

 

EVOLUÇÃO – O Plenário é mais vitrine?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Exato.

 

EVOLUÇÃO – Houve questionamentos e curiosidades sobre o aspecto salarial.

FELIPE RICARDO LOVEMBERG –Sim. Inclusive eles justificaram  que na história do Brasil a atual legislatura é a que menos ganha.

 

EVOLUÇÃO – Mas quem fez esta afirmação?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – São os funcionários de carreira, aquela turma que realmente produz e trabalha. O pessoal dos bastidores.

 

EVOLUÇÃO – E o recesso?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – O que menos encontramos por lá foram deputados.

 

EVOLUÇÃO – E Brasília como cidade, qual sua opinião?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG –Fiquei impressionado pela organização.

 

EVOLUÇÃO -  O que mais?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Muito conhecimento. Há uma centralidade de conhecimentos por lá. O que eu percebi, por que nós nem chegamos a ver os deputados, mas a estrutura que está por trás destes, trabalham de verdade e sabem o que estão fazendo. Não podem receber mais que duas horas extras por dia e trabalham muito, às vezes até na madrugada. Eu visualizei assim: que há uma estrutura, é um setor difícil  porque cada um puxa pára um lado e sobra para quem está no meio deste bolo. Os deputados estão só observando de longe e quem trabalha mesmo são os concursados, os efetivos e de carreira.

 

EVOLUÇÃO – Tem deputado que entra lá mudo e sai calado?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Verdade isto que lá é o parlamento, que significa falar.

 

EVOLUÇÃO – Vocês chegaram a acompanhar alguma sessão?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Apenas do Senado, mas com um quorum muito pequeno. Mas, com um debate com um  pouco mais de riqueza, de aprofundamento das questões.

 

EVOLUÇÃO – Qual a conclusão boa que você tirou de tudo isto?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – De bom? Por um lado até pode ser negativo e esta frase eu repeti para a Cleyde (diretora). Eu resumo minha viagem para Brasília com uma frase: “Os desmandos políticos, a corrupção no Brasil  se dá pelo distanciamento entre os representantes dos representados”. Nós brasileiros ainda  não sabemos o que ocorre no Poder. É preciso que acompanhemos mais, e as transmissões das sessões ,pela TV permitem isto. A própria Voz do Brasil, programa diário de rádio. Os concursados estão preocupados com os gritos vindos da população. Por isso acho que eles tem esta preocupação para que se leve para a sala de aula as discussões e o alerta para que os brasileiros acompanhem e cobrem melhor o trabalho dos deputados. Ao menos saibam o que estão fazendo, se é que estão. A corrupção ocorre pela falta de cobrança do eleitorado. Percebi que a função do professor é de estreitar este relacionamento entre o eleitor e os eleitos. Outro ponto é a nossa Constituição, por mais que digam que tem defeitos precisamos ser mais cidadãos, exercendo plenamente nossa cidadania.

 

EVOLUÇÃO – Os meios de comunicação, as redes sociais hoje permitem que acompanhemos mais de perto sem precisar viajar. Nossa Câmara de Vereadores é um exemplo disso.

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Verdade.

 

EVOLUÇÃO – E o que podemos esperar do Felipe professor?

FELIPE RICARDO LOVEMBERG – Tudo. Quero aproveitar o máximo do conhecimento que pude obter, levar para dentro da sala de aula e praticar cidadania com meus alunos.  Não adianta as pessoas dizerem eu não gosto de política. A política está em todas as nossas ações diariamente. Não podemos ficar alienados. Temos os políticos que merecemos e elegemos. 



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