O Ministério Público de Santa Catarina vai encaminhar um ofício à Polícia Civilsolicitando abertura de inquérito para investigar o caso das noivas que foram vítimas de uma empresária de Joinville. Cerca de 200 noivas têm feito reclamações pelas redes sociais. "A Notícia" conversou com pelo menos dez mulheres que moram em outros Estados e compraram os produtos da empresária pela internet.
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A reportagem foi divulgada em primeira mão na quinta-feira da semana passada. As vítimas dizem que compraram convites, lembrancinhas e outros itens de festa e não receberam os produtos e nem mesmo o ressarcimento do valor pago.
A promotoria que atua na área de defesa do consumidor em Joinville recebeu dez reclamações de noivas que se dizem lesadas pela empresária. Apenas duas são de Joinville. As demais vítimas moram em outros Estados.
O MP orientou as noivas a entrarem com um processo individual no Juizado Especial Cível na cidade onde moram, pois, neste caso, entendeu que não caberia uma ação coletiva. Como cada uma das noivas fez a compra num valor diferente e efetuou o pagamento também de formas diferentes, o pedido de ressarcimento deve ser individual.
Já na esfera criminal, é preciso que haja investigação da polícia para que o Ministério Público possa ajuizar uma ação penal. Por isso, o MP pretende encaminhar um ofício ao delegado regional Dirceu Silveira Júnior até a próxima semana solicitando abertura de inquérito.
Contraponto
A reportagem tentou contato com a empresária pelo telefone, mas ela não atendeu as ligações. Ela também foi procurada no ateliê onde fazia os atendimentos e não foi encontrada. O proprietário da sala disse que ela sumiu no início do mês sem pagar o último aluguel. Ele acredita que ela tenha voltado para a casa dos pais no Rio Grande do Sul.
Divulgação do nome
O Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística do Grupo RBS diz, no item 4.1.1, que a citação de nomes e a divulgação de imagens de suspeitos ou acusados só podem ser feitas a partir de indiciamento, detenção, prisões em flagrante, preventiva ou temporária, cumprimento de mandados de busca e apreensão, entre outras. Por este motivo, o jornal “A Notícia” não informa nesta edição o nome da empresária citada na reportagem.