Qual a sensação que você tem ao chegar em casa? A melhor resposta para essa pergunta seria: “conforto”! Mas essa característica muitas vezes está longe de ser atingida por pura falta de funcionalidade dos ambientes em que vivemos. E quando o espaço não atende corretamente as necessidades de seus usuários, é possível que sejam gerados danos na saúde física de seus habitantes, que podem ser causados quando o corpo não consegue o necessário repouso, por acidentes domésticos ou ainda no caso de um esforço repetitivo em equipamento não adequado (por exemplo: uma pia muito baixa pode causar dor nas costas de quem lava louças todo dia).
Um bom projeto de arquitetura e interiores deve estar, portanto, aliado à ergonomia. Sempre. Seja um projeto comercial, residencial ou de apenas uma pequena sala de leitura – a ergonomia e o conforto do usuário devem ser as premissas básicas norteadoras de um projeto. E o que é a ergonomia? A maior parte das pessoas já ouviu falar em ergonomia e pensam que é algo relacionado com cadeiras, ferramentas ou teclados de computador. Muitas pessoas têm a preocupação de buscar equipamentos ergonômicos para seu ambiente de trabalho, entendendo que com uma cadeira com regulagens, um mouse-pad com gel ou um teclado com proteção para punhos estarão protegidos dos problemas causados pela falta de conforto. Mas a ergonomia é muito mais do que isso! É uma disciplina científica que busca entender as interações entre o homem e seu ambiente, aplicando conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia. E apesar de a ergonomia ser altamente utilizada em empresas para aumentar a produtividade de seus usuários, esta ciência pode e deve estar presente na sua vida, no cotidiano de sua família e dentro da sua casa, garantindo a melhoria da sua qualidade de vida.
Portanto, antes de gastar rios de dinheiro em mirabolantes projetos de interiores que só prezam a estética, procure saber se este investimento pode também se reverter em conforto para você e sua família. Tomando por base os ambientes residenciais, cada um dos espaços apresentam soluções práticas e extremamente simples, que quando aplicadas corretamente garantem aos usuários o conforto e a saúde diárias. É possível aplicar estes estudos na cozinha (altura das bancadas, fluxo de trabalho, posicionamento dos equipamentos); no quarto (altura da cama, posicionamento do mobiliário, fluxo de pessoas); nas salas (tipos de sofás – mais ou menos densos, mais ou menos profundos – de acordo com a atividade principal do ambiente); e até nos banheiros!
Faça uma pequena avaliação da sua casa: existe algo que lhe incomode? Existe algum móvel em que todos batem ao passar por ele? As alturas das bancadas e armários estão compatíveis com os moradores? O fluxo de pessoas e objetos é otimizado? Estes e diversos outros pontos podem ser indicativos de problemas ergonômicos. Procure um profissional especializado e garanta, com um bom projeto para seu ambiente, o conforto e a qualidade de vida da sua família.