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Estudos e dedicação: Um dentista que está se tornando um cientista

Segunda, 11 de agosto de 2014

Charles Duvoisin, movido a entusiasmo e desafios

 

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Charles: dedicação, profissionalismo e amor ao que faz (Foto Pedro Skiba/Evolução)
  

São Bento – Um cientista, em um sentido mais amplo, refere-se a qualquer pessoa que exerça uma atividade sistemática para obter conhecimento. Em um sentido mais restrito, cientista refere-se a indivíduos que usam o método científico. Ele pode ser um especialista em uma ou mais áreas da ciência como, por exemplo, nas ciências sociais, naturais e biológicas. Este artigo foca o uso mais restrito da palavra.

A principal função dos cientistas é a de realizar pesquisas com a finalidade de alcançar uma compreensão mais clara e complexa a respeito da natureza, incluindo a dimensão física, matemática e social do ambiente ou do objeto empírico analisado.

Os cientistas diferenciam-se dos filósofos, que utilizam a intuição e a lógica com a finalidade de alcançar um conhecimento acerca de aspectos intangíveis da realidade, mas que mantém uma conexão direta com a natureza. Em linhas gerais, o foco principal dos filósofos é o espaço do pensamento em si mesmo. Já os cientistas, ao contrário, utilizam métodos contra-intuitivos, uma vez que a evidência empírica e a materialidade dos fenômenos investigados são o ponto de partida de qualquer pesquisa científica. O cientista, diferente do filósofo, não se restringe à mera dimensão abstrata do pensamento. Além disso, no desempenho de suas atividades, é necessário que o objeto e os resultados da investigação possam ser constatados empiricamente por outros cientistas de uma mesma área.

Os cientistas também se diferenciam dos engenheiros, que são aqueles que desenvolvem mecanismos com propósitos práticos, aplicando, por sua vez, os conhecimentos já estabelecidos pela ciência.

Fomos também pesquisar e procurar informações para caracterizar nosso personagem desta matéria.

Charles Adriano Duvoisin, cirurgião dentista, formado pela PUC – Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 1998, três especializações, periodontia, pacientes especiais e implantodontia, mestrado em implante, fez vários cursos fora, a maioria em cirurgia plástica e de implante, fez um curso na Suíça também em estética, cosmética. Atualmente é professor da Universidade de Pernambuco em especialidade com pacientes especiais. Foi professor em Implantodontia 6 anos, dois pela PUC/PR, dois anos pela Ciodonto e dois anos pela Faculdade Herrero de Curitiba. Fez um curso de pós-graduação de 6 anos pela, Universidade de Nova Iorque (New York University – College of Dentistry) no qual apresentou um TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, que passa a ser uma publicação científica, publicada pela Universidade, citando o autor e mais o pessoal que participou. Isso lhe concedeu o certificado em Odontologia Cosmética e Reabilitação Oral, que ainda não é reconhecida no Brasil. “Então para mim foi muito importante adquirir estes conhecimentos, pois além disso o contato com outros profissionais do mundo todo que lá também estão se especializando. Esta troca de informações e conhecimentos é de grande valia. Também o fato de que muitos fazem o curso mas não conseguem se formar”, diz.

“As pessoas podem perguntar por que me formei neste curso? Repondo: quando você é profissional, tem que correr atrás do conhecimento, estar atualizado, acompanhando a evolução das técnicas e tecnologias, conhecendo novos materiais. Isso me dá prazer e satisfação. É um investimento sem dúvidas, mas também uma obrigação. Não adianta você ter equipamentos de última geração e não saber utilizá-los. Tem que ter o conhecimento científico para você poder trabalhar. Isso se torna prazeroso, pois tendo o conhecimento, os valores se tornam viáveis e compensatórios, adquire-se acesso. O pessoal alega que tem muita coisa da China. Mas tem muita coisa alemã sendo produzida na China. Isso faz que bons produtos se tornem acessíveis. A minha odontologia hoje, digo até de uma forma infeliz 98% é feita com produtos importados. A nossa indústria brasileira ainda não se adequou bem, mas a tendência é de mudança”.

 

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O porque  de toda esta correria e a satisfação de estar sempre buscando novidades e aperfeiçoamento

Charles diz: o senhor é meu cliente, meu amigo. E é legal isto que está acontecendo aqui. O que eu quero transmitir para a população de São Bento do Sul, pelo seu jornal, que é um jornal que muitos críticos leem e que também forma opinião. Na verdade o que acontece, é que entrei numa pesquisa com o senhor Frank Bollmann da Tuper.

