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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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14/09/14 Dom: Nm 21,4b-9 – Sl 77 – Fl 2,6-11 – Jo 3,13-17

Domingo, 14 de setembro de 2014

Neste 24º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de João, é próprio da Celebração Litúrgica da Exaltação da Santa Cruz. O que a serpente do Paraíso tinha de sutilmente perigosa, a serpente do Deserto tem de desabridamente salvadora. A serpente do Paraíso cega os nossos olhos, impedindo-nos de ver como Deus é. Impinge-nos uma imagem de Deus que nos leva à inveja, à competição, ao ateísmo. A serpente do Deserto nos obriga a olhar para cima, a superar toda imagem de Deus criada pelos homens, a ver o invisível que caminha conosco, mas está sempre à frente; que se mistura com nossas lutas, mas não se dissolve nem em nossos fracassos nem em nossas vitórias; que tem um nome, JHWH, mas é como se não o tivesse, pois o ‘nome’ é impronunciável, e seu sentido, intraduzível. Jesus, cujo nome quer dizer ‘Javé salva’, tem tudo a ver com esse Deus do deserto, comprometido conosco até a medula, mas, ao mesmo tempo, soberanamente livre, excessivo, transcendente. Na verdade, também em relação a Jesus, temos que escapar de uma armadilha sorrateira: sempre que a fé nos leve a concluir que Jesus é Deus, a mesma fé terá que nos corrigir, fazendo-nos ver que Deus é Jesus! Se a primeira conclusão pode apequenar Deus, a segunda lhe devolve a transcendência. “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu”. Ninguém pode, como um Waldemar Niclevicz dos cumes celestes, escalar o topo do mundo para conquistar as realidades do céu. Ao contrário, é Deus que desce à terra, para dar-se a nós. Deus é amor que desce no Filho para vir ao encontro dos irmãos. Ser filho não é objeto de rapina, mas dom de Deus. O Filho do Homem levantado, na cruz e do túmulo, é o único que pode manifestar-nos a glória e revelar o Pai. “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto”. Quem olhava para a serpente de bronze, levantada por Moisés no deserto, era curado do veneno mortal. Não pelo que via, pelo Salvador de todos no qual cria. Se Eva, que é cada um de nós, tivesse, diante da tentação da serpente, levantado o olhar para Deus, para vê-lo como ele realmente é, certamente a sua história, quer dizer, a nossa, seria muito diferente. “Assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado”. Se, precisamos nascer do alto, é preciso que o Filho do Homem seja levantado. É necessidade do amor, cujo limite é não ter limites. ‘Levantado’ significa ao mesmo tempo crucificado e glorificado. Essa ligação entre os dois sentidos, já presente em Is 52,13, é explorada magistralmente pelo evangelista João. Jesus é o Messias, como Nicodemos pensa, mas não é o Messias como Nicodemos pensa. Como uma vírgula pode mudar tudo! Jesus é o Messias, como Nicodemos pensa, mas não é o Messias do jeito que Nicodemos espera. O messianismo de Jesus passa pela cruz e só se revelará plenamente na cruz. A Cruz é o amor, que, tendo dito e feito tudo, cala e para, pois simplesmente é! Contemplando Jesus levantado na cruz, somos desvenenado da mentira da serpente que envenenou nosso conhecimento de Deus, levando-nos à desobediência, à vergonha, à fuga. Em Jesus crucificado conhecemos o verdadeiro Deus e a nossa verdade. Ele nos ama, é a sua verdade, e nós somos o amor que ele tem por nós, essa é a nossa verdade. Não sem razão o Crucificado é comparado à serpente de bronze levantada no mastro. Nele vemos o mal que a serpente nos fez e o bem que Deus nos quer. Jesus Crucificado é verdadeiramente o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Paulo chega a dizer que ele se fez maldição e pecado para mostrar seu amor incondicional, seu louco amor por nós.

15/09/14 – Seg: Hb 5,7-9 – Sl 30 – Jo 19,25-27

16/09/14 – Ter: 1Cor 12,12-14.27-31a – Sl 99 – Lc 7,11-17

17/09/14 – Qua: 1Cor 12,31-13,13 – Sl 32 – Lc 7,31-35

18/09/14 – Qui: 1Cor 15,1-11 – Sl 117 – Lc 7,36-50

19/09/14 – Sex: 1Cor 15,12-20 – Sl 16 – Lc 8,13

20/09/14 – Sáb: 1Cor 15,35-37.42-49 – Sl 55 – Lc 8,4-15

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