24/08/14 Dom: Is 22,19-23 – Sl 137 – Rom 11,33-38 – Mt 16,13-20

Neste 21º Domingo do Tempo Comum, lembra que ‘aquele que é’ pergunta aos discípulos missionários, ‘quem ele é’ para poder introduzi-los no seu mistério. O que está em jogo não é a sua identidade, mas a identidade deles. Ele quer ser reconhecido: esse é o desejo fundamental do amor que se revela. A resposta dos discípulos missionários não vai constituir Jesus, mas vai, ou não, constituir o verdadeiro discípulo missionário. A gente diz, mas nem sempre com consciência plena, que o cristianismo não é uma ideologia, uma doutrina ou uma moral. O cristianismo é uma coisa só: a minha relação com, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim. Jesus pergunta primeiro, a opinião dos discípulos missionários, depois quer saber dos discípulos missionários a opinião dos outros. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos missionários não pode ser a dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos missionários é absolutamente pessoal! O ministério público de Jesus está num momento decisivo: Pedro e os demais discípulos missionários reconhecem Jesus como o Messias e o Filho de Deus. A partir daqui, eles poderão ser iniciados naquele conhecimento de Jesus que só quem ama pode receber. Só amamos o que conhecemos, e só conhecemos o que amamos! Mateus apresenta o reconhecimento de Jesus, pelos discípulos missionários, e o conferimento do primado de Pedro, por Jesus. Na primeira parte do Evangelho, a questão é o reconhecimento de Jesus que é feito através das perguntas de Jesus aos discípulos missionários. Na segunda parte, a questão é o reconhecimento da parte de Jesus, de uma missão particular na Igreja. Reconhecer Jesus como o Messias e o Filho de Deus, título que não são nada claros, que devem ainda ser aprofundados, que, mesmo depois da ressurreição, alguns parecem não ter entendido, e é o centro da fé. O papel de Pedro é o de ‘pedra’ sobre a qual se levanta a comunidade dos discípulos missionários de Jesus. Essa ‘pedrinha’ é a primeira pedra! Entre a concepção que os discípulos missionários, o povo em geral, têm do messianismo de Jesus e a verdade de Jesus-Messias há uma distância muito grande. Os discípulos missionários esperam um messias glorioso, rico e poderoso. Jesus é o Messias pobre, humilde e servidor. A distância entre o pensamento divino e o pensamento humano é incomensurável. Segundo Jesus, é diabólica! Agora que os discípulos missionários chegaram à fé em sua messianidade, Jesus pode revelar a verdade, dessa messianidade. E a verdade é a cruz, o amor que vai até a entrega da vida. O único que pode dar um sentido à vida e a morte. O único que pode salvar. O mesmo Pedro que simbolizara a fé dos discípulos missionários, mais adiante, simboliza a tentação, certamente, uma constante na vida de Jesus, que se faz presente como escândalo, pedra de tropeço no caminho da fé, entre o amor e a cruz, entre o amor e o dom de si, que sua mais autêntica e máxima expressão. Jesus chamará Pedro a um novo seguimento! “Quem dizem que eu sou?” todos os evangelistas sinóticos: Marcos, Lucas e Mateus documentam essa pergunta dirigida por Jesus a seus discípulos missionários na região de Cesareia de Filipe. Para os primeiros cristãos era muito importante recordar de tanto em tanto a quem estavam seguindo, como estavam colaborando em seu projeto e por quem estavam arriscando a vida. Quando escutamos esta pergunta, tendemos a pronunciar as formulas que o cristianismo foi cunhado ao longo dos séculos.

25/08/14 – Seg: 2Ts 1,1-5.11b-12 – Sl 95 – Mt 23,13-22

26/08/14 – Ter: 2Ts 2,1-3a.14-17 – Sl 95 – Mt 23,23-26

27/08/14 – Qua: 2Ts 3,6-10.16-18 – Sl 127 – Mt 23,27-32

28/08/14 – Qui: 1Cor 1,1-9 – Sl 144 – Mt 24,42-51

29/08/14 – Sex: Jr 1,17-19 – Sl 70 – Mc 6,17-29

30/08/14 – Sáb: 1Cor 1,26-31 – Sl 32 – Mt 25,14-30

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