Foi para mim extraordinário, me abriu a cabeça, me mostraram um mundo novo onde a pesquisa se desenvolve em uma possibilidade prática. Em primeiro lugar são pessoas – a equipe da Tuper - sérias, pessoas que querem a verdade e investem nisso. O senhor Frank me mostrou o caminho e comecei realmente a gostar disso. Quando você está numa pesquisa, você tem que ser cientista. Então comecei a fazer doutorado em medicina na cidade de Rosário na Argentina e me dediquei  para a pesquisa neste projeto com o senhor Frank. Levei a Sandra (minha esposa) junto que está fazendo o tema desta pesquisa que oportunizou um produto que vai ser lançado daqui uns dois meses pela Tuper.  É um Instituto Universitário italiano em Rosário, que realmente faz jus. A gente pensa que na Argentina é tudo mais ou menos. É nada. É tudo super sofisticado, o conhecimento deles nos surpreendeu e acabamos conhecendo pessoas boas, importantes, o chefe da equipe médica da nossa Presidenta está lá, nosso colega de turma.

A minha tese é sobre a hipótese de uma nova forma de esterilização. A priori foi difícil adquirir credibilidade, é com sistema de eletrólise, muito simples, muito fácil e que ninguém ainda havia inventado. Hoje a patente já está registrada em meu nome. Então é um equipamento compacto para esterilização por eletrólise, que consegue fazer a esterelização em um minuto e bem provável que sem mexer com a proteína dos alimentos e o poder nutritivo dos mesmos. É algo inédito. Não posso falar que é uma verdade, mas uma hipótese que está muito perto de se confirmar.

Entrando na Universidade quando fui apresentar o projeto de tese, quem se interessou muito foi o Reitor da Universidade que se tornou meu orientador, um privilégio que  me alavancou!  É uma Universidade reconhecida. Os dois projetos, meu e da Sandra,  foram aprovados pelo Comitê de Ética. Então qual passou a ser nosso problema? O Doutorado precisava ser reconhecido no Brasil, e era difícil porque é um curso de medicina. Então o Reitor ampliou o título para Ciências Biomédicas e me perguntou  se eu conseguia acesso  para fazer um convênio? Me deu um estalo. Vamos lá, já que chegamos até aqui.

Falei com a Udesc, fomos recebidos de uma forma surpreendente e dependendo do entusiasmo com quem você trata, tudo fica mais fácil. Hoje estou dentro da Udesc. Já foi feito o convênio e alcançamos apoio da FAPESC. Aí começaram os questionamentos da clientela: “Você é pesquisador? Você é dentista? O que você é? Aí começou haver uma trava, comecei a ter prejuízo. Afinal como profissionais liberais, temos que trabalhar para ganhar. Agora já superamos muita coisa, vou defender o Doutorado no final do ano.

 

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Já estamos com convite de Pós Doutorado ou na Itália, ou na França, ou aqui mesmo na Udesc. Olha que legal, já dá para escolher, a Sandra junto também. Estou muito feliz por estar ligado a parte acadêmica. Então no que isto é bom o que tem haver a parte de Dentista com Cientista? Tem tudo a ver. Ganhei um monte de conhecimento que eu não tinha, de eletricidade, de eletrônica, parte de saúde, tudo o que é tipo de sistema que trabalhamos todo dia.

Agregamos mais conhecimento e como profissional também é bom. Por isso faço um pedido a todos os profissionais não só aqui de São Bento, para que estudem, busquem a parte acadêmica que é importantíssimo e que pode estar ao alcance de todos. O Governo incentiva, só é preciso que seja algo que tenha valor para frente. O que me deixou muito feliz com a Udesc, é que é uma Universidade prá frente e porque eles buscam o sistema americano.

Hoje se procurarmos as dez universidades top do mundo, nove são americanas. O que eles fazem? A indústria tem dinheiro e tem interesse em produzir algo tecnológico. A academia, a Universidade tem poder de criar, então junta a indústria com a Universidade. Existe medo. Sim. Mas também não é tão fácil. Lá existem os Comitês de Ética. O Brasil está buscando a mesma fórmula. Então estamos mudando e temos que encontrar a fórmula para esta parceria entre a indústria e a Universidade. Isto é uma coisa que a Tuper está fazendo.

 

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Então estou muito feliz porque estou fazendo parte de uma pequena história, envolvido com indústrias, com a academia, e envolvido com pesquisas e amigos e isto tudo está virando uma grande paixão. O produto que estamos desenvolvendo juntamente com a Tuper será comercializado no futuro mas já está inclusive patenteado internacionalmente.

Existe empenho de estratégias de venda por ser um produto novo. O que posso dizer é que foi feito com o maior carinho do mundo, com conhecimento científico verdadeiro, não teve nenhuma indução e nem propósito de economizar na pesquisa. Tudo do melhor para produzir o melhor. Não tenho dúvidas que será um sucesso. E interessante que é algo extremamente novo.

Mexer com saúde bucal, com algo inédito no mundo, tanto é que vai cutucar onça com palitinho como diz o Senhor Frank. São coisas assim que me deixam feliz. Eu como um pequeno dentista conhecer industriais que investem e apoiam é muito importante. Ser dentista é muito legal. Aqui o cliente se abre de coração e eu gosto muito de conversar. Esta experiência de troca me abre muito a cabeça. Eu não me formei só para ganhar dinheiro. Tudo tem um custo e investimento.

Também tenho que abrir mão de certos privilégios, mas faço com prazer. Como o Sr. Frank acreditou em mim, muitos torcem pelo sucesso. A Tuper está fazendo um investimento para salvar vidas, tem um grande objetivo e vai ajudar em muito a população. O dentista normalmente é prático, a Sandra e eu somos assim. Estou envolvido com vários projetos.  Muitas vezes vamos conversar com pessoas que são pós doutor, mas que são extremamente humildes, principalmente quando existe um foco humano.

Quando se faz uma pesquisa, você tem que ser dono dela, por isso quero mostrar alguns documentos. Isto sendo teu, entra a Universidade, um grupo e cada um que se envolve está fazendo parte. O que estou lhe mostrando é a Patente de um Produto. Isso é um laudo comprobatório que funciona. Começamos com um projeto pequeno em abril de 2014 para ir buscar recursos, mostrar para o governo.

Agora já conseguimos incentivo da FAPESC para a Universidade investir nas pesquisas deste projeto. Quando se começa a fazer uma pesquisa dentro da Udesc, ela tem várias ramificações, USP, Coimbra, Alemanha e França. Uma das minhas pesquisas já está em Coimbra me esperando com uma equipe da Udesc para janeiro/15.

A ONU está interessada em investir em uma das pesquisas:  Purificação dos Alimentos e Reaproveitamento destas Impureza. Aceitaram nossa pesquisa! Olha o envolvimento de pessoas que isto gera. Está tudo documentado e aprovado. Já existe toda uma tese comprovada e por isso o projeto foi aprovado.

 

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A expectativa de vida na idade média era de 25 anos. Agora já estamos caminhando para 90 anos. Qual é a causa desta transição humanitária? Certamente a teoria microbiana. Enfermidades infecciosas. Então desde que descobrimos o que é uma bactéria tudo mudou, temos que tirar a infecção, tem que tirar a bactéria. Não podemos mais tolerar que a bactéria entre no alimento e machuque ele. Imagine se conseguirmos este objetivo, quanto os hospitais serão beneficiados e as pessoas.

Alexandre, O Grande, conquistou meio mundo, e aos 32 anos, tinha uma regra número um, sempre cozinhava os alimentos. Você tem que comer os alimentos cozidos. Aqui no Brasil em 2004, mais de R$ 46 milhões foram gastos por infecções alimentares. Mais de três milhões e quatrocentos mil pessoas infecionadas, imagine hoje. É algo muito assustador. Para este projeto já temos uma alternativa eficiente patenteada.

 

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“Estamos vendendo o almoço para comprar o jantar, mas não há o que pague a vontade de estudar e ver as coisas acontecendo” (Foto Pedro Skiba/Evolução)
 

Charles nos mostrou muita coisa, mas que ainda a seu pedido manteremos em sigilo até em reconhecimento pela confiança depositada. Entusiasta ele diz amar a pesquisa. Diz ter aprendido com a Udesc, que está certificando várias patentes com pesquisas que consolidam os resultados positivos. A base das pesquisas confirmadas pela Udesc é sobre esterilização em âmbito geral, com um método eficiente, fácil e de baixo custo. Hoje uma papinha de nenê precisa ser esterilizada para ser comercializada, com isso perde 97% do poder nutritivo. Isto é estar socando alimento em um neném, é um enchimento, pois sobram apenas 3% de alimento. Teoricamente achamos que estamos no caminho certo, mas teremos ainda que provar, nosso método manterá todas as qualidades dos alimentos, inclusive das papinhas. A Sandra, que em breve defende em Doutorado o produto acreditado pela Tuper, também está muito satisfeita. Estamos vendendo o almoço para comprar o jantar, mas não há o que pague a vontade de estudar e ver as coisas acontecendo. É muito interessante concluiu Charles como num desabafo de alegria e satisfação.



